Minha Vida...Uma História

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    12
    Capítulos:

    Capítulo 1

    Minha vida antes da morte

    Violência

    Bom minha 2ª fic, inspirada no filme Um Olhar do Paraiso.

    Espero que gostem.

    Eu me lembro que eu era muito pequena, tão pequena que eu não via a borda da mesa. Tinha um globo de neve, e eu me lembro do pinguim que morava dentro do globo. Ele ficava tão sozinho lá dentro, eu me preocupava com ele.

    12 ANOS DEPOIS

    Eu me lembro que ganhei uma câmera no meu aniversário de 14 anos, eu adorava o jeito que a foto podia capturar o momento antes que ele acabasse. E era isso que eu queria ser quando crescesse, uma fotografa da vida selvagem.

    Eu imaginava que quando fosse mais velha seguiria elefantes e rinocerontes selvagens. Mas por enquanto eu teria que me contentar com a Grace Tarking, a garota mais gorda do bairro.

    É estranho como você guarda as lembranças, me lembro de ir com meu pai e meus irmãos ao sumidouro da fazenda dos Connalds. Havia algo fascinante no modo como a terra podia engolir as coisas por inteiro.

    Eu me lembro da garota que morava lá, Bra Connald. As crianças da nossa escola diziam que ela era estranha, mas agora eu sei que ela via coisas que os outros não viam.

    E me lembro da pior coisa que aconteceu com a nossa família. O dia em que meu irmão caçula Buckley parou de respirar. No entanto naquele dia meus pais não estavam em casa, e minha irmã 1 ano mais nova Lindsay, havia saído para caminhar como toda manhã. Eu estava sozinha com meu irmão quando aconteceu.

    -Buckley! Buckley!- eu gritava vendo meu irmão desmaiado no chão.- O que aconteceu?- perguntei ao garoto que estava brincando com meu irmão antes do ocorrido.

    -Ele engoliu um negócio!!!- me respondeu o garoto.

    -Não pensei duas vezes, o peguei no colo e o coloquei no banco traseiro de um carro velho mas que pegava, e que estava na garagem. Peguei as chaves do carro, e saí a toda velocidade até o hospital.

    Por sorte, meu irmão sobreviveu.

    Eu me lembro do brilho nos olhos dos meus pais. O alivio. Eles não eram daquelas pessoas sem sorte, daquelas que coisas ruins acontecem sem motivo algum.

    Vovó previa que eu teria uma vida longa e feliz por ter salvado a do meu irmão.

    Como sempre, vovó Chichi estava enganada.

    Meu sobrenome é Son, isso mesmo Son. Primeiro nome, Pan. Eu tinha 14 anos quando fui assassinada, no dia 6 de dezembro de 1973.

    Foi antes de começarem a divulgar fotos de crianças desaparecidas em caixas de leite ou de virarem manchete nos noticiários.

    Uma época em que as pessoas não acreditavam que coisas do tipo aconteciam.

    Eu estava no shopping, na biblioteca lendo uma revista de artistas famosos, aí eu vi ele, fiquei o olhando, estava paralisada, como ele era bonito.

    -Quem é ele? Ele gosta de você tanto quanto você gosta dele?- oerguntou minha avó se aproximando de mim e me assustando, ela tinha percebido meus olhares.

    -Vovó ele é do último ano.- falei sussurrando.- Ele nem sabe que eu existo.

    -É bonito!

    -Vovó, quer parar com isso?

    Ela da uma ultima olhada nele, se aproxima de mim, e sussurra no meu ouvido.

    -Está segura agora. Ele entrou na loja de discos.

    Eu não estava segura. Um homem do meu bairro estava me observando. Se eu não estivesse tão distraída teria percebido que alguma coisa estava errada, porque esse tipo de coisa me da ojeriza.

    Mas eu estava muito ocupada pensando no tamanho dos cílios de Trunks Briefs. Eu contava cada um enquanto estava na biblioteca, enquanto ele lia Abelardo e Heloísa, a mais séria e trágica história de amor.

    -Então você já beijou ele?- perguntou novamente minha avó, ela não largaria tão cedo do meu pé.

    Me assustei com a pergunta, e apenas balancei a cabeça negativamente

    -Por que não? Você gosta dele, ele gosta de você, o que impede?

    -Tenho medo de não saber beijar!- respondi com a cabeça baixa.

    -Sabe, meu primeiro beijo foi num homem adulto.- confessou minha avó.

    Fiquei de queixo caído, não poderia estar ouvindo aquilo, poderia?

    -Você não vai me dedurar não é?- perguntou vovó com uma cara de espanto

    -Claro que não!- respondi com os olhos arregalados.- Como é que foi?

    -O beijo? Maravilhoso. Lindo. Glorioso! Levei um tempão pra perceber que um beijo daquele, só acontece uma vez.

    Fiquei um pouco pensativa, aí eu senti a mão de minha avó segurando a minha, e ela disse.

    -Pan, divirta-se garota!

    Não foi o senhor O´Dweyer, apesar de ele parecer meio suspeito.

    Mas o senhor O´Dweyer nunca machucou ninguém. A filha dele morreu 1 ano e meio depois de mim, ele teve leucemia. Mas nunca a vi no meu céu.

