Skip Beat ( Caminhos Do Coração )

  • Finalizada
  • Aelita
  • Capitulos 39
  • Gêneros Romance e Novela

Tempo estimado de leitura: 7 horas

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    Capítulos:

    Capítulo 33

    Capitulo 33

    Os atores se reuniram nos fundos da LME para esperar o ônibus até o castelo. Ren estava desconfiado ao não vê-la por perto. O veículo chegou. Lory estava no volante, ele soltou um sorriso depravado enquanto o cutucava ao subir. Ren virou os olhos e suspirou antes de perguntar por ela. O presidente riu e lhe avisou que Hinata já a levara ao castelo e estava lá junto com o diretor, recebendo mais detalhes sobre sua personagem. Ele perguntou se o ator se divertira no dia anterior e o puxou perto para perguntar se havia sido bom para ele. Ren ficou constrangido e se afastou para não lhe mostrar o dedo, estava extremamente irritadiço por não estar com ela, o que logo mudou ao chegar lá e ver o diretor e kyoko conversando tranquilamente. Sem percebê-lo ela continuou suas cenas individuais até os outros se prepararem. Quando ela o viu se aproximar lhe deu um sorriso tímido e acenou. Ren sorriu aliviado, estava incerto sobre como ela reagiria até por ter deixado seu apartamento e sumido apenas com um lembrete, mas parecia estar tudo nos conformes até então.

    Takumi deu a ordem e eles começaram. Miwako e Kykyo se abraçaram com tristeza, as duas se olharam com aflição, a despedida era dolorosa. Konan apenas as assistia com a cabeça baixa, tentando ao máximo estar fora daquele momento fraternal e sofrido. As duas começaram a chorar, a mais velha limpou suas lágrimas e beijou sua testa.

    ?Está na hora, eu preciso ir.

    ?Me promete que volta um dia?

    ?Você sabe que não posso prometer isso.

    ?Então me prometa que a verei novamente.

    ?Eu... prometo. Seja forte, por mim e pelo reino, não fraqueja diante do caos que virá, cuide do nosso povo.

    ?Wakarimashita. Eu amo você, nee-san.

    ?Também amo você, Miwako, não apronte muito sem mim ? ela deu um sorriso torto

    ?Pode deixar. Hijikata-san, cuide dela se não eu acabo com você! ? disse brincando triste

    ?Eu irei, nem que custe minha vida ? ele apoiou o braço sobre seus ombros e disse com convicção

    Ela sorriu de leve para ele, deu um último abraço na irmã e segurou as mãos de Konan antes de saírem correndo. O diretor cortou a cena para dar continuidade a outra. Kyoko e Ren trocaram de roupa e prosseguiram com o trabalho. Takuya e kykyo discutiam.

    ?Você irá se casar comigo e eu não quero nem saber.

    ?Jamais! Você matou meu pai, seu monstro! ? vociferou

    ?E daí? Você é minha agora, quero vê-la pestanejar - desafiou

    ?Você é louco? Os daymios estão inquietos, podem traí-lo a qualquer momento e você sabe que parte tomarei.

    ?Cale a boca, mulher, tudo afundou com a morte dele. Eu sou o novo rei agora, vou colocar a guarda real nos eixos e arrebentar aquele imprestável.

    ?Não! Deixe-o em paz! É a mim que você quer ? ela gritou com raiva

    ?Eu vou matar esse inseto e você vem comigo ? ele a puxou pelo braço

    ?Não, me solte! ? ela tentava se libertar

    Contra os gritos e debates da princesa ela foi puxada até o calabouço onde fora trancafiada. Ele chamou um guarda para vigiá-la e se retirou. Ela começou a bater boca com o guarda e eles não notaram quando konan chegou por trás e deu um golpe na nuca do homem, fazendo-o desmaiar. Ele pegou a chave e abriu a cela. Os dois se abraçaram

    ?Konan, o que você está fazendo aqui? ? o indagou surpreso

    ?Vim buscá-la, precisamos partir ? disse ainda arfando pela corrida

    ?Hoje? ? perguntou confusa

    ?Agora. Ele está em uma reunião com os senhores feudais, preciso falar com Sakai antes que Kyokawa chegue ao dojo, enquanto isso você se despede de Miwako, não irei demorar.

    ?Você me espera? ? questionou incerta

    ?Não, me encontrarei com vocês.

