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~ Wanted to love you openly ~
Capítulo único
Viajar com eles lutando contra Tomogaras era um prazer para mim, ainda mais por causa da companhia deles.
Eu gostava daquela vida, daquela rotina. Costumávamos lutar a qualquer hora e em qualquer lutar, com o inimigo que aparecesse, não importava quem fosse.
Cada dia era um novo conhecimento, uma descoberta, uma boa memória.
Tudo até eu me descobrir apaixonada pelo único homem presente entre nós. A partir daí tudo mudou, ou talvez eu apenas tenha visto as coisas como queria.
Ele era forte, sempre vencia as batalhas que entrava e ajudava seus companheiros, mas por tanto observá-lo, notei o momento em que ele passou a olhar primeiro para ela.
Com o tempo sua proteção era a preocupação dele. E não demorou muito para que ficasse explícito seus sentimentos por ela.
Mas Mathilde deixou claro que entre eles só havia amizade. Ele não se conformou, mas ficou quieto. E eu, ao longe, me mantive quieta, não sabia distinguir ainda se era boa a ruim a negação dela. Talvez eu só estivesse sendo egoísta, uma vez na vida, ao menos, eu teria sido.
Nós prosseguimos nossa viagem normalmente, e o sofrimento dele começou a me deixar agoniada. Vê-lo quieto, pensativo, observando-a me deixava impotente. Eu decidi dizer o que sentia para ele abertamente, e na frente dela.
Foi uma surpresa, claro, ela sorriu; já ele, balançando a cabeça negativamente, disse que não poderia aceitar meus sentimentos. Que já gostava de outra pessoa e que, embora ela houvesse lhe dito não, ele não desistiria ? ele não sabia que eu havia ouvido a conversa entre eles.
Eu aceitei, resignada, e seguimos em frete, até Mathilde, egoistamente ? e seguindo o conselho de Alastor, que observava tudo o que acontecia quieto ? disse que nos separássemos.
Merihim não aceitou, negou, murmurou, mas foi em vão: ela estava decidida. Em um excesso de medo ele propôs que os dois lutassem. Se ela vencesse poderia seguir a viagem sozinha, caso não, iríamos todos juntos.
Eu sabia que não daria certo. Ele não estava só fazendo uma loucura, mas também colocando sua vida em risco: ela era impiedosa, em prol de Alastor e de seu destino faria qualquer coisa.
Meu temor se confirmou. Ela o venceu sem medir sua força e, enquanto ele estava caído, ela se foi. Corri até ele, me ajoelhando, iria ampará-lo.
Mas a sua negação me estancou. Ele disse que seria fiel a ela até o final e que era errado que fizéssemos aquilo.
Então ele ainda a amava, e ela nem o merecia!
Resignada e aos prantos eu o vi partir, prometera que voltaria para guiar a próxima Flame Haze, mas quanto tempo demoraria? Mais quanto eu precisaria esperar?
Quando ele se desfez em pequenas luzes brancas eu prometi para mim mesma que também ajudaria a sucessora de Mathilde, mesmo que eu a odiasse com todo o meu ser, não descontaria na próxima cria de Alastor.
Decidida, me pus de pé e caminhei para longe do último lugar onde vi meu amado.
Eu o esperaria reaparecer.
Depositaria minhas esperanças na próxima Flame Haze para vê-lo de novo.
Eu sei que ele voltará, mesmo que não seja por mim.
Eu irei esperar.