Os personagens pertencem aos seus devidos donos. História feita de fan para fans, sem fim lucrativo. Plágio é crime! Crie vergonha na cara e dignidade em sua escrota vida e invente suas próprias estórias, se precisar de ajuda para isso pode contar comigo! ;}
~ Não o culpo ~
Capítulo único
Eu não sabia se acreditava que ele tinha culpa ou que não pudera fazer nada. Quando cheguei tudo já havia acontecido e seu rosto expressava uma dor tão profunda que eu senti meu peito doer, iria falar-lhe algo, mas desisti. Senti que ele precisava de silêncio.
Yahisa havia apanhado de alguns garotos mais velhos e, ao que parecia, o motivo era, nada mais, nada menos, que ele. Sua proximidade com a pessoa que eles odiavam havia causado aquilo.
Eu não sabia quem eu devia odiar: os garotos que ousaram encostar um dedo nela ou a ele, Kazuki, por ter se aproximado dela e a feito passar por aquilo.
Respirei fundo, tentando me acalmar, e ao olhar para ela lá, deitada, inconsciente, não consegui conter as lágrimas e logo chorava como uma criança. Não queria culpá-lo, doía demais e parecia não fazer sentido, afinal, ele apenas era nosso amigo, porque os garotos bateram nela para atingi-lo? Eu não entendia.
Seu olhar, o modo como a olhava, me confirmava que ele não queria que nada daquilo acontecesse e quando, eufórico, Suzuya apareceu, inicialmente eu senti alívio, mas depois?
Quando ele socou o Kazuki eu não tive reação, eu sabia o quanto Suzuya gostava dela, o quanto se esforçava para protegê-la.
Foi por isso que eu me mantive na minha enquanto eles brigavam, assim como me resignei quando Kazuki disse que se afastaria de nós. Foi por causa dela, de sua segurança, que, quando meu amigo disse que não lhe contássemos o que aconteceu, depois que ela acordou sem se lembrar nem do acorrido nem do Shiranui, eu acenei positivamente.
Também foi por isso que, ao rever Kazuki no Seigetsu, eu fitei Suzuya com preocupação. Tsukiko e sua segurança, seu sorriso, sua felicidade eram nossa maior preocupação.
Eu me esforçava para cuidar dela e por isso ele precisava se manter longe, mas, ao contrário do que eu poderia imaginar, ele não forçou nada, apenas se virou e foi embora.
Eu ainda gostava dele, o tempo que havíamos passado juntos me enchia de alegria, eu não guardava sentimentos ruins de sua pessoa, apenas receio e uma leve desconfiança.
Eu não poderia culpá-lo. Eu acreditava que ele não havia feito de propósito. Acreditei nele cegamente. Kazuki era bom e apenas queria ser nosso amigo. Ele não tinha culpa.
Não tinha.