Nem todos estão prontos para a morte.

Nunca pensei como iria morrer,esse pensamento quase não está presente nas mentes de adolescentes como eu e muito menos estão preparados para a morte.

Eu me chamo Mei,Misaki Mei. Morri no dia 9 de Julho de 1993 aos 14 anos.

---------------------------------x---------------------------------x---------------------------------------x--------------

8 de Julho de 1993.

-Srta.Mei.Preciso que vá à minha sala assim que TODAS as aulas terminarem -disse o diretor Brunner.Assenti como resposta.

O antigo diretor Sr.Gabe teve se se afastar do colégio por motivos de saúde,dizem que ele tinha problemas no coração e semana passada faleceu.Sr.Brunner acabou por ocupar o seu lugar e já havia se passado 3 meses que isso acontecera.

Esperei no lado de fora da sala do Sr.Brunner até que todas as aulas terminassem assim como ele pedira,até que não restou nenhum outro além de mim.

-Bom...parece que todos já se foram,entre -disse abrindo a porta e deixando-me entrar.Pude escutar um barulho no fundo do corredor,mas logo identifiquei que era Guery,o responsável pela limpeza.

-Sente-se ali -apontou para um sofá velho,já sentara muitas vezes nele para receber reclamações do falecido Sr.Gabe.

-Não queremos ser interrompidos por ninguém,não é mesmo? -trancou a porta e deu um breve sorriso angelical,o mais falsa que eu já vira em toda minha curta vida de apenas 14 anos.

Aproximou-se e sentou do meu lado.

-Nunca reparei o quanto você é linda,uma linda jovem -disse levando suas mãos até meu rosto.Eu me afastei assustada.De repente ele avançou para cima de mim,mas dei um pulo para fora do sofá,corri até a porta desesperada,mas estava trancada,olhei para trás e lá estava o Sr.Brunner balançando a chave alegremente,como uma criança que acaba de ganhar sua primeira mesada.

-Pretende sair da sala sem termos terminado a conversa Sr.Mei?

-Socor...-gritei por um segundo,mas como um tigre conseguiu chegar até a mim e tampou minha boca,jogou-me violentamente no sofá,tentei levantar e correr para algum outro canto da sala,mas ele me segurou,deitou-me a força no chão,arrancou minhas roupas e então...abusou de mim.

Penetrou-me,senti uma dor insuportável,comecei a sangrar,afinal eu ERA virgem.Não podia gritar,pois ele mantinha minha boca fechada,não podia mexer-me,pois ele mantinha seu corpo despido,pesado e suado sobre o meu.

Ele ia em um rítimo lendo com um vai e vem enquanto me apertava com as mãos grosas e fortes.Não pudia deixar de gemer,estava doendo e ele sentia prazer em me ver sofrendo com o seu membro dentro de mim.

Comecei a escutar meu coração bater cada vez menos,em um rítimo lento como se quisesse de propósito parar.Cansada de tanta dor e tortura,fechei meus olhos que derramavam lágrimas a todo tempo.

-Que pena...a brincadeira já acabou? -disse o Sr.Brunner respirando ofegantemente enquanto se levantava de cima do meu corpo.Pude sentir seu sorriso malicioso.

O último som que pude ouvir foi o carrinho de Guery passando por fora da sala do terrível diretor.Eu poderia gritar,mas já não tinha forças para isso,meu coração estava prestes a parar,minha vida acabaria em questão de segundos.

Lá se foi minha única esperança de ajuda e minha vida junto com ela.