Master of Warriors / Mestre dos Guerreiros

  • Nemo
  • Capitulos 5
  • Gêneros Ação

Tempo estimado de leitura: 2 horas

    12
    Capítulos:

    Capítulo 2

    Entender para sobreviver

    Linguagem Imprópria, Violência

    Cap.2 ? Entender para sobreviver.

    Em comparação com sua chegada, o lobby agora parecia um caos. Ivan já vira tanta gente num único lugar, mas nunca para recebê-lo e muito menos para parabenizar-lo. Ele estava agora cercado por sorrisos e vozes que comentavam da sua luta. Ninguém o conhecia, ou o que era, mas aparentemente ninguém se importava. A fuga foi um pouco demorada, mas enfim estava do lado de fora. Era quase fim de tarde e o único rosto familiar se aproximava dele.

    (Myah)- Huh! Nada mal senhor Ivan, você realmente me surpreendeu nessa luta, eu realmente acreditava que você seria aniquilado dolorosamente...

    (Ivan)-Muito obrigado pelo... uuu...incentivo.

    (Myah)-Não é nada! Mas por favor, se estiver ferido, nunca, mas NUNCA entre no meu hospital... Tudo bem?

    (Ivan)?Claro... você que diz, e por acaso tem algum outro hospital por aqui? Eu só tinha reparado naquele.

    (Myah)-Pois é! Ele é o único, então não se machuque ou morra de uma vez!

    (Ivan - pensamento)- Nossa! Ela realmente tá puta comigo!

    (Myah)-Bom, está ficando tarde, é melhor você conversar e tirar suas dúvidas com o prefeito amanhã, ele irá te passar todas as informações que você precisar. Ah! Quase me esqueci, é melhor você arranjar onde dormir logo, as noites são frias e não é nada legal dormir do lado de fora, ultimamente tem ocorrido desaparecimentos de pessoas que não tem aonde dormir.

    (Ivan)-Espera! Onde eu arranjo um lugar pra dormir?!

    (Myah)-Em um hotel oras!

    (Ivan)-Hotel?

    Ivan então vai em direção a cidade encontrar um hotel aonde poderia pernoitar, achava que seria complicado achar, mas havia anúncios de hotéis, casas e pensões espalhadas, mas Ivan havia percebido um problema, e dos grandes, ele estava tão ocupado cem encontrar um hotel que esqueceu que não tinha dinheiro e muito menos sabia que moeda usavam. Decidiu escolher um hotel, localizado no coração da cidade, ele era bem velho, montado com pedras e madeira à moda antiga, a tinta do anúncio quase havia completamente desaparecido e o que restava era: ?Hotel Primus - desde a fundação de Honoris?.

    (Ivan)-Hum... Eu acho que eu consigo arranja um quarto nessa espelunca mole, mole.

    Ivan decide então entrar, o local por mais que fosse velho era bem cuidado e organizado, não possuía luxo, mas era muito confortável. Logo a frente havia o balcão de atendimento, a esquerda uma sala de estar com algumas poltronas e o que restou de uma lareira e ao fundo uma escadaria que levava ao segundo andar, a direita um refeitório bem espaçoso com mesas de madeira pura e decorações bem rústicas e logo a frente um pequeno balcão onde um homem de óculos olhava para um amontoado de contas. Ivan se dirigiu ao homem, porém ele não esboçava nenhuma reação a sua presença.

    (Ivan)-Oi, com licença eu estava procurando por um quarto, só que...

    (Homem)-Quarto?! Você disse... Quarto?! Aqui?!

    (Ivan)-Uuuu... Sim, isso é uma pensão ou qualquer coisa do tipo não é?

    (Homem)-Sim, cl-claro! Desculpe pelo susto, é que... Bem, não é comum pessoas virem para cá.

    (Ivan)-Espera... não me diga que tem alguma coisa ilegal acontecendo aqui?!

    (Homem)-Ilegal nunca, deixe-me explicar. Essa pensão foi fundada por meus ancestrais anos atrás, aqui vários exploradores se hospedavam e depois lutadores, porém com o tempo outros hotéis cada vez mais luxuosos começaram a pipocar por ai, e então nós ficamos para traz... Mas eu vou fazer a diferença e levar esse lugar às alturas novamente!

