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Itália ? Sicília ? Pés do Monte Etna
Um cavaleiro trajado com uma armadura de tom roxo, desviava, com certa dificuldade, dos punhos de força titânica de um homem muito alto, que parecia um borrão verde, devido à velocidade que atacava o cavaleiro do zodíaco que o enfrentava. Então, sentindo uma grande pressão que vinha do outro lado dos muros que os cercavam, ambos pararam.
- Ora... não é que Coríndon conseguiu perder para o Bússola? Então vocês têm alguma capacidade...mas isso não ocorrerá aqui Unicórnio...
Falou Prásio, cuja armadura rochosa brilhava num tom de verde profundo. Seus olhos esmeralda fitaram, seriamente, Jabu de Unicórnio, que nesse momento olhava em direção da luta de Bússola e Coríndon, sentindo que o cosmo de Bússola havia diminuído drasticamente.
- Seth...há, foi exatamente isso que o grandão de azul falou, não é? Vocês substimam demais os cav-
- ULTIMATE IMPETUS!!!
Ouvi, Jabu, a poderosa voz de Prásio. Quase que instantaneamente o dono da voz estava à sua frente, com o punho no centro do peitoral de sua armadura. Uma luz azulada saia do ponto em que o soco estava, e um estrondo de um trovão se chocando com uma rocha era ouvido. Jabu pôde sentir, por toda a extensão de sua armadura, o choque do golpe de Prásio se prolongando a uma velocidade inigualável, enquanto o som de metal sendo triturado ecoava. Não houve tempo para analisar, de fato, o que ocorreu...o Ímpeto Final fez Jabu voar contra as paredes de pedra, sendo enterrado com uma grande força nelas.
- Vocês tem belos discursos, mas vazios de poder. Ora, não são os cavaleiros de Athena separados pelo nível de seus cosmos? O Bússola pode até ter derrotado Coríndon, mas era um cavaleiro de prata... você é um misero cavaleiro de bronze, simplesmente não há como vocês poderem fazer nada contra forças maiores. Serei misericordioso e selarei sua vida rapidamente, talvez seja até indolor Unicórnio...
Então, emanando uma luz esverdeada de seu corpo, Prásio virou em direção ao buraco que ainda estava o Unicórnio e finalizou:
- Talvez com Athena também seja... ai vocês podem se lamentar no outro mundo, hahahaha! ULTIMATE IMPETUS!!!
Contudo, o golpe de Prásio não chegou ao seu destino. Unicórnio estava ali, bloqueando o soco devastador de seu inimigo com as duas mãos. A tiara de sua armadura estava completamente rachada, havia alguns filetes de sangue em seu rosto que, ao invés de expressar dor, mostrava que Prásio mexera com algo proibido. Sua armadura, incrivelmente, estava quase que inteira, apenas o ponto do Ímpeto Final havia se chocado estava destruído. O cosmo roxo/azulado de Jabu envolvia todo o seu corpo.
- Seu maldito! Athena... nunca deixaremos... UNICORN GALLOP!
Simultaneamente ao jogar o punho direito de Prásio para o lado esquerdo, Jabu dera um impulso do chão e deferiu seu ataque. Prasio apenas conseguiu juntar os dois braços em posição de defesa, com a cara surpresa devido o cavaleiro de Unicórnio ter barrado seu golpe. Uma grande nuvem de poeira fora levantada pelo Galope do Unicórnio, porem, quando ela se dissipou, devido aos fortes ventos que estavam no local, Jabu conseguiu ver Prásio, em pé, sem ter se movido um centímetro de sua posição, com cara de desdém.
- Ora, apenas isso, Unicórnio? 97 chutes por segundo? Hahahahaha, só pode ser brincadeira! Não conseguiu nem chegar perto de fazer cócegas! Hahahaha...bem, agora é minha vez Unicórnio! GREAT DISTURBANCE!
Um grande tremor na terra aconteceu e, sob o ponto que Jabu estava, o chão brilhou rapidamente num tom vermelho, então uma explosão violenta aconteceu. Jabu foi arremessado a diversos metros de altura, no mesmo momento que Prásio dera um grande salto. Quando Jabu, surpreso com que acontecera, estava na iminência de começar a cair, com grande impacto no solo, Prásio estava ao seu lado.
- Não se iluda Unicórnio, desde o começo não havia nada que lixo como vocês pudessem fazer àquela tola que esta com o senhor Palas. Quanto mais cedo aceitar isso, melhor para você, embora, hahaha, dessa vez você morrerá! ULTIMATE IMPETUS!