    ?Por favor, volte a salvo ? ela segurou suas mãos

    ?Eu voltarei ? lhe deu um beijo na testa e correu

    A cena se encerrou, o diretor os elogiou , chamou os figurantes e pediu que prosseguissem. Konan adentrou pela floresta até se encontrar totalmente cercado. Ele olhou ao redor mas não havia outra alternativa, sacou sua katana e começou a desferir golpes, um por um os daymios foram caindo, o sangue falso escorria por todos os cantos. Subitamente um deles acertou suas costas fazendo-o gemer de dor e cair no chão. O oponente se preparava para cortá-lo quando ele se ergueu e rasgou seu pescoço com ímpeto. Logo apareceram mais inimigos, de onde vinham tantos deles? Precisava se apressar, ela poderia estar correndo perigo. Apesar da dor ele lutava normalmente com os adversários, derrotando todos que via pela frente, era um exército composto de um homem só. De repente vieram três para cima dele. Konan consegue se defender de dois porém o terceiro cravou a espada em seus ombros, ele grunhiu e partiu para cima deles, acabando com o último opositor. Ele parou buscando ar para se recompor, a batalha não havia acabado. Konan amarrou um pedaço de sua véstia para cobrir os ferimentos e estacar o sangue. Ele correu para onde a havia deixado o aguardando escondida e viu vários daymios em volta do local, novamente faria uso de sua espada. Sua cabeça valia o maior prêmio do reino, estavam todos atrás dela. Konan se desviava já com certa dificuldade devido as feridas. Foi só avistá-la que sua dor passou ligeiramente. O guerreiro foi abrindo caminho até ela.

    ?Largue a katana ou matamos Hime-sama? um deles pegou a princesa e ameaçou

    ?Largue a princesa ou eu mato vocês ? disse sem se alterar

    ?Não está em posição de dar ordens ? vociferou o daymio

    ?Não sou burro, se encostarem nela o kyokawa matará vocês ?ele notificou

    ?E se não acabarmos com você ele nos matará também.

    ?Então vocês não tem escolha se não a morte ? ele avançou com tudo em sua direção

    ?O oponente ficou em dúvida se a matava ou se defendia, ele demorou muito para se decidir, já estava caído no chão e konan com a hime em seus braços. Logo não havia mais inimigos a enfrentar, ele arfou cansado e cravou a espada no solo, estava coberto em sangue. Kykyo que até o momento havia contido seus gritos o segurou preocupada.

    ?Konan, por favor não se mexa, suas feridas estão abertas.

    ?Eu estou bem, precisamos correr antes que o restante deles nos encontre ? ele tentou caminhar porém fraquejou

    ?Você mal se agüenta de pé! ? ela disse horrorizada

    ?Isso não é nada. Vamos, não estamos seguros aqui ? ele se apoiou a ela tentando caminhar.

    ?Você não está em condições de andar!

    ?Mas eu preciso, se não como vou defendê-la? Os daymios estão vindo, preciso? ele caiu sem forças

    ?Konan! ? ela gritou desesperada ? Fique aí, eu vou cuidar de você ? ela se sentou a seu lado e começou a rasgar pedaços de seu vestido para cobri-lo

    ?Pelo menos você não se machucou ? ele sorriu fraco ? Fuja enquanto há tempo, eu não vou durar muito mais ? ele tremeu com dor

    ?Eu não vou abandoná-lo! ? ela começou a chorar desconsoladamente ? Jamais o deixarei e você fará o mesmo, você prometeu que ficaria comigo! ? ela o abraçou com cuidado ? finalmente estamos juntos ? ela sussurrou em seu ouvido

    ?Não! ? ele a afastou ? Ainda pode se salvar, não se perca por minha causa ? ele baixou a cabeça sentido

    ?Konan ? ela ergueu seu rosto e lhe lançou um olhar penetrante ? Você é minha salvação, eu preciso de você. Eu o amo mais que tudo nesse mundo e se você se for me levará junto.

    ?Kykyo, não quero ser egoísta ? ele sacudiu a cabeça ?eu a amo demais para arruiná-la ainda mais, olhe a que ponto chegamos ? ele apertou sua mão ? Cedo ou tarde, esse é o fim que teria mos ? ele fechou os olhos com tristeza

    ?Você não está sozinho e esse não é o fim, enfrentaremos isso juntos. Nunca deixarei o levarem de mim. Preciso pegar água e limpar seus ferimentos antes que infeccione ? ela ia se levantando

    ?Fique ? ele segurou seu braço e o soltou sentindo dor pelo movimento brusco ? Por favor, eu estou com medo de que quando voltar eu já não esteja mais aqui. Ou vai embora de uma vez ou não deixe meu lado.