    (Ivan ? pensamento)- Hehehe! Pegar um quarto aqui vai ser mole!

    (Ivan)-Muito interessante sua estória eu acho que você realmente irá fazer a diferença senhor... uuu...

    (Homem)-Romeu, me chame de Romeu.

    (Ivan)-Certo, eu gostaria de um quarto, mas eu tenho um problema...

    (Romeu)-Não importa qual seja o problema, desde que você não seja um procurado da justiça, você será bem-vindo!

    (Ivan)-Tudo bem, é que eu não tenho dinheiro...

    As salas foram tomadas por um silêncio gélido, Romeu parecia começar a mudar de cor e a atmosfera começava a ficar pesada, Ivan sabia que se continuasse teria sérios problemas.

    (Ivan)-Mas... eu posso arranjar dinheiro eu acabei de derrotar um cara assustador que voava e tinha uma espada gigante que explodia as coisas!

    (Romeu)-Hum? Espera, você ganhou uma luta e não tem dinheiro?

    (Ivan)-Foi uma tal de luta de iniciação, o cara foi embora e eu fiquei, a enfermeira que me atendeu falo pra eu procurar um lugar pra ficar e agora eu não sei mais o que fazer!

    (Romeu)-Hum... Você deve ter esquecido de pegar suas coisas com o balconista, você termina a luta e vencendo ou não você pega seu dinheiro e pontos no balcão, é assim que funciona, mas não se preocupe está tudo guardado, você pode pegar amanhã.

    (Ivan)-Caramba que susto! Muito obrigado pela explicação, mas... eu posso ficar?!

    (Romeu)-Sim, mas o pagamento é semanal e custa 10 créditos.

    (Ivan)-10 créditos... parece barato... eu aceito!

    (Romeu)-Muito bem! Aqui está sua chave seu quarto é no segundo andar, número 21, nós somente servimos café da manhã, então é melhor encontrar outro lugar para comer.

    (Ivan ? pensamento)-Nossa! Serviço de primeira... e ele ainda chama isso aqui de hotel...

    Ivan então segue para o quarto 21, a proximidade das portas já dava uma idéia de quão claustrofóbico deveria ser, mas estava enganado. De fato era pequeno, porém sua organização dava um espaço extra, nele havia uma cama de solteiro simples com uma pequena escrivaninha logo ao lado e uma janela que tinha uma boa vista para a rua. Ivan despencou na cama e encarava o teto, pensava no que tinha acontecido, onde estava e o que aconteceria se acordasse.

    (Bracelete)-Não se preocupe você agora tem permissão para ficar, você não voltará para aquele fim de mundo.

    (Ivan)-Quase me esqueci de você, eu não tive a chance de agradecer, mas obrigado mesmo por ter me ajudado, eu poderia ter morrido naquele lugar.

    (Bracelete)-Não foi nada, já estava na hora de sair daquele buraco e além domais você tem estilo garoto!

    (Ivan)-Hehehe, estilo... Ah! Eu quase me esqueci, qual é o seu nome?

    (Bracelete)-Eu não tenho... eu não me lembro de nada além das minhas habilidades pelo menos...

    (Ivan)-Caramba, então você não cria um!

    (Bracelete)-Huuum... Que tal ?Oculus?.

    (Ivan)-Óculos? Isso lá é nome?

    (Oculus)-Não Óculos, é Oculus significa olho em latim.

    (Ivan)-Hahaha! Faz sentido, só é um pouco estranho, mas é o seu gosto.

    (Oculus)-É melhor dormir, amanhã vai ser um dia corrido.

    (Ivan)-É tem razão, você poderia sair do meu braço?

    (Oculus)-Péssima idéia, alguém pode nos roubar e eu só posso falar por pensamento com você e para isso eu tenho que estar no seu braço.

    (Ivan)-Aff... Que saco, vô ter que aprender a viver com isso. Boa noite.

    (Oculus)-Noite...

    Ivan não demorou muito para dormir, a sua cama era dura, mas para ele era o melhor lugar que já dormira antes. Naquela noite sonhava com os seus antigos colegas, o que eles estariam fazendo naquele momento, contando dinheiro da recompensa, enquanto Angelo se culpava pela sua aparente morte. Ivan não se importava mais com seu passado, havia um novo mundo a sua frente e ele nunca perderia uma oportunidade como essa.

