Nascidos para morrer ao som de um guizo.

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    18
    Capítulos:

    Capítulo 8

    Bem vindo de volta ao lar!

    Álcool, Estupro, Hentai, Incesto, Linguagem Imprópria, Suicídio, Violência

    Acabei escrevendo mais rápido que imaginava XD Logo terminarei o capítulo 9 o/

    A Floresta estava densa e coberta pela bruma naquela manhã fria. Seu silencio costumeiro estava mais aterrorizante que o normal, apenas o piar dos corvos podiam ser ouvidos. O garoto desceu do cavalo e puxou as rédeas com passos calmos, já que se os companheiros não o reconhecessem poderia ser morto por engano. Seus olhos estavam semicerrados, olhava para os lados procurando algum movimento. Procurou não fazer nenhum barulho muito alto, porém foi em vão.

    - Você! Parada! ? gritou um homem que vestia calça, camisa de linho e botas marrons. Sua voz era estranha, parecia estar embriagado. Apontava uma espada na direção deles e em suas costas uma linda harpa, de madeira clara com algumas pedras, descansava.

    Hidekata virou bruscamente o corpo logo reconhecendo o homem. ? Bardo! ? gritou.

    - Que mulher mais masculina. ? comentou passando a mão na barba por fazer. Olhou melhor e viu o garoto, que por causa do ângulo e do cavalo não podia ser visto. ? Hidekata?! Como você está grande!

    Guardou a espada na bainha e correu de encontro do garoto. Segurou o rosto do outro entre as palmas das mãos vendo o tanto que tinha mudado, suas feições estavam mais adultas e tornou-se um rapaz muito bonito. Depois de comprimentos e uma chuva de perguntas calorosas desviou sua atenção para a menina que ainda estava sentada em cima do cavalo olhando para eles sem entender nada.

    - E quem é ela? ? indagou dando um gole com cantil com gim. ? Esposa? Escrava?

    - Não meu amigo, isso é um problema com que eu convivi por uns anos. ? riu.

    - Problema?! ? esbravejou Akilah tentando descer do cavalo.

    O garoto a ajudou a descer e depois os apresentou. ? Senhor Bardo, essa é Akilah. Akilah esse é o Bardo.

    - Muito prazer senhorita. Aceita? ? levantou o cantil.

    - Err não obrigada. ? chegou perto do ouvido do menino e murmurou. ? De onde você conhece esse homem? Ele cheira a álcool.

    Hidekata riu alto e não respondeu. Pegou as rédeas do cavalo e começou a andar com o mais velho para o acampamento dos ladrões, deixando a garota para trás, porém esta logo veio correndo atrás deles. Depois de cerca de meia hora chegaram. O acampamento mais parecia um pequeno vilarejo, com casas de madeira, barracas, casas nas árvores, pontes ligando árvores às outras. Foi feito um dique num rio que passava ali do lado, com isso tinham um lago e água todo o ano. Duas grandes tochas iluminavam a entrada do lugar.

    - Como tinha saudades desse lugar. ? comentou. ? Minha casa ainda está lá?

    - Não mechemos em nada na esperança de você voltar. ? respondeu o Bardo dando outro gole na bebida.

    - Casa? ? a menina entrou na conversa sem ser chamada.

    - Sim, tenho uma casa na árvore. ? olhou as árvores procurando. ? Aquela ali. ? apontou.

    Era uma construção de madeira relativamente grande, tinha uma pequena varanda e precisava de alguns cuidados.

    - Você não cuidava dela, não é?

    - Cuidava sim, ? o mais velho respondeu ? é que aqui temos a política de cada um cuidar de onde mora, não tocamos na casa dele. ? olhou para a garota de cima a baixo e reparou no quanto o vestido dela estava desgastado e feio. ? Oh que judiação, Hidekata olhe o estado dela!

    Ela tocou seu corpo e fez uma careta. ? Depois eu faço outro com...

    O garoto tapou a boca dela antes que ela falasse. ? Haha não Akilah nós não temos fibras aqui.