    ?Como posso ficar a seu lado vendo-o se contorcer em dor? E por minha causa? Tudo é minha culpa, eu o induzi desde o início ? ela se lamentou ? talvez fosse melhor para você se o tivesse deixado em paz ? ela chorou arrependida

    ?Sim é sua culpa, mas eu não me arrependo de nada do que fiz e repetiria tudo só para estar com você. Sua existência se tornou minha razão, eu vivo por você ? ele a puxou contra seu peito ? perdi minha individualidade quando a conheci, você é meu novo sentido ? ele acariciou carinhosamente seu rosto

    ?Então viva por mim konan, eu dependo de você. Minha vida ficou circunstancial a sua, sua presença está ligada a mim ? ela o abraçou carente

    ?Você foi a única a despertar meu coração, perdi meu juízo, perdi meu posto, perdi meu nome e agora esse amor é tudo que posso lhe oferecer.

    ?E eu não preciso de mais nada, ganhei o que queria. Você é o que há de maior valor para mim, como pretende se responsabilizar?

    ?Amando-a até os últimos segundos.

    Ele pegou seu rosto fechando os olhos e a puxou para um beijo. Ela foi pega de surpresa mas o respondeu instantaneamente, aproximando seu rosto para ampliar o contato entre eles, como se tudo estivesse em prova naquele beijo. Os dois se intensificaram, precisavam um do outro e seus lábios demonstravam a paixão e a falta que faziam. Pensar naquela situação era enlouquecedor, o que faria se Ren morresse? O pânico bateu dentro de si, iria despencar em desespero caso algo acontecesse a ele mas sua presença estava assegurada por seus lábios se movimentando contra os dela. Deixou algumas lágrimas caírem ao se adentrar a personagem, ali estava seu amado prestes a morrer. Ren sentiu o molhado de seus lágrimas escorrerem sob seus dedos e olhou de relance para sua expressão insegura e necessitada. Seu corpo ficou pesado. Visualizou-se na realidade do personagem. Se estivesse a beira da morte não iria se abater, seria forte por ambos, não deixaria sua maior conquista cair em vão. Ele apertou firme com uma de suas mão e com a outra pressionou seu rosto, apaziguando seus temores. Eles continuaram se beijando até kykyo ser abruptamente lançada de lado.

    ?kykyo! ? ele gritou desesperado

    ?Seu desgraçado! ? ele disse bravo

    Era Takuya ardendo em fúria, o rei ia cortar-lhe ao meio se o guerreiro não houvesse sido astuto e recolhido sua katana a tempo de se defender. Eles bradaram espadas por alguns segundos porém konan estava muito debilitado e sua espada foi arremessada longe. O kyokawa resolveu finalizá-lo e forçou a arma em sua direção. Konan fechou os olhos esperando ser abatido

    ?Konan! ? ela gritou em pânico

    Ele escutou o barulho do corte e aguardou uma dor a qual não viera. Ouviu o barulho de sangue pingar no chão, mas ele não era proveniente seu. Abriu os olhos e viu uma katana cravada nas costas de Takuya, fazendo-o cair no chão sem vida.

    ?Morra. Você nunca será meu rei ? ele cuspiu

    ?Sa-Sakai? ? o capitão perguntou ainda em choque

    ?Você o salvou Inoue-san! ? ela gritou emocionada ? Você realmente o salvou ? ela caiu de joelhos chorando aliviada

    ?Yo, konan-san, você estava passando maus bocado ein?

    ?O-o que você fez? ? ele caminhou com dificuldade até kykyo

    ?Vinguei nossos irmãos konan-san ? ele disse com raiva ? Eles... foram todos mortos pelos senhores feudais, esse miserável nos traiu, só eu consegui sobreviver. Foi horrível, uma verdadeira carnificina ? ele baixou os olhos em pêsames

    ?Todos... mortos? ? ele perguntou descrente e abatido

    ?Sim ? ele fechou os punhos revoltado ? Nós eliminamos a maioria deles, porém um grupo veio nessa direção, vim averiguar se vocês ainda estavam vivos e meio que deixei minha mão escapar quando o vi ? disse apontando a espada para Takuya ? Conseguiram despistar os outros daymios?

    ?Konan acabou com eles ? ela o abraçou com cuidado e emocionada ? Estamos a salvo! Por favor, Inoue-san, me ajude a levá-lo ao castelo.

    ?Certamente. Vamos cuidar do novo rei, precisamos dele inteiro ainda hoje para a coroação.