    Ivan aproveitava seu sonho, quando uma voz familiar penetrou em seu subconsciente:

    (Oculus)-Acorda! Acorda! Já é dia, e deve ser umas Nove e meia da manhã! O café só é servido até as dez!

    Ivan lentamente se levantava.

    (Ivan)-Mas como é que você sabe que é às dez?

    (Oculus)-Porque tem um papel colado bem ali na mesa.

    (Ivan)-Mas que droga...

    Ivan então se encaminhou para o refeitório, naquele momento ele havia reparado na quantidade de hóspedes no local, havia no máximo exatamente 20 pessoas, ele era o último a se hospedar lá. Ele seguiu para a comida, onde se encontrava pães, laticínios, frutas e bebidas. Ivan chorava de emoção, não acreditava que podia comer tudo o que quisesse. Todos no refeitório olhavam chocados para a voracidade que Ivan comia seu café da manhã, ele havia quase limpado as bandejas de comida do lugar e ao fim do massacre estava satisfeito.

    (Ivan)-*Burp! Ahh! Que comida boa! Tirei a barriga da miséria hoje!

    (Oculus)-Meu Deus, você definitivamente não é humano, ninguém come assim, nem mesmo um animal selvagem faminto faria igual!

    (Ivan)-Nah! Não é todo dia que tem comida dando sopa assim, você tem que aproveitar qualquer oportunidade para pegar comida!

    (Oculus)-Muito bem... Vamos embora, temos que falar com o prefeito e pegar nosso dinheiro.

    (Ivan)-Vamos nessa, mas primeiro preciso falar com o Romeu.

    Ivan então se encaminha à recepção, onde Romeu limpava o balcão.

    (Ivan)-Bom dia, Senhor Romeu, por acaso você saberia me dizer onde o prefeito trabalha?

    (Romeu)-Huh? O prefeito? Se você estiver procurando por ele está indo para o lugar errado, ele nunca para em casa ou na prefeitura, é mais fácil você encontrá-lo andando pela cidade.

    (Ivan)-Certo... Obrigado pela informação.

    (Romeu)-Volte com o dinhe... Digo, logo!

    Ivan achava que encontrar o prefeito seria fácil, ele imaginava um homem gordo vestindo um terno bem largo e uma cartola na cabeça, ao sair na rua ele perdeu completamente suas esperanças. Havia muitas pessoas transitando, todas vestindo roupas cada vez mais esquisitas, afinal de contas o lugar recebia pessoas de vários mundos e nações diferentes.

    À medida que Ivan andava pela cidade mais se perdia, não sabia aonde ir, o que fazer ou como voltar para o hotel. Ele decide então dar uma pausa no que parecia ser um parque. Sentou-se em um banco ao lado de um senhor que dormia, e tentou organizar suas idéias.

    (Ivan)-Que droga, não encontramos o prefeito, nem a prefeitura e nem aonde é o nosso hotel. Nós estamos muito perdidos

    (Oculus)-Muita calma nessa hora, pânico só vai piorar as coisas, mantenha-se calmo.

    (Ivan)-Mas como! Achar o prefeito aqui é como achar uma agulha no palheiro! É impossível.

    (Senhor)-Nah! É porque você não sabe procurar direito!

    (Ivan)-Ah Tá! Você já deve conhecer o lugar, mas eu não! Eu sou um novato! Eu estou completamente perdido aqui!

    (Senhor)-Hum... Se esse é o caso...

    O senhor havia se levantado não era velho, beirava os 40 anos talvez, usava barba serrada, uma bandana marrom na cabeça, jaqueta e calças verde escuro sujas.

    (Senhor)-Deixe-me apresentar. Meu nome é Phill Warren e eu sou o prefeito de Victoria, prazer em conhecê-lo Ivan!

    Ivan permaneceu em silêncio por alguns segundos e explodiu.

    (Ivan)-Mas que merda é essa! Como assim você é o prefeito?! Como você usa esse tipo de roupa?! E como no inferno você sabe o meu nome!!!

