Fanfic nova. Espero que gostem!!!
12h 20min. Finalmente aquela aula acabara! Eu não aguentava mais aquele lero-lero do professor de história, babando ovo pra minha família. Isso tudo começou com o meu avô - Heitor Smith ? que resolveu se candidatar a deputado e ganhou. Depois veio o meu pai ? Arthur Smith ? que virou senador. Todos os elogiavam bastante, falavam das boas ações que fizeram pela nossa cidade e estado. Eu não entendia muito de política, e na verdade, nem quero. Mas acredito no que eles dizem, parece que minha família foi uma dádiva pra o governo.
Liguei pro meu pai pra ver se ele poderia me buscar, mas como sempre, andava ocupado. Ia mandar o nosso motorista me buscar. É, nós somos ricos. Além da política, as empresas Smith dão muito lucro a nossa família, e, por meu pai estar na política e meu avô aposentado, quem cuida de tudo nela é o meu tio Alexandre. Meu pai sonha que um dia eu faça administração para ajudar meu tio, mas... eu vou deixar pro meu irmãozinho, Anthony. Meu negócio mesmo é medicina.
? Como foi a aula hoje, Lexi? ? me perguntou meu motorista Pedro, que a cada dia que passava era mais meu pai que meu próprio pai.
? Como sempre Pedro.
? Está triste? O que aconteceu?
? Não, nada. Só queria que quem me fizesse essa pergunta fosse o senhor Arthur.
? Alexia, você sabe que seu pai é um homem muito ocupado!
? É, sei. ? dei de ombros.
Coloquei meus fones de ouvido e encostei-me à poltrona do carro, olhando o movimento pelas janelas. Passavam muitos carros e motos do nosso lado, horário de almoço era sempre um inferno. Fechei os olhos, tentei me acalmar e pensar que logo estaria em casa.
Numa freada brusca do carro, fui atirada contra o banco da frente. Não costumava usar cinto de segurança, já que Pedro dirijia muito bem. Quando fui me ajeitar para ver o que estava acontecendo, meus olhos se arregalaram. Um homem encapuzado apontava um rifle na direção do vidro, e vários outros nos cercavam com motos e um carro. Meu Deus, o que estava acontecendo?
? Abaixa!!! ? Pedro pulou pra trás, me puxando para baixo, quando escutei um tiro e vidro se espalhando pra todo lado. Abriram a porta do carona, do lado que eu estava, e começaram a me puxar pela perna.
? Pedro!!! Pedro!!! ? gritei o nome dele, mas sem nenhuma reação. Pedro tinha desmaiado e estava com o rosto cheio de cortes, provavelmente dos vidros que estilhaçaram.
? Cala essa boca, menina! ? Um dos homens me puxou pelo braço e me deu um tapa na cara. Eu estava em choque. Não sabia o que fazer. Depois ele me jogou pelos cabelos dentro do carro deles.
? É essa, Joel? ? um deles perguntou ao outro.
? É sim.
?Joel? colocou um capuz na minha cabeça e amarrou as minhas mãos. A arrancada que o carro deu foi tão forte que eu fui jogada pra trás. Quando fui tentar abrir a boca pra gritar, só senti uma paulada forte na testa e não vi mais nada.