    Meu assassino era um homem do nosso bairro, tirei uma foto dele uma vez enquanto ele falava com meus pais sobre o canteiro de flores dele. Eu estava fotografando as plantas, quando ele entrou na frente. Ele apareceu do nada e estragou afoto.

    Ele estragou muitas coisas.

    Me lembro que estava no porão com meu pai, ele me ensinava a fazer uma coisa que ele havia a prendido com meu avô, e agora me ensinava. Um barquinho era colocado dentro de uma garrafa de vidro toda enfeitada como se fosse o mar, depois que o barquinho era colocado dentro da garrafa, por uma cordinha, levantamos a vela do barco.

    Fiquei impressionada com aquela obra, era linda.

    -Clarissa tem uma queda por você!- falei enquanto observava a garrafa com o lindo barquinho dentro.

    -Quem é a Clarissa?- perguntou meu pai.

    -Você sabe, cabelo loiro sempre com sombra super azul. O pai dela é dono da Surf ´n` Turf.

    -A alta?

    -Ela não é alta, usa plataforma. Não sabe que você é contador.

    -E ser contador é ruim?

    -Nem que você faz esses modelos em escala. Mamãe sabia disso antes de vocês se casarem?

    -Hum?

    -Sobre a sua obsessão?

    -Pan, hobbies são saudáveis. Nos ensinam coisas.

    -Por exemplo...

    -Se você começa alguma coisa você termina, não para até fazer direito. E se não fizer direito, você começa tudo de novo, leve o tempo que for preciso. É assim que se faz. É perfeitamente normal. Seu avô me ensinou, e eu estou te ensinando. Estamos criando alguma coisa aqui, uma coisa especial.

    -Eu sei!

    -É meio imediato Pan Q.- eu ri com as ultimas palavrinhas de meu pai.- Um dia tudo isso vai ser seu.- disse apontando para a enorme coleção.

    Dei um sorriso, e escutei um grito vindo da cozinha.

    -Gohan! Pan! Vem jantar!- era minha mãe, nos chamando para ir jantar.

    Nos olhamos e logo fomos até lá.

    No outro dia de manhã

    -Eu não acredito nisso!!!Olha só o estado desse quarto!!!- reclamava minha mãe entrando em meu quarto.- Hoje você vai arrumar essa bagunça né?

    -Tá eu vou!- respondi e logo em seguida peguei uma caixa, e disse a virando para baixo e esparramando um monte de filmes de fotos sobre minha cama.- Mãe, eu preciso revelar isso.

    Quando ela viu aquilo quase teve um ataque, arregalou os olhos e disse.

    -Pan, você usou todos os filmes? Você tem ideia de quanto isso vai custar?

    Olhei para os lados e movi os ombros para cima e para baixo dando sinal de que não fazia a mínima ideia.

    -Não, de jeito nenhum, pode esquecer!- disse ela.

    -Muito obrigada! Agora minha carreira foi por água a baixo!- eu disse emburrada.

    -Larga de ser melodramática!!!

    -O que foi por água a baixo?- disse meu pai entrando em meu quarto, com certeza ele havia escutado.

    -Ela usou todos os filmes que a gente deu pra ela de aniversário!!!- reclamou mais uma vez minha mãe.

    -Tudinho?- perguntou meu pai.

    -Todos eles! Não sobrou nenhum!

    -Pan!

    Revirei os olhos e disse.

    -Acho que é crime ser criativa nessa família!

    -Tá legal! Tá legal! Que tal se pagarmos um rolo por mês?- meu pai deu a ideia.

    -Um rolo por mês?- eu discordava da ideia.

    Eu estava quase saindo para ir a escola com Lindsay, aí minha mãe me dá um gorro todo colorido horrível e eu perguntei.

    -O que é isso?

    -Seu gorro novo querida!- respondeu minha mãe.

    -Mãe, a senhora não tinha parado de fazer tricô?- perguntou Lindsay arrumando o cabelo.

    -Bom resolvi voltar!!!Quer um pra você também?

    -N-não!!!Hehe!!!

    Olhei para aquilo e fiz cara de nojo.

    Quando saí de casa me certifiquei se minha mãe estava olhando, e tirei aquele gorro da cabeça e o coloquei dentro da bolsa.

    Na escola eu tinha acabado de sair da última aula, que era de artes, tínhamos assistido a uma peça de teatro muito estranha.

    Fui até meu armário para guardar algumas coisas. E então eu ouvi uma voz.

    -Oi Pan.

    Me virei lentamente até o dono da voz, e quando nossos olhos se encontraram eu paralisei. Era ele, sim, ele mesmo.

    -Oi Trunks.

    -O uq achou do Mouro?- ele me perguntou com um lindo sorriso.

    -Quem?- eu não tinha prestado atenção no que ele havia falado, eu estava...hipnotizada.

    -Ã, Otelo. A peça de teatro.

    Nesse instante saí de meu transe, temia estar corada.

    -Há, bem...eu só. Foi muito legal, foi realmente incrível!

    Ele pareceu ficar feliz pelo meu comentário.