    (Phill)-Ler pensamentos é um tipo telecinese avançada, mas muito útil. Principalmente para alguém com o meu cargo.

    (Ivan)-Tá legal, aqui esse lance de magia existe, mas como você poderia provar que é o verdadeiro prefeito?

    Phill olha para um homem qualquer que andava pela rua.

    (Phill)-Bom dia Steven como está indo a horta?

    (Steve)-Muito bem senhor prefeito! Agradeça a Abigail pelas mudas, são ótimas, pegaram muito bem!

    (Phill)-Eu falo com ela, abraços! E então?

    (Ivan)-Quanto mais tempo eu fico aqui, mais confuso eu fico.

    (Phill)-Então me deixe levá-lo em um tour pela cidade.

    Ivan e Phill começavam a andar pela cidade, por onde passavam pessoas acenavam e desejavam ?bom dia?, Nada daquilo era possível, nunca que um prefeito iria andar no meio da rua, usar roupas normais e conhecer cada pessoa do lugar, tudo não passava de uma grande utopia, Ivan passava a descordar se estava sonhando. Eles então chegam em uma parte menos movimentada.

    (Phill)-Bom, vamos aproveitar agora que as coisas estão mais calmas e te atualizar um pouco. Alguma pergunta?

    (Ivan)-Primeiro eu estou morto? Que lugar é esse? Essas pessoas, essa cidade, o que é isso tudo?

    (Phill)-Hehehe! Muito bem... Você assim como todos aqui, sem exceção, estão vivos. Você veio parar aqui através de um portal, portais podem ser qualquer tipo de coisa, objetos, lugares, ruínas ou até mesmo eventos aleatórios. Você está em um universo paralelo criado pelos Mestres de vários universos diferentes através de magia, eles decidiram criar um mundo onde guerreiros pudessem se encontrar e decidir quem é o melhor de forma esportiva e justa. A maioria veio do mesmo jeito que você, já outros nasceram aqui como o Romeu do Primus que aposto que você conheceu.

    (Ivan)-Wow...Certo, outra pergunta, eu tenho algum risco de ser expulso?

    (Phill)-Somente se cometer um crime grave.

    (Ivan)-Entendi, e agora me fale mais sobre esse torneio.

    (Phill)-Hahaha! Parece que temos mais um competidor interessado no título heim?! Com toda honra! O torneio é feito com lutas, elas são automaticamente marcas ou você pode desafiar alguém para uma luta. Cada luta, perdendo ou ganhando, te dará pontos e créditos, você precisará de pontos para ir a outros lugares e subir de ranking e de créditos para gastar como dinheiro. Para conseguir o título de ?Mestre? você deve obter as quatro chaves espalhadas por ?Honorus?, cada uma está localizada em uma cidade diferente e por fim escalar a ?Montanha do Desafio? onde você deverá lutar contra quatro guardiões e no final aquele que possui o título. E eu acho que é só...

    (Ivan)-Mas que droga! Eu vou ter que me lembrar de tudo isso! Espera... Tem mais cidades?!

    (Phill)-Mas é claro! Outros guerreiros que conseguiram pontos suficientes foram para essas cidades, mas eles sempre voltam, Victoria é a mais pacífica e acolhedora, sem contar que eu faço um ótimo trabalho. Hehehe. Desculpe-me, eu acho que me empolguei demais! Antes que você pergunte as cidades são: ?Reino de Ária?, ?Tundra? e ?Tanah Api?.

    (Ivan)-... Eu então tenho que viajar pelo continente inteiro pelas chaves, entrar em lutas e derrotar o chefão... Meu Deus, quem foi que criou esse negócio?! Isso é clichê puro! Caramba não tinha nada pra inovar não?! Onde estavam com a cabeça! Antigamente substâncias alucinógenas não eram proibidas?!

    (Phill)-Bem... Tecnicamente... É assim por gerações... E elas são proibidas...

    (Ivan)-Hum, tanto faz... Outra coisa como eu posso arranjar um mapa ou algo do tipo?

    (Phill)-Com um balconista do Coliseu, você pode aproveitar e pegar seu passe e dinheiro lá.

    (Ivan)-O lance de ler mente de novo heim? É melhor eu ir pra lá logo.

