Doce encanto

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    18
    Capítulos:

    Capítulo 6

    Six

    Hentai

    O sol desfilava sua luminosidade exuberante pelas frestas das cortinas que cobriam docemente as janelas e portas da cobertura imperiosa. O clima ameno e leve que se fazia do lado de fora das paredes de concreto daquele recinto, não era o mesmo dentro, pesado e grosso. O ser de cabelos prateados estava perplexo e extremamente irritado, não pela notícia, mas pelo descaramento daquela youkai de dizer-lhe tal mentira e na frente de certa pessoa. Em segundos a raiva tomou conta de seus atos e empurrou sem cavalheirismo algum, a mulher para sentar-se no sofá.

    -Como? ? olhou-a impaciente, dando-lhe a chance de voltar atrás e dizer a verdade, antes que perdesse a cabeça e a expulsasse para fora. Sesshoumaru caminhava atordoado pela sala, os passos largos cobriam toda a extensão do recinto em pouco tempo forçando-o a regressar pelo mesmo caminho e ficar nessa trajetória de ida e vinda à frente da youkai.

    - Uh,esta com os ouvidos afetados Sesshy? ? disse com cinismo enquanto ajeitava o justíssimo vestido tubinho vinho sobre as pernas torneadas. ?Disse que estou grávida Sesshy, eque o filho é seu.? um sorriso vitorioso brindou-lhe os lábios ao observar a tristeza estampar-se no belo rosto da humana e o estreitar de olhos do fascinante youkai.

    - Não diga mentiras mulher. ? as palavras saíram em meio a rosnados, sua paciência esvaiu-se por completo ao ouvi-la e estrangularia a mulher naquele momento, não que fosse de seu hábito usar de força com fêmeas, se não fosse as palavras tão perdidas pronunciadas pela menina que compartilhara sua cama momentos atrás.

    - Grá..vi..da?- gaguejou hesitante - Como assim Sesshy...?? a voz de Rin saiu nada menos que um sussurro quase mudo, que só foi audível pelo youkai devido à sua aguçada audição.

    - Rin...- o nome da jovem fluiu tão aconchegantemente de seus lábios que temia perder-se na deleitosa sensação de apenas pronunciá-lo ou de perdê-la de vez pelas mentiras daquela fêmea ardilosa.

    Sesshoumaru observou-a aturdido, tinha que desfazer esse mal entendido antes que fosse tarde demais, não que o que a humana pensasse de si faria alguma diferença, mas Kagura o pagaria se continuasse com esse teatro sem fundamentos.

    Rin não acreditava no que tinha ouvido, aquela mulher estava grávida e do homem que a tomara em sua cama noite passada, não podia ser verdade, era doloroso demais, mesmo que soubesse que seria apenas uma noite de amor. A incrudelidade formou-se como uma mascara a tampar-lhe o rosto, grávida? Por Deus, não sabia que Sesshoumaru possuía uma mulher e que ela, Rin, era pelo que parecia ser a outra... Ouviu-o pronunciar seu nome e a raiva substituiu tudo o que estava sentindo.

    -Oh! ? o rosto angelical saiu do transe que sentia e encarou o casal à sua frente, segurando as lágrimas que insistiam em tentar cair-lhe pelo rosto pálido. ? Perdão por interrompê-losneste momento tão feliz para ambos, - as palavras evocavam puro sarcasmo e ironia, mas Rin não se deixaria abater por esta notícia que nada tinha a ver com ela a não ser o fato de o homem que amava seria pai de um filho de outra mulher que não ela. ? deixá-los-ei a sós para que possam conversar com mais privacidade. Não é Bolshoi? ? acarinhou a cabeça do animal para acalmá-lo, já que este se mostrava muito agitado desde o momento que Kagura adentrara o local. ? Bom, então vamos indo Sesshoumaru. Até mais. ? os passos firmes da humana rumaram em direção à porta de madeira, mas antes que conseguisse alcançá-la sentiu-se puxada para trás e dar com as costas firmemente no peito largo de Sesshoumaru.

