contos hentai

Tempo estimado de leitura: 4 horas

    18
    Capítulos:

    Capítulo 14

    Lilpeach

    Hentai, Nudez, Sexo

    Karakura virtual, espadas e shinigamis em confronto.

    Aizen e Gin permanecem no casulo criado por Yamamoto taichou, mas por quanto tempo?

    Matsumoto fukutaichou, largada no chão, agoniza frente aos olhos de Hinamori. "Você fez um bom trabalho. Já pode descansar" ele disse, mas em meio ao sangue e órgãos expostos, a palavra "descansar" sequer fez cócegas a qualquer resto de humor que poderia haver em seu íntimo.

    ? Concentre-se. - os céus eram testemunhas do esforço insano da sua recuperação, treino e retorno. Definitivamente, por melhor que fosse, ela não deveria estar ali. mas era preciso cauterizar o último corte, o pior.

    Puxava pela mente, nenhum kidou adequado surgia. Pra não piorar o quadro, isolou-se com Matsumoto num escudo. No meio do pó, das faíscas e da névoa, onde diabos está o 4º esquadrão quando se precisa? Mais um escudo, improvisado, pra manter os pulmões no lugar, mas não ia aguentar muito tempo. Do meio da poeira brota um shinigami de olhar apavorado, distintivo da quarta divisão. Deixa a fukutaichou sob seus cuidados, e volta pro front. Mesmo em pânico, seu súbito lapso não a impediu de explodir coisas, e muito tinha de ser queimado ali.

    Ela via aquilo como a quitação de uma dívida. Por sua admiração insandecida, toda a armadilha fora armada. Soul Society devia a ela seu destino trágico. Cabia a ela entregar o traidor numa bandeja de prata, com maçãs e molho agridoce. E, quem sabe...

    "Não, aquele homem não era o Aizen, não o meu taichou. O calor das suas mãos, aqueles olhos, me faziam tão bem! Não aqueles olhos, aqueles não são olhos de traidor... Quando tudo acabar, quem sabe ele não se dê conta... Quem sabe, ele se livre disso, pode ser um parasita, pode ser um surto, pode ser... não pode ser, não o meu taichou."

    Imersa em pensamentos, anda a ermo no meio das batalhas. Lâminas e faíscas a erram por pouco. As lembranças, claras como um dia branco. "Liberação do uso total da força das zampakutous", foram as ordens de Yamamoto-sama. "Não seria melhor se não carregássemos nossas zampakutous... e apenas vivêssemos em paz?" Sua cabeça girava, ela não deveria estar de pé ali, deitar em algum lugar a faria muito bem, mas tudo passava tão rápido pelos seus olhos... Cambaleava às cegas, mirando arrancars e golpeando o ar. Cambaleava às cegas, em direção a Hitsugaya.

    ? Não, Hinamori-kun! - um olhar de preocupação, de relance, seu medo lhe abriu a guarda. Hitsugaya é golpeado e cai, Hinamori ergue tobiume... e cai. Olhos voltados pro céu, o casulo havia se aberto.

    ? Hinamori-kun, você deveria estar na cama, depois de um ferimento daqueles. - Aquela voz, aqueles olhos... cruel demais pra ser real, ainda tão doces e confortantes quanto a dias atrás.

    O corpo ainda mole, parte pela pancada, parte pelo choque, os olhos vidrados. Aizen ainda no ar, distante, vestes displicentes balançando na brisa leve, olhando-a nos olhos, penetrante. De perder o ar dos pulmões. Ele sempre a encarou desse jeito, ela nunca se acostumou. De fato, toda naturalidade era uma farsa, pronta para desmoronar ao sabor de qualquer toque, inocente ou acidental. As palavras sumiram, a fúria dissipou-se. A névoa azul se fez presente, sem ser necessário uso de qualquer kidou ou zampakutou. Sua alma era dragada pelos seus olhos, Hinamori afundava e se afogava na sua voz. O resto de amor próprio que tinha alertou-a, e ela tentou levantar-se, erguer tobiume em direção ao traidor, tentar saldar sua dívida com o Sereitei. Em vão. Um kidou mudo do capitão já havia aprisionado-a.

    Humilhada, traída por si mesma, seu rosto não era mais capaz de ocultar sua confusão. Incapaz de diferenciar a raiva, o medo, o fascínio, a saudade, balbuciou as únicas palavras capazes de formar uma frase com um mínimo de sentido coerente.

    ? Aizen taichou, querido taichou, por quê?...

    Lágrima traidora, miserável, que hora pra escorrer... Rolou do rosto, desceu o queixo, pingou e caiu por dois metros e meio até molhar o pó, em meio aos edifícios de Karakura. O gesto da mão do ex-capitão chegava a beira da gentileza, erguendo-a, trazendo-a pra perto de si, arqueada como um gato, pego pelas costelas. Se ela pudesse, ronronaria. Mas não para aquele Aizen.

    Aquela capa não era o seu querido taichou, embora seus hormônios a contrariassem. Ela era o gatinho de colo, era o taichou que parecia brincar com a bola de lã. Os olhos alternavam ternura, diversão e sadismo, mas não pareciam maus em momento algum. Afogavam... e enterneciam.

    Hitsugaya mal teve tempo de interferir, os breves segundos de desvio quase resultaram na sua decapitação. Tirando de dentro aquela força que só aparece quando se tem assuntos mais importantes pra resolver, o pequeno capitão investe conta a espada novamente, furioso, mas com a alma em outro lugar.

    ? Hunf, aguenta, Hinamori... ah, mas que diabos, bankai! - cobre meia praça de gelo, com shinigamis e arrancars dentro.

    ? Cacete, 'Gaya, se concentra!

    ? Ah, não fode, Shunsui! Hinamori! - corre em direção a abduzida e indefesa Momo, até ser interrompido por uma pancada violenta de um de seus próprios cristais de gelo. Sua fúria não foi suficiente pra conter o ataque, e, pra piorar, ainda tinha fraturas em dois pontos da perna, pelo menos. Rastejou, rolou, mas era tarde. A flor de pêssego estava nas mãos do traidor azul.


    Somente usuários cadastrados podem comentar! Clique aqui para cadastrar-se agora mesmo!