O Início

Numa luxuosa mansão, algures numa sombria floresta, uma jovem rapariga falava com Ichijou Asatoo, mais conhecido por Ichiou, e com seus servos, num tom que, se fosse outra pessoa a não ela, à muito estaria morta:

- Sim, claro! Tudo o que vossas majestades muitos reais desejarem! Devo trazer também um chazinho e biscoitinhos?! Ah! Espero que possam perdoar a minha falta de respeito, por não trazer o vosso merecidíssimo lanche?! ? A rapariga que já de natureza era sarcástica e irónica, exagerava agora, pois seu irmão partira de volta à Academia Cross, local onde estudava.

- Ojou-sama, está certa a respeito da nossa falha, mas por favor, recorde-se que está perante um membro do Conselho! ? O vampiro, mal acabando de proferir estas palavras cai morto no chão, com o coração esmagado.

- Não achas que exageraste, Enryka? ? Uma voz de homem é ouvida, e discretamente, os servos de Ichiou suspiram de alívio.

- Isaya! ? Enryka exclama, lançando os braços em volta do pescoço do homem e beijando-lhe os lábios.

- Ryka ? Isaya diz calmamente, virando-se imediatamente para Ichiou ? Não achas que tu exageras-te também? Se ela não quer aceitar a proposta de casamento, não aceita. Ou preferes, que além do irmão, eu aja também? ? Pergunta ameaçadoramente, com os olhos vermelhos. Ryka podia tê-lo recusado como noivo, assim como recusara Rido, Ouri e Hanadagi, mas, nada nem ninguém iria fazer-lhe nada.

- Claro que não, Isaya-sama! ? Ichiou exclama ? mesmo que nós quiséssemos forçá-la a alguma coisa, duvido que a Ojou-sama cedesse.

- És capaz de ter razão, Ichiou, mas mesmo assim, prefiro não arriscar ? Isaya admite, com um sorriso no rosto ? Ichiou, se não te importas?

Depois de Ichiou sair, Isaya leva Ryka até à cama e senta-a no seu colo, encostando-a ao seu peito e acariciando o rosto da jovem diz:

- Ry-chan, vou ter de sair do país.

- Posso ter menos de metade da tua idade mas já não sou uma criança.

- Eu sei que não o és, mas prefiro não arriscar.

- Será que é da pureza do sangue? Ouri também era assim protector; até o Rido era super protector, ainda mais do que tu e o Ouri juntos. Eu não sou uma criança indefesa!

- Por não seres uma criança indefesa, é que somos assim tão protectores.

- Destino da viagem? ? Pergunta, suspirando.

- Alasca.

- Alasca?!

- Sim, Alasca.

- Porque razão é que vais para esse inferno gelado?!

Em vez de responder, Isaya beija-a.

- Vou indo. Há milagres que nem a pureza de sangue pode fazer.