Master of Warriors / Mestre dos Guerreiros

  • Nemo
  • Capitulos 5
  • Gêneros Ação

Tempo estimado de leitura: 2 horas

    12
    Capítulos:

    Capítulo 1

    Cuidado com o que deseja

    Linguagem Imprópria, Violência

    Mestre do Guerreiros

    Cap.1 ? Cuidado com o que deseja.

    Estava escuro e frio dentro do grande rio que cortava a pequena cidade industrializada de ?Ol? Constance?, não se podia ver nada além de escuridão e um filete de sangue acompanhado por bolhas que subiam a superfície, a origem de tal filete era uma pessoa. Ivan, um jovem de aproximadamente 18 anos um pouco desnutrido, com cabelos castanhos claro um pouco cacheados sujos e compridos (prova de que não eram cortados a um bom tempo), pálido, vestido em trapos e no que aparentemente era o que restou de um casaco, com marcas de hematomas pelo corpo e um buraco na testa causado por uma bala onde se origina o filete de sangue. Ele está imóvel, afundando, com boca e olhos abertos:

    (pensamento)- Merda... Sempre soube que eu ia morrer cedo, de uma hora pra outra, que eu iria sofrer antes de me estourarem os miolos ou me enforcarem... Mas nunca que iria morre desse jeito tão idiota... Merda! Não sabia que a morte era tão escrota!

    O cenário muda para uma típica cidade Inglesa do início do século XX, uma cidade suja marcada por ruas abarrotadas de pessoas, fábricas, ruelas e periferias. Dentre pessoas bem trajadas passa um grupo de jovens vestidos de roupas e casacos remendados, habilmente retirando pertences e dinheiro dos bolsos de pedestres desavisados. De repente um deles cai na frente de um grupo de senhoras que se assustam e deixam cair uma sacola de compras:

    (Ivan)-Me-me desculpe se ? senhoras... Eu sou muito desajeitado... Eu não queria...

    -Moleque imundo olhe o que você fez, minhas compras!

    Outro jovem de cabelos louros usando um chapéu com pena e jaqueta vinho surge ao lado de uma das senhoras e diz:

    (Dirk)-Seu idiota! Olhe o estado das compras da senhora! Não se preocupe, ele nasceu com problemas, ele é meio lerdo e não sabe andar direito.

    (Ivan)-Eu... Deixe que eu recolho suas compras... é mínimo que...

    -Nunca, seu ser imundo, nunca vou deixar você tocar nas minhas compras. Eu conheço seu plano, se fingir de pobrezinho pra roubar alguma coisa... Hum! Vamos.

    E então as duas senhoras desaparecem na multidão. Em um beco ali perto um grupo de jovens se reúnem, entre eles os dois na situação anterior:

    (Dirk)-Hahaha! ?Eu conheço o seu plano, se fingir de pobrezinho? Haha! Essas senhorinhas ignorantes me matam de rir! Ei! Da próxima vez tenta não atuar rápido demais, eu acho que ainda tinha coisa pra pega.

    (Ivan)-Da próxima vez não me empurra tão forte, eu quase me ferrei feio nessa, pra que empurra afinal! É só me fala quem é o alvo!

    (Dirk)-Naaah! Não da tempo, é olha e ação... E te empurra é até que divertido!

    (Ivan)-To morrendo de rir... Babaca...

    (Dirk)-Oque você disse moleque?!

    Da roda um deles dá um passo a frente, aparentemente o mais velho o mais bem vestido e sadio com cabelos brancos ligeiramente acinzentados.

    (Angelo)-Vocês dois, parem com a babaquice, todo mundo mostrando o que pegaram hoje...

    Todos abriram os casacos e mostraram o que haviam roubado no dia, pães, diversos tipos de comida, bolsas e dinheiro vivo.

    (Angelo)-Ótimo, vamos voltar pra casa e dividir os prêmios.

    Estava quase anoitecendo, as pessoas que andavam pelas ruas agora voltavam para suas casas, e não era diferente com os ladrões, o que mudava era o tipo de casa. Eles seguiram para um armazém abandonado na periferia da cidade, o local é bem improvisado, com camas feitas só com tapetes e panos amontoados, uma cozinha e uma mesa grande com cadeira para todos e em uma delas sentava um senhor de cabelos grisalhos um pouco calvo, com um olhar esperto e vestindo um pijama e um casaco de pele.

    (Chefe)-Hohoho! Vejo que pegaram bastante coisa hoje! Dirk pego pesado hoje também, Ivan sua cara diz tudo!

    (Ivan)-...

    (Dirk)-Fala sério, eu nem pego tão pesado assim, o Angelo era pior! E ele que não trabalha direito, eu podia ter pego muito mais coisa hoje se ele tivesse se esforçado mais!

    (Chefe)-Vamos garotos! Não sejam assim! Somos uma grande família, o Ivan é o caçula e vocês devem ensiná-lo como trabalhar direito!

    