    -Você não vai a lugar algum. ? sussurrou em um tom baixo e rouco ao pé da orelha da jovem. ? Não até resolvermos este assunto, que simplesmente não passa de um malentendido, eu lhe garanto. ? finalizou acariciando o delicado lóbulo com a ponta da língua macia. Rin estremeceu com o toque, mas isso não a impediu de afastá-lo o mais rápido possível de si.

    - Como? Seu filho é um mal entendido Sesshoumaru? ? olhou-o incrédula com a falta de amor por um ser que ele mesmo fizera. ? Como pode falar assim de seu próprio filho?

    Sesshoumaru rosnou nervoso e com extrema agilidade puxou o corpo pequeno novamente ao encontro do seu, prendendo-o mais fortemente. Olhou para Kagura com extremo ódio, Deus como tivera a capacidade de se envolver com aquela fêmea.

    - Kagura.- o nome saiu ameaçadoramente da boca bem desenhada. ?Explique-se agora, ou tratarei de achar outros meios para abrir-lhe a boca a força mulher! - os olhos estreitados ditavam a ferocidade que pronunciara as palavras e a promessa de serem cumpridas em um tempo não muito distante.

    -Explicar o quê, Sesshy? Que nós fizemos amor e que nos rendeu um filhote?? continuaria a jogar ater ver aquela pivetinha humana chorar compulsivamente e o seu tão amado youkai desesperar-se por perdê-la.

    -Não precisa explicar nada senhora, eu entendi cada palavra dita. E Sesshoumaru, você não me deve nenhuma satisfação do que faz com sua vida ou com quem compartilha suacama, mas agora, porfavor, me deixe ir, não quero ser platéia de algo que não posso participar ativamente. ? as palavras saíram calmas, mas longe do que esta sentia. A dor corroia por dentro e a dilacerava a cada minuto que passava ali junto a Sesshoumaru.

    - Senhora? ? o som gritado com extrema fúria chamou a atenção de quem pronunciara aquela palavra momentos atrás. O rosto irritado da youkai instigou um sorriso debochado nos lábios da menina e uma ligeira gargalhada do belo youkai que ainda a prendia fortemente ao seu corpo, temendo que esta se afastasse dele e que nunca mais pudesse alcançá-la novamente.

    - Oh!Mil perdões, não queria ofendê-la, Kagura não é? Mas aprendi desde pequenina a como respeitar os mais velhos, desculpe-me se a ofendi com a verdade. ? As palavras desfilaram ironicamente pela língua ferina da humana, Rin queria atormentá-la igual a estava atormentando.

    - Sua vadia humana! Como ousa me afrontar! ? o sorriso largo da youkai agora se fechara raivoso e o corpo esbelto avançara para cima da morena de olhos castanhos.

    - Não se aproxime dela Kagura, ou serei capaz de algo que nunca ousaria imaginar. ? Sesshoumaru ameaçou-a, e este era um aviso que se esta não o cumprisse ele seria muito bem capaz de realizá-lo. Kagura estancou a poucos passos da mulher, assustada com as palavras do homem, nunca pensara que Sesshoumaru pudesse causar-lhe algum mal, principalmente por causa de uma reles humana, bufou, o plano de ultima hora não estava caminhando como desejava, suspirou frustrada.

    - Seria capaz Sesshy? ? perguntou de modo dramático, sua encenação tinha tudo para convencê-lo, até lágrimas a inundar-lhe os orbes vermelhos.

    - Não me tente, Kagura. ? afirmou com seriedade suas palavras anteriores.

    - Desistiu Kagura? Pensei que fosse mais corajosa. ? Rin alfinetou a youkai com seu tom debochado, sabia do perigo, sua força comparada à daquela mulher era insignificante, mas não conseguira evitar, sua raiva falara mais alto que o temor à vida.

    - Rin.. ? Sesshoumaru repreendeu-a, o que fez com que a jovem mulher lhe dedicasse uma expressão infantil extremamente emburrada, arrancando dos lábios delgados um meio sorriso. Kagura ao notar a cena, surpreendeu-se, nunca em sua convivência com aquele youkai este demonstrara algo tão natural e espontâneo como naquele momento, suspirou desanimada, o jogo já estava perdido antes mesmo do início.