    - Bom, acho que tenho um vestido sobrando. ? o Bardo deu de ombros. ? Vou lá buscar. Ainda estão todos dormindo, então mais tarde anuncio sua chegada.

    - Tá. ? o garoto assentiu.

    Levou o cavalo pro estábulo, tirando a cela e a mochila de cima dele. Segurou na mão da garota e a levou para sua casa na árvore. Subiram uma escada que levava até uma ponte e dessa ponte foram para outra, até finalmente chegar à construção.

    - Por que tapou minha boca?

    - Aqui magia não é muito bem vinda, sem contar que na Floresta dos Monges isso não funciona muito bem. ? respondeu enquanto abria a porta. ? Lar doce lar.

    No seu interior não tinha muitos móveis, apenas uma cama um pouco larga com peles de urso em cima e uma coberta, uma cadeira no canto, uma mesa e muitas coisas espalhadas pelo chão.

    - Que bagunça. ? concluiu ? Não lembrava que eu era um garotinho bagunceiro.

    - Era?

    - Tá ainda sou. Sente-se. ? indicou a cadeira com um movimento do braço esquerdo.

    - Hidekata! ? gritou o Bardo lá de baixo ? Vou colocar o vestido no elevador. ? uma pequena estrutura com várias tábuas presas uma do lado da outra, foi feito para levantar coisas não muito pesadas.

    - Obrigado! ? gritou lá de cima e começou a puxar o elevador. ? É um belo vestido. Akilah tome presente do Bardo.

    Era vermelho escuro feito de lã. Era simples, mas muito bem feito. A menina pegou o vestido ficando igualmente maravilhada, principalmente por causa da cor. Somente as mulheres nobres ou casadas podiam usar uma cor como aquela.

    - Não posso usar.

    - Por que não?

    - Essa cor, não sou o tipo de mulher para usar uma cor tão forte. ? falou triste, pois tinha realmente gostado do presente.

    - Não ligo pra isso. ? deu de ombros.

    - Você não entende, não é?

    - Não. ? ele se aproximou e passou o polegar na bochecha dela, a outra mão posta na nuca puxou seu rosto para frente. ? Não entendo. ? a beijou.

    Akilah o empurrou e tentou dar-lhe um tapa, porém sua mão foi segurada.

    - Nem tente. ? sorriu ? Precisamos estar apresentáveis antes da festa.

    - Festa? ? não tinha entendido o motivo da festa.

    - Temos o costume de comemorar quando um membro retorna. ? explicou ? Vamos ao lago, você precisa aproveitar que ainda estão todos dormindo.

    Depois de muito bate boca a garota concordou em ir se lavar e acabou concordando também em usar o vestido. No caminho o garoto questionado sobre o nome do Bardo, explicou que por ele sempre estar embriagado nunca lembrava seu próprio nome por isso o apelido. Contou também um pouco sobre cada um que vivia ali, enquanto lembrava-se do passado sorria divertido com as inúmeras historias que eram contadas para ele quando era mais jovem.

    - Pelo menos você teve uma boa infância, bem contrário da minha. Cresci no Grande Reino no meio de olhares tortos e indiferença. Até hoje não entendo o motivo.

    - Vai que você era uma pestinha. ? ele recebeu um soco no ombro. ? Chegamos. Eu vou primeiro. ? começou a tirar a camisa.

    - Hey espere!

    - O quê? Não me diga que quer tomar banho comigo. ? riu.

    - Não é isso. Não é perigoso?

    - Claro que não.

    Akilah sentou em uma pedra e ficou de costas para o lago, estava vermelha de vergonha. O rapaz deu um mergulho naquela água gelada nadou um pouco e depois vestiu a muda de roupa nova que tinha levado. Akilah deu um gritinho quando sentiu a água fria nas pernas, mesmo tentando o rapaz ficou firme e forte sentado na mesma posição que a garota. Não demorou mais de nove minutos para se lavar, saiu correndo do lago vestiu-se e ambos voltaram para a casa.


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