Levando novamente o poderoso golpe de Prásio, Unicórnio desceu, envolto numa luz azul, a uma velocidade impressionante contra o solo. O choque abriu uma grande cratera, erguendo uma grande nuvem de poeira. Após alguns segundos, Unicórnio percebeu que estava completamente desorientado... sentia que estava ainda em queda livre, ao mesmo tempo que percebia que havia se chocado no chão, e o sangue escorria de sua cabeça e braços... era efeito colateral da Grande Perturbação, pensou. Ao longe, ouvia barulhos agourentos, como se dois relâmpagos se chocassem. Sentia, no chão, que poderes estavam se chocando e mudando a geografia do local. Ouviu, ao longe, quando Prásio chegou novamente ao chão, de seu grande salto, com um grande estrondo. Também ouviu:
- Sua armadura patética não agüentaria um golpe desse nível. Seu corpo deve estar todo arrebentado, Unicórnio... seja paciente, que a morte se aproxima velozmente para você. Logo mais, seus amigos do zodíaco estarão com você, bem como a sua venerada deusa.
Era verdade, pensou Jabu. Sua armadura deveria estar pulverizada com o choque do poder de Prásio, e seu corpo não deveria estar tão diferente dela. Contudo... contudo, a armadura ainda estava lá. Jabu abriu os olhos, sua visão entrando ao foco lentamente, pode ver que ela estava toda trincada, faltando alguns pedaços, contudo... ela o protegeu. Seu corpo estava pesado, havia feridas, hematomas, mas estava inteiro. Ah... se tivesse poder, mais força para se levantar... se livrar dos efeitos da Grande Perturbação para, por fim, derrotar Prásio e ir até Athena... o Seiya, pensou, certamente faria isso. Se ele fosse o cavaleiro de Pégaso, poderia ter um cosmo maior. Ele ouviu mais sons do outro lado. Nachi também estava numa luta mortal. Se seu cosmo fosse maior... se fosse maior... não! O seu cosmo também poderia ser maior, se o Seiya conseguiu varias vezes, ele também poderia!
Prásio já estava proximo ao muro que o separava da outra luta, a luta entre o cavaleiro de Lobo e Idócrase. Quando ergueu a mão para desfazer a muralha, ele congelou. Sentiu um poder esmagador vindo do lugar em que Unicórnio jazia, quando olhou na direção da cratera, onde ainda havia uma nuvem de poeira, viu que uma luz grande brotava la de dentro. Rapidamente a nuvem se desfez, e o cavaleiro de Unicórnio estava ali, bem na frente da cratera. Uma luz dourada como o sol o envolvia, iluminando o lugar escuro. A própria armadura de Prásio brilhou ao refletir aquele cosmo brilhante. A cara de Jabu era de surpresa e determinação. Prásio exclamou:
- Impossível! Não tem como... o quê? O que é isso?
Prásio e Jabu olharam para a armadura de Unicórnio. Ela estava diferente, Jabu sentia isso... ela estava dourada, como as 12 Armaduras dos Cavaleiros de Ouro. No mesmo segundo, Prásio lançou-se contra o Unicórnio, que, milagrosamente, sumiu das vistas de Prásio.
- Que... que incrível! Que sensação maravilhosa! Não apenas anulou o efeito do golpe de Prásio, mas é como se isso renovasse minhas forças de uma maneira absurda!Isso é...
Jabu desviou de um Ímpeto Final de Prásio, que abriu uma fenda na terra. Jabu olhou para Prásio, sorrindo, e disse:
- Desesperado? Não esperava por isso, de um cavaleiro que não passa de um lixo para vocês? Hahahaha
- Ora, se é tão bom Unicórnio, venha! Vamos medir nossos golpes e ver quem será derrotado... hahahaha, acha que esse brilho dourado me assusta? Dessa vez eu mesmo vou arrancar a sua cabeça!
E, elevando seu cosmo, Prásio foi em direção à Jabu que, nesse momento, elevando o seu cosmo ao máximo que pode, exclamou aos céus a sua vontade:
- UNICORN GALLOP!!!!!
- Hahahaha, isso não adianta Unicórnio! São 97 chu...100, não, 1.000, 10.000... não, não posso mais contar? como...?!
Diante de milhares de filetes de luz, Prásio perdera a conta dos chutes por segundo de Jabu de Unicórnio, que, após o breve ataque, parou atrás de Prásio, ainda com seu cosmo dourado acesso, e sua armadura brilhava como se fosse de ouro.
- Ora... impossível... Palas não gostará disso...
Após alguns breves segundos, Jabu, ainda de costas, ouviu trincos, e então um grande estrondo. Uma pequena lasca de pedra verde, da armadura de Prásio, caiu aos seus pés. Olhando para as duas mãos, percebeu que sua armadura voltara a cor normal.
- Mas como? Como isso...
Olhando para os lados, Jabu percebeu que os grandes muros de pedras, erguidos pelos Golens, começava a ruir.