    - Não comece garota, pois estou pensando em aceitar a proposta de Sesshoumaru para dar-lhe um as boas palmadas em troca da minha vida. ? suspirou profundamente -Affz, falasério Sesshy, eu devia ter adivinhado, está apaixonado por ela não é Sesshoumaru? ? entregou os pontos após ver aquele meio sorriso que afagou-lhe a alma em uma delicada carícia. Nunca imaginou que amasse tanto aquele homem, a ponto de desistir dele para que este fosse feliz com outra. Suspirou derrotada, todo seu plano de vingança agora já não tinha mais sentido se fosse para roubar-lhe aquele curvar de lábios tão gracioso e que não era ofertado tão facilmente a outros, sentiu-se culpada pela besteira que tinha iniciado e mesmo que sua razão insistisse para que continuasse seu coração falou mais alto, mesmo que não fosse ela a realizar aquelas mudanças estava contente que existia alguém capaz de tal.

    A pergunta o pegara de surpresa, totalmente desprevenido.

    - Creio que não seja de seu interesse Kagura. ?a resposta firme saiu rude dos lábios bem delineados, mesmo que este não quisesse admitir era tão óbvio, pensou a youkai enquanto seus lábios eram tomados por um sorriso triste. Rin apenas ouvia a conversa com o coração doído.

    Kagura delineava seus passos sobre o carpete felpudo, o corpo coberto pelo vestido colado movia-se hesitante pensando em como começar a desfazer toda aquela peça que escrevera na sala bem mobiliada do youkai. Impaciente Sesshoumaru rosnou alto, aquilo já estava indo longe demais, pensou o homem enquanto apertava a humana ainda mais fortemente contra seu corpo que a esta altura já se mostrava necessitado do calor daquela mulher.

    -Ok!Ok! Não estou grávida, satisfeito? E você sabia disso, não é?- Kagura levou os orbes vermelhos ao encontro dos dourados - Mas não pude deixar de implantar essa pequenadúvida na cabeça dessa menina..Era minha ultima tentativa..- dos dourados os orbes vermelhos se mesclaram em frustração aos chocolates-Como pôde Sesshy? Trouxe-a ao seuapartamento, algo que nunca sequer pensou na hipótese de me deixar vir! ? ao pronunciar tais palavras a morena se voltou ao youkai desolada.

    - Kagura sempre fui claro quanto ao que eu queria e você concordou em me ceder.Éramos ambos saciando-se um do outro, corpo com corpo e somente isso. ? o tom frio não a surpreendeu, as palavras desprovidas de sentimentos também não a feriram, sempre soube disso, mas o coração não quis aceitar e a levou a fazer essa cena.

    -Sim, infelizmente essa é e sempre foi a mais pura verdade. - um silêncio atordoante tomou o local e que foi quebrado pela dona das ultimas palavras. ? Mas é a vida não é Sesshy?Tenho que aceitar, nem sempre ganhamos todas. ? Os olhos vermelhos desviaram do youkai e miraram a si mesma, com isso arrumou os longos cabelos com os dedos, ajeitou o vestido tubinho no corpo firme e rumou para a porta decidida. Tudo estava resolvido, já não havia mais necessidade de permanecer naquele local, mas antes de finalmente sair voltou-se para a humana nos braços do youkai.

    - Tem muita sorte humana, mas pelo seu bem saiba aproveitá-la, pois se fizer algo de errado ou ao menos pensar,com o Sesshy,não hesitarei em lutar e tomá-lo de você. Ouviubem? ? as palavras saíram sérias e verdadeiras dos lábios vermelhos. A única resposta de Rin foi observar o semblante do youkai de modo triste, já que sabia que os sentimentos não eram recíprocos.

    - E, Sesshy? ? chamou a atenção do homem para si, enquanto enviava uma piscadela e um beijo no ar para o youkai. ?Se ela não der conta do recado, estarei esperando, viu?- sorriu maliciosa e virou-se definitivamente para ir embora, fechando a porta atrás de si em um baque surdo.

    Após alguns minutos de silencio posterior à saída da sexy mulher foi que Rin se deu conta do que ela dissera para o homem colado ao seu corpo.

    - Como é que é? Se eu não der conta você vai procurá-la? ? a raiva brotara novamente. Como aquela mulher ousara dizer isso na sua frente? Não que tivesse alguma coisa com Sesshoumaru, mas realmente não a agradou ouvir tais palavras. Rin ouviu um riso abafado na sua nuca, arrancando do seu corpo um forte arrepio.