    (Phill)-Nem precisa, já estamos aqui!

    Ivan havia perdido completamente a noção de tempo e de onde estava, eles haviam parado na frente do Coliseu e já passava do meio-dia.

    (Ivan)-Huh! Por essa eu não esperava. Olha valeu mesmo por ter tirado minhas dúvidas, eu estava mesmo muito confuso.

    (Phill)-Não foi nada, é sempre um prazer guiar gente nova pela cidade, espero que você considere algum dia se estabelecer aqui.

    (Ivan)-Pode contar com isso!

    Phill então lança um olhar em direção ao braço de Ivan.

    (Phill)-Nossa! Agora que eu reparei, mais que bracelete interessante você tem ai, é muito bem feito! Foi você que fez?

    (Ivan)-Não, na verdade não, eu o achei numa caverna.

    (Phill)-Sério?! Que interessante, posso?

    (Ivan)-Bem, é meio que ele não vai sair então não tem como te mostrar.

    Ivan então estende o braço e Phill analisa meticulosamente o bracelete.

    (Phill)-Huhuhu! Mas é claro, seria realmente péssimo se ele saísse.

    Ivan sentia que por algum motivo o bracelete apertava fortemente seu braço, o que o fez recuar um pouco.

    (Ivan)-Ouch... Obrigado mesmo por tudo! Foi de grande ajuda.

    (Phill)-Não há de quer, não se esqueça de pedir o mapa, não quero ver você se perdendo por ai de novo.

    (Ivan)-Pode deixar!

    (Phill)-E lembre-se, sempre que precisar de alguma coisa é só me chamar.

    Phill então retorna a cidade, enquanto Ivan o observa a entrada do Coliseu.

    (Ivan)-Mas o que foi aquilo Oculus? Por que de repente?

    (Oculus)-Foi mau... é que eu não gosto desse cara.

    (Ivan)-Ele pode ser um pouco esquisito e tudo mais, mas até que ele é um cara bem legal.

    Aproveitou um pouco o tempo que restava para admirar a paisagem, o mundo que tanto procurava estava bem a sua frente.

    (Ivan)-Tudo aqui é tão perfeito, parece até um sonho, esse é o meu paraíso... Tudo bem! Vamos pegar nossas coisas e sair daqui.

    Ivan segui para dentro do Coliseu, e em direção ao mesmo balconista que havia sido recebido no dia anterior.

    (Ivan)-Oi, eu tive uma luta de iniciação ontem e esqueci minhas coisas aqui.

    (balconista)-Ah eu me lembro de você! Você é o novato de ontem, por falar nisso, bela luta aquela de ontem. Não se preocupe nós guardamos tudo aqui, seu passe, seu dinheiro e seu mapa da cidade.

    (Ivan)-Nossa, valeu mesmo e quanto as lutas, quantas eu tenho que participar por semana?

    (balconista)-Depende de quantas você quiser, no momento a configuração automática é de três lutas por semana, sendo um de luta e um de descanso. Sua próxima luta vai ser amanhã às oito da manhã na arena número 2, lembrando que você deve chegar aqui pontualmente, se não você perde de WO e sai sem dinheiro nem nada.

    (Ivan)-Oito da matina, que mer... E quanto eu ganho por luta?

    (balconista)-Bem, no seu nível atual, cada vitória você ganha 10 créditos e 5 pontos, enquanto perdendo você ganha 5 créditos e 2 pontos.

    Ivan calculava o preço das contas e o dinheiro que teria que gastar com o dinheiro recebido pelas lutas, ele realmente estava em uma situação crítica.

    (Ivan)-Essa não... Tudo parecia bom demais para ser verdade...

    (Oculus)-Lá se vai seu paraíso não?

    (Ivan)-Cara... Eu odeio quando você me manda essas...

    Após receber a triste notícia de que talvez tivesse que viver de cafés da manhã, abriu o seu mapa e rumou de volta para o hotel, a cidade não era tão complexa como imaginava, agora prestava atenção nas lojas, já observara que eram muito diferentes em arquitetura, mas os produtos que eram vendidos também. Ferreiros que vendiam de anéis à armaduras pesadas, cuteleiros criam as mais variadas formas de lâminas, sem contar com restaurantes, padeiros, mercados e até mesmo floriculturas.