    ?Rei? Coroação? Vocês perderam de vez o juízo.

    ?Konan-san, sempre serei seu homem e é meu dever auxiliá-lo. Acredite em mim, o povo irá recebê-lo de braços abertos, qualquer um será melhor do que aquele tirano e sua origem lhes agradará, é a ascensão popular do reino, uma nova era. Chega de injustiças, você pode dar um fim a isso.

    ?Como poderia ser rei?

    ?Se casando comigo ? ela sorriu ? Agora não há nada que nos impessa. Eu quero que lidere ao meu lado.

    ?Você está mesmo certa disso?

    ?E você ainda duvida?

    ?Não ? ele sorriu ? não duvido de nada quando estou com você ? ele a puxou em um selinho

    ?Ah, chega de melação, se segure firme konan-san, o caminho é longo, vou precisar de sua ajuda Hime-sama.

    Konan se apoiou jogando os braços sobre os ombros do amigo e da futura esposa. Eles começaram a marcha de volta ao castelo, seguindo a linha do por do sol sobre o horizonte. O diretor cortou a cena e aplaudiu comovido. Todos ao redor aplaudiram juntos e urraram em comemoração. Eles foram trocando apertos de mão e assobios. Enquanto todos festejavam kyoko se aproximou e o abraçou. Ele sorriu e a abraçou de volta, dando um beijo em sua cabeça.

    ?Esse vai ser o melhor filme de todos! ? ela disse contente

    ?Foi demais não foi? Você estava incrível.

    ?E você foi fantástico! As lutas, o desfecho, o beijo ? ela corou ao falar ? "ops, deixei escapar de novo! Mas foi tão bom!"

    ?Eu também, mas principalmente o beijo ? "mas você ainda não viu nada, ainda estou guardando o melhor"

    ?S-sério? ? disse altamente ruborizada ? " se acalme kyoko, você ainda tem que convidá-lo "? ela tossiu ? Hum, Ren, eu estava pensando, você poderia jantar comigo hoje a noite? Para recompensar por ontem?

    ?Oh sim, você sumiu e me deixou aquele bilhete. O que foi que aconteceu? Mesmo você pedindo não pude deixar de ficar um pouco preocupado.

    ?Ah, aconteceu algo sim, é disso que quero tratar com você lá em casa.

    ?Fiquei curioso agora. É sobre o que?

    ?Você já vai saber. Que horas fica bom para você sair?

    ?Não sei, acho que vou ter que ficar mais um pouco por aqui. Takumi-san quer falar comigo. Pode ser as oito e meia? Para ter tempo de me arrumar.

    ?Então está combinado. Vejo você as oito e meia ? ela o beijou no rosto e saiu serelepe

    Ren a observou partir e sorriu abobalhado. O que ela contaria a ele? Parecia tão empolgada, o que seria? De qualquer forma sua confissão era impostergável, não queria beijá-la outra vez por motivo de trabalho e não iria tentar mais movimentos antes de se expor completamente. De uma coisa ele tinha certeza, ainda a faria delirar de amor. Ele estava penetrado em suas reflexões e não notou o colega o chamar.

    ?Ei Romeu ? ele o despertou

    ?Ah, é você, Shota-san.

    ?Onde está Julieta?

    ?Não conheço nenhuma Julieta, mas se estiver se referindo a kyoko ela já foi embora.

    ?Então o que está fazendo aqui homem?

    ?O diretor quer falar comigo.

    ?Hum, eu já suponho o que. A propósito, você foi ótimo seu beijoqueiro ? ele faz um sinal positivo

    ?Você já tentou ser sério alguma vez?

    ?E teria graça? ? ele sorriu

    ?Creio que não ? ele riu ? Você é melhor assim.

    ?Obrigado. E você é melhor com ela.

    ?Eu sei ? ele concordou ? Vou falar com Takumi-san e me aprontar para encontrá-la.

    ?Boa sorte. Vai lá dar uns beijinhos na kyoko-chan - ele pisca um olho

    ?Podia ter parado só no boa sorte ? ele suspirou sacudiu a cabeça

    ?Ah, vai logo, cara! ? ele deu um tapa em suas costas e riu

    ?Vou sim ? ele se retirou rindo e confiante

    Ren conversou com o diretor e voltou sozinho de ônibus, o restante da equipe ficaria por lá comemorando e só iria embora depois. Ele se arrumou e partiu, tinha mais com o que se preocupar e teria outra comemoração até o fim do dia.


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