    - Creio que não precise se preocupar com isso minha pequena.. ? sussurrou roucamente próximo à orelha da jovem. ? Pois de tê-la recostada ao meu corpo me deixa muitoativo. ? Desceu as mãos para o quadril da morena e o pressionou contra a região de sua masculinidade bem alterada, enquanto deslizava a ponta da língua pelo lóbulo delicado. Com a carícia Rin gemeu. ? E com esse seu gemido.. ? suspirou maroto - eu consigo até um orgasmo. Não que eu me orgulhe disso, mas você me deixa com o desejo a flor da pele, minhacoelhinha.. ? as palavras sinceras eriçaram todos os pelos do corpo feminino, fazendo com que este desejasse ser tocado e também tocar, mas por agora não se renderia aos seus desejos, queria a resposta à pergunta de Kagura e se possível agora.

    -E então Sesshoumaru, porque não me responde a pergunta de Kagura?...Sobre os seus sentimentos..?? Rin sentiu o corpo másculo enrijecer-se, os braços que a rodeavam com vigor se soltaram vagarosos e o calor tão presente atrás de si apagou-se com o afastar do homem. As pernas de Rin fraquejaram e o coração disparou em sinal de pleno desespero, realmente os gestos diziam mais que palavras, com o que acabara de acontecer Rin entendera a resposta quase explicita do youkai, Sesshoumaru nunca corresponderia aos seus sentimentos, isso era fato e comprovado.

    -Creio que também não lhe interesse Rin. ? as palavras saíram frias e sem qualquer tipo de sentimento, estraçalhando o pequeno coração da jovem. ? O que tenho para lhe ofertarainda esta disponível e teria o maior prazer em satisfazê-la novamente, mas éisso Rin, nada mais. ? o tom desprovido de calor fez com que os orbes chocolates enchessem-se de lágrimas, as quais Rin tratou de segurá-las para que estas não fossem prova do sofrimento que nutria pelo youkai.

    -Oh claro, porque me interessaria não é mesmo Sesshoumaru?- soltou uma risada seca- Realmente, não tenho nada a ver com a sua vida.. ? o sorriso forçado dominou-lhe os lábios em um castigo sôfrego, mas necessário à sua sobrevivência frente ao youkai.

    Rin já sabia a resposta, mas precisava ouvi-la da boca daquele homem para que se tornasse real. Não o culpava por aquelas palavras, desde o inicio ele deixara bem claro que era e seria só sexo. O amor só vinha por parte dela. No final ela se enquadrava na mesma categoria que Kagura onde o principal objetivo a ser conquistado era apenas prazer.

    -Rin,você sab..

    -Esta bem Sesshoumaru, eu entendi. Desculpe-me pela intromissão, está bem? Mas eu realmente precisava saber. ? Rin afastou-se do homem e de costas pronunciou ?Bom..Poderiame levar em casa agora?- não desejava mais encará-lo, mas isso não era o fim do mundo e era preciso, então juntou todas as forças que possuía e reuniu-as em um sorriso acalentador que foi lançado ao youkai. ? Poderia?

    Sesshoumaru se sentiu totalmente acuado com a pergunta, ela o pegara de surpresa como anteriormente, mas vindo da boca de Rin esta se tornou mais séria, mais perigosa e isso fez com que se sentisse contra a parede confrontando todo aquele mar de sensações que experimentava com aquela humana desde que a conhecera. Sentimentos que nunca apossaram de seu ser, agora não mais o largavam, rosnou, não, não estava amando aquela mulher, se negava a tal fato, isto para ele é e sempre seria desnecessário, não mesmo, certamente não era amor e sim, a pura e segura luxuria de sempre entre um homem e uma mulher. Mas algo dentro de si insistia que tudo o que tentava racionalizar não passava de meras mentiras como a resposta dada à morena que fora lançada ao ar para encobrir a verdadeira face da história, aquela parte em que dizia que o todo poderoso Sesshoumaru estava de quatro pela fêmea humana á sua frente e que a desejava como nunca o havia antes. Observou então à jovem, esta se apresentava a ele tão delicada, tão frágil e tão encantadoramente sensual que sua vontade era de encostá-la contra a parede e possuí-la com todo ardor, gemeu, mas o sorriso endereçado a ele o forçou a voltar a realidade e viu que ao lado de Rin tudo ao seu redor parecia inconstante, se sentia irritantemente frágil, rosnou enquanto passeava os longos dedos pelos fios prateados em sinal de pura frustração, tudo novamente já estava passando dos limites, levaria essa humana a sua casa e trataria de esquecê-la, nem que isto o forçasse a levar para cama todo o universo feminino disponível.

