Boa Leitura!
?Sakura,o porteiro acaba de ligar para dizer que tem um carro aqui para buscar você - Disse TenTen da sala ao seu lado.
Com um acesso de soluço, Sakura pegou o contrato ao seu lado, na beirada da cama onde estava sentada. Estava ligeiramente amassado e um tanto gasto, com marcas e vincos das vezes que o lera.
Ela memorizara cada palavra e as repassava-as repetidamente em seus pensamentos. Junto com elas, imagens brincavam com sua imaginação. Ela e Itachi juntos. Ele a controlando e possuindo. Como seu dono.
Enquanto colocava o contrato na bolsa, levantou-se e avançou depressa até a cômoda para se olhar no espelho uma última vez. Mostrava sinais de uma noite mal dormida. Havia olheiras em seu rosto que a maquiagem não conseguia esconder. Sua cor estava apagada. Até seu cabelo se recusara a cooperar e parecia desalinhado.
Tinha pouco a fazer não ser sair.
Respirando fundo, ela deixou o quarto e atravessou a sala indo em direção a porta.
?Sakura, espere! - Disse TenTen, correndo até Sakura, que segurava a porta aberta.
TenTen abraçou - a com força e deu um passo para trás, a mão afastando uma mecha do cabelo de Sakura para trás da orelha.
?Boa sorte, está bem? Não tem agido como você mesma este fim de semana inteiro. Se isso está estressando você tanto assim, então não faça.
Sakura abriu um sorriso.
?Obrigado. Pucca. Amo você.
TenTen fez um estalo de beijo exagerado com os lábios, enquanto Sakura se virava e saía.
Quando deixou o prédio, o porteiro abriu-lhe a porta do carro e ajudou-a a entrar no mesmo.
Sakura se recostou-se no assento de couro confortável e fechou os olhos, enquanto o carro se afastava, seguindo de seu apartamento em Upper West Side para Midtow, onde o prédio da HCM se situava.
Seu irmão, Naruto, lhe telefonara no dia anterior, e ela se sentia terrivelmente culpada em esconder aquilo dele. O irmão se desculpara por não poder vê-la na grande inauguração e lhe dissera que estaria no centro da Califórnia com Gaara por alguns dias. Combinaram de se ver durante a noite quando retornasse e, então, Sakura desligara ,uma onda de melancolia invadindo-a porque ela e o irmão eram unidos. Ela nunca exitara em lhe contar as coisas. Ele sempre lhe dera apoio, disposto a ouvir e oferecer consolo, mesmo durante os anos delicados da sua adolescência. Ela não podia querer um irmão mais velho melhor, e o problema era que agora estava escondendo segredos-Enormes segredos?dele.
Sentiu a típica parada e o avanço do carro até parar um pouco depois, quando se da conta de estar na entrada do estacionamento.
?Chegamos, Srt.Haruno .
Ela abriu os olhos e os apertou contra o sol brilhante de outono. Eles estavam, de fato, na entrada do edifício da HCM. O motorista já havia descido, contornando o carro e aberto a porta do carro para ela. Sakura esfregou o rosto na tentativa de reanimar os sentidos, e então saiu uma brisa fria soprando seus cabelos.
Novamente se viu entrando no edifício e seguindo de elevador até o quadragésimo segundo andar. Foi como se tivesse a sensação de déjà vu. A mesma tenção. O mesmo suor frio nas palmas das mãos. O mesmo ataque de nervos. Só que dessa vez havia pânico envolvido, pois ela sabia o que ele queria. Sabia exatamente onde estaria se metendo se concordasse com aquilo.
Quando Sakura entrou na área da recepção, Eleanor observou-a, abriu um sorriso então falou:
?O Sr.Uchiha disse que é para você entrar diretamente.
?Obrigada - Murmurou enquanto passava pela mesa de Eleanor.
A porta de Itachi estava aberta quando chegou. Hesitou do lado de fora e observou-o, as mãos nos bolsos, olhando para o amplo horizonte de Manhattan. Ele era lindo. Bonito de observar. Mesmo relaxado, havia um grande poder emanando dele. Sakura se deu conta da razão por se sentir tão atraída por ele - ou ao menos uma das muitas razões. Sentia-se segura com Itachi. O simples fato de estar perto dele já lhe dava um certo conforto. Sentia-se segura e ... protegida. Em essência,o relacionamento que ele propusera lhe daria todas aquelas coisas. Segurança. Conforto. Proteção. Ele lhe garantiu tudo aquilo. O que ela tinha de fazer era concordar em lhe ceder poder total.
Qualquer relutância se dissipou, deixando-a mais leve e quase eufórica.
De maneira alguma entraria morta de medo naquele acordo. Não era a maneira de se começar um novo relacionamento. Ela se manteria confiante e abraçaria as coisas que Itachi havia lhe prometido. E em troca se entregaria por completo e tinha certeza de que ele estimaria o presente da sua submissão. Itachi se virou, vendo-a parada em frente a porta. Sakura ficou perplexa em ver alívio em seus olhos. Itachi temia que ela não viesse?
Ele avançou até ela e a fez entrar em seu escritório, fechando a porta atrás dela com firmeza.
Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, Itachi apertou-a em seus braços e tomou seus lábios com os seus. Ela gemeu suavemente, enquanto ele corria as mãos de maneira possessiva por seus braços, segurando-lhe os ombros e, depois, pelo pescoço até tomar-lhe o rosto entra as mãos. Beijou-a como se tivesse faminto por ela, como se tivesse mantido preso longe dela e, finalmente estivesse livre. Foi o tipo de beijo que ela vivia em suas fantasias. Ninguém nunca a fizera sentir-se tão consumida pela ... paixão.
Não foi apenas uma demonstração de domínio. Foi uma suplica por rendição. Ele a queria. Estava lhe mostrando o quanto. Se tivesse havido alguma duvida a Itachi realmente desejá-la, ou se estava apenas entediado e em busca de um novo desafio, ela se sentia convencida agora.
Ele afastou uma mão do rosto de Sakura e passou o braço em torno das costas dela com firmeza, pressionando-a junto de si.
Ela podia sentir o pau rígido contra seu abdômen. A ereção se evidenciara contra as calças caras que usava. Ofegante ele interrompeu o beijo abruptamente e ambos se esforçaram para recuperar o ar.
Itachi a fitou com um brilho no olhar.
?Achei que não viria.