    Finalmente eles haviam chegado sãos e salvos ao hotel, Ivan morria de fome, mas não tinha dinheiro para comprar nada sem ficar endividado. Dirigiu-se a Romeu que dessa vez estava limpando a sala de estar.

    (Ivan)-Oi, eu peguei o dinheiro, já posso pagar a semana.

    (Romeu)-Oh! Sim... Pode me entregar agora se quiser, e então, conseguiu encontrar o prefeito não é?

    Ivan retirava os seus créditos, que pareciam uma nota de papel qualquer escrita ?10 créditos? com uma inscrição abaixo: ?Viva pelo desejo, lute pela vitória, morra pela honra?. Se era uma mensagem de incentivo, estava fazendo um péssimo trabalho.

    (Ivan)-Sim... Claro, ele me mostrou a cidade e respondeu uma série de perguntas que eu fiz. Ele até que parecia um cara legal.

    (Romeu)-Com toda certeza, ele é um grande homem, ninguém nunca foi tão bom quanto ele. Não é a toa que ele é respeitado.

    (Ivan)-É, é o que parece. Uuuhh... Você não tem nenhum tipo de despertador, nem nada do tipo né? É que pelo o que eu vi lá no balcão eu tenho uma luta amanhã de manhã, e eu tenho um péssimo hábito de acordar... um pouco atrasado.

    (Romeu)-Huhuhu... Tudo bem.

    Ivan se sentiu aliviado naquele momento, mas não por muito tempo.

    (Romeu)-Por uma pequena adição de 2 créditos eu disponibilizarei para o senhor um ótimo despertador, ele não é barulhento... Demais... hehehe.

    (Ivan)-Uuuhhh... Eu prefiro ficar na sorte, obrigado... mão de vaca...

    Ivan então seguiu para seu quarto no segundo andar, enquanto destrancava a porta ouviu passos que vinham da escada, Ivan estava curioso em conhecer quem mais estaria vivendo naquele lugar, ele falsamente derrubou as chaves no chão para ganhar mais tempo. Ivan ficou petrificado novamente, dessa vez não era um açougueiro maníaco, mas sim uma garota. Ela tinha cabelo curto e cacheado, eram tão claros que quase chegavam ao rosa, estava usando uma capa que cobria seu corpo todo, com a exceção de suas botas. Ela passou por Ivan como se ele nem estivesse lá e parou logo ao lado no quarto 22, Ivan a encarava com surpresa. Ao abrir a porta ela olhou para Ivan com o mesmo olhar de indiferença, então desapareceu para dentro de sua toca, a porta foi fortemente trancada em seguida, deixando Ivan sozinho novamente no corredor. O silêncio só foi quebrado por Oculus.

    (Oculus)-Caramba...

    (Ivan)-É, eu sei, ela é gata de doer.

    (Oculus)-Não, nem é isso. Eu nunca vi uma pessoa pensar tantas coisas sujas de uma vez, só porque viu uma garota no corredor.

    (Ivan)-Heh? Você leu minha... AH! Que saco essa estória de ler mentes! As pessoas têm que ter privacidade às vezes cara! Você não pode sair lendo o que todo mundo pensa sem permissão!

    (Oculus)-Ivan... Você é o cara mais tarado que eu já conheci na minha vida... E tudo isso em poucos segundos, isso deve ser um dom.

    (Ivan)-Nossa! To morrendo de rir!Essas tiradas suas são horríveis. E eu não sou tarado... Tá bom, só um pouco, mas é porque eu sou uma pessoa saudável! E eu vivi em um ambiente só com homens, pra mim mulher interessada em mim é milagre.

    (Oculus)-Espera... Quem disse que ela está interessada em você? Ela só olhou pra você porquê você ficou parado feito um babaca no meio do corredor encarando ela!

    (Ivan)-Pobre Oculus, pobre Oculus... Você não conhece as táticas de um conquistador, tudo começa com dois olhares se cruzando e ai a química acontece.

    (Oculus)-Se o seu objetivo era fazer ela te achar um esquisito funcionou... Parabéns!

    (Ivan)-Cala a boca! Boa Noite!

    (Oculus)-Afff... crianças...

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