    - Sim. Vamos? ? a resposta curta e grossa, findou suas esperanças se é que ainda existia alguma, sorriu desanimada.

    -Vamos Bolshoi! Vamos para casa garoto, temos muito trabalho para hoje. " Claro que sim, se jogar na cama e dissolver-me em lágrimas"- olhou uma ultima vez o local que compartilhara a noite mais perfeita de sua vida e se virou decidida a apagar aquele vazio que certamente a preencheria por um bom tempo.

    Rin ditou o endereço de seu apartamento a Sesshoumaru e o caminho para casa foi feito em silêncio, só se ouviam uns leves rosnados de Bolshoi ou latidos de euforia ao ver os carros passarem por ele sem que este conseguisse pegá-los. Rin estava com o olhar perdido nas paisagens que passavam pela janela do carro, letárgica, e Sesshoumaru apenas a observava pelos cantos dos olhos, imaginando se não estava fazendo uma loucura em sua vida, rosnou irritado pelo pensamento e voltou a atenção para a estrada à sua frente.

    Ao chegarem, Sesshoumaru desligou o carro e voltou-se para a mulher ao seu lado. Rin mal esperou o carro parar e já foi abrindo a porta do veiculo numa tentativa frustrada de fuga, pois já não tinha certeza se agüentaria ficar por muito mais tempo na presença daquele youkai sem cometer outra besteira. O ar entre eles a estava sufocando lentamente, o cheiro da colônia cara só pertencente a ele a estava enlouquecendo. Enquanto transitavam pela cidade Rin observava aquelas mãos grande que manuseavam o volante do carro e que causavam-lhe vertigem ao relembrar os momentos em que estas desvendavam seu corpo acariciando-a, levando-a ao êxtase com seus toques, bufou irritada pelo rumo que tomava seus pensamentos, isso nunca mais iria acontecer e pelo bem dela não se saciaria mais com apenas uma noite de sexo, desejava bem mais que isso.

    Então sua única alternativa para não render-se aos seus desejos era afastar-se o mais rápido possível de Sesshoumaru, mas até isso lhe foi tirado à chance de realizar ao sentir a mão forte do youkai segurar seu punho. Rin olhou-o nos olhos e viu o desejo queimando no fundo daquele mar dourado, sentiu-se perdida e em um ato de extremo desespero puxou a mão com toda a força existente e desceu do carro.

    Sesshoumaru ficou sem ação, mal viu a mulher descer e esta rumou a passos rápidos à entrada do condomínio fugindo de sua presença. O youkai seguiu-a decidido a pará-la e teria conseguido se não fosse um macho humano a tomar-lhe o corpo feminino em seus braços à metade do caminho. Mas isso era o de menos aos olhos dourados, principalmente após presenciar a cena que se seguira adiante, aquele macho inútil e imprudente selou os seus lábios aos de Rin, sua preciosa fêmea, aos lábios que tanto ansiava colados novamente aos seus, rosnou, os dedos longos se fecharam em punho, as garras afiadas rasgaram com violência a carne macia, o sangue revolto descia em ondas sinuosas a mão pálida e os orbes antes tão dourados tornaram-se rubros pela raiva que agora o consumia.

    Em questão de segundos o corpo grandioso se pôs entre o humano e Rin, afastando-a bruscamente do abraço saudoso dado pelo jovem. E sem cerimônias alguma, Sesshoumaru levantou o pobre rapaz pelo pescoço, pressionou a pele quente entre as garras manchadas de sangue, impedindo que o ar chegasse aos pulmões.

    - Como ousas tocar minha fêmea, ser inútil. - a voz raivosa imperou pelo local mesclando-se aos gemidos de dor do humano.


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