    -Adoro essa peça.- disse Trunks.

    Dei um sorriso afirmando que eu também adorava, e ele disse se aproximando de mim.

    -É outra coisa que nós temos em comum.

    Fiquei meio sem entender, e perguntei.

    -E...o que mais nós temos em comum?

    Ele nada respondeu. Apenas foi se aproximando de mim, parecia que ia me beijos, e quando nosso lábias estavam quase se encontrando, fomos interrompidos por gritos, e da sala de ciências saiu ela, Bra Connald, a garota estranha. Ela brigava com o professor de ciências.

    Eu ria daquela cena ridícula, e era acompanhada de Trunks.

    Saí da escola toda feliz, ele quase me beijou, não conseguia acreditar direito naquilo.

    Tirei o gorro de dentro da bolsa por precaução, e o coloquei, quando eu estava fechando a bolsa, um papel caiu, eu tentei pega-lo, mas o vento o levou.

    Dei de cara com um homem, ele pareceu me conhecer.

    -Ei você é a filha do Gohan e da Videl não é?

    -Sou!- respondi em um meio sorriso.

    -Lembra de mim? Moro no fim da rua numa casa verde, Sr. Harver.

    Eu me lembrei dele.

    -Oi.- falei.

    -Oi como vai?- perguntou ele.

    -Bem!- respondi.

    Ele me veio com um papo de que queria minha opinião para uma coisa que ele havia construído.

    Eu falei que não, mas ele insistiu, e até fez chantagem, então eu aceitei, e acabei indo.

    -Eu não estou vendo nada.- afirmei.

    -Ele deu um sorriso e bateu o pé no chão. Ouvi um barulho de madeira e sorri também.

    Era um quarto construído de baixo da terra, achei muito legal, e entrei, logo depois de mim, Sr. Harver entrou.

    Fiquei encantada com aquele lugar era incrível, tinha jogos, bonecas de porcelana, ursos de pelúcia entre outros.

    Ele pediu para eu me sentar em um banquinho, me sentei lá, e ele começou a me elogiar, fiquei com medo, não sabia o que estava acontecendo.

    Ele me ofereceu refrigerante, mas eu disse que não, que tinha que ir embora, estava atrasada.

    Ele pediu para que eu fosse educada e ficasse mais, ele falou em um tom assustador, com medo insisti que não, que tinha que ir embora.

    -Mas eu não quero que você vá embora Pan.

    Fiquei assustada, o tom de voz dele era frio, e me dava muito medo, parecia que ia fazer algo comigo.

    Em um estalar de dedos saí correndo para a escada, ele me agarrou mas eu meti o pé na cara dele, aí o cenário muda para o lado de fora, e eu saio do quarto de baixo da terra correndo, passei por um tipo de bosque e encontrei Bra, parecia que nossas mãos haviam se tocado, a olhei, mas não dei muita importância e continuei correndo.

    Quando me dei conta estava em uma rua, mas não me lembrava que rua era aquela.

    Na minha casa todos estavam desesperados, já haviam chamado a policia, e meu pai, estava na rua a minha procura.

    -Há quanto tempo ela está desaparecida?-perguntou o policial a minha mãe.

    -Um pouco mais de 4 horas.- ela afirmou.

    -É a primeira vez que ela foge?

    -Ela não fugiu, está desaparecida.

    -Algum problema em casa?

    -Não nada!

    Na rua onde eu estava, ouvi uma voz conhecida, era meu pai, que ainda estava a minha procura..

    -Pai? Pai eu to aqui.

    Ele pareceu não ouvir. Então eu gritei mais alto. E nada.

    Corri até ele, mas um carro passou na minha frente, e as imagens sumiram, estava tudo escuro e quieto. Fiquei assustada, não sabia o que estava acontecendo, alguma coisa estava errada.

    Ouvi uma voz, era a voz da minha mãe, e com esperança, segui a voz, que deu até uma casa, estrei na casa que estava completamente escura, e vi uma luz vindo de baixo de uma porta.

    Me aproximei da porta, e lentamente a abri, cheguei a um banheiro, tinha uma banheira lá, e dentro da banheira, tinha um homem, que estava com um pano branco sobre o rosto.

    Arregalei os olhos, e olhei para o chão todo sujo de barro e...sangue?

    Uma lágrima escorreu do canto de meus olhos, e fui andando até a pia, e lá encontrei uma quantidade enorme de sangue, praticamente uma poça, vi uma faca ensanguentada, e na tornei, vi uma pulseira, uma linda pulseira de prata que logo reconheci sendo minha pulseira.

    Comecei a chorar descontroladamente, e olhei novamente ao homem que estava na banhei, derrepente, ele ia se levantando lentamente, e então tirou o pano branco do rosto, o reconheci sendo Sr. Harver.

    Ele deu uma risada malévica, e começou a torcer o pano branco.

    -NÃÃÃÃÃOOOO!!!!!!NÃÃÃÃÃÕOOOOOO!!!!!!!!NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÕOOOOO!!!!

    Eu gritava sem parar, ele havia me matado.

    Senti uma dor no peito, e meu corpo despareceu como fumaça.


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