História feita de fan para fans, sem fim lucrativo. Plágio é crime! Crie vergonha na cara e dignidade em sua escrota vida e invente suas próprias estórias, se precisar de ajuda para isso pode contar comigo! ;}
~ Um doce ~
Capítulo único
O único sonho que Lucas queria era o sonho da padaria. Todo dia ele passava na frente dela e, em silêncio, observava o doce, com água na boca. No dia que disse à sua mãe seu desejo, ela lhe repreendeu com rudeza, dizendo que não possuía dinheiro para dar-lhe luxos e que não devia comer besteiras, Lucas se entristeceu.
Devido à padaria ser no caminho de volta da sua escola, o garoto passava e observava o sonho todo dia, fitando-o com desejo, conseguia até ouvir o ronco de seu estômago, e nunca era de fome: era de vontade de comer o doce.
Desejou tanto tanto tanto que passara a sonhar com ele. Sonhava que corria na praia atrás de um sonho gigante, seus olhos brilhavam de desejo. Era uma corria ao pôr do sol na direção de seu sonho.
Um dia, voltando da escola acompanhado de seu melhor amigo, conversavam sobre banalidades, e o assunto chegou a metas, desejos. Erick, um garoto calmo e centrado, dizia um dia se tornar médico, e para isso estudaria muito para passar na faculdade. Quando ele perguntou a Lucas o que ele queria, o rapaz deu de ombros.
? "Sonho com um sonho" ? respondeu, parecendo muito enigmático para o outro.
A comida começou a lhe parecer muito sem graça, os dias era chatos, até a vontade de ir para a escola passou. E quanto menos vontade de fazer essas coisas ele tinha, menos passava na frente da loja para observar o alvo de seu desejo.
Lembrava que Erick rira dele, não com escárnio, mas com divertimento, alegando que o amigo era muito incomum, e que seus desejos eram bem diferentes dos das pessoas normais.
Sua mãe, preocupada, lhe perguntava por que estava daquele modo, dizia que deveria parar de criancice e comer, Lucas repetiu: "Quero um sonho." Resignada a mulher o levou até a padaria da cidade e lhe comprou o doce, alegando que comesse tudo, parasse de birra e desse um fim ao assunto.
Juntos eles voltavam para casa de mãos dadas. Saltitante Lucas segurava de um lado a mão da mãe, do outro o pacote com o sonho contra o peito. Era todo sorrisos até que um menino do seu tamanho passou apressado, batendo em seu braço e fazendo o saco voar. Ele bem que tentou pegar, mas caíra no meio da rua e havia carros passando.
Lucas via o doce lá, parado, com lágrimas nos olhos. Iria ir até ele para pegá-lo, mas sua mãe o impediu. "Deixe lá, não há como pegá-lo", comentou indiferente, puxando-o pela mão pelas ruas. "Você comprará outro para mim, mãe?" perguntou esperançoso. "Para você derrubou de novo? Não seja tolo!" respondeu ela secamente.
Chorando em silêncio ele deixou-se ser guiado por sua mãe para longe da padaria, nunca mais olhou para a vitrine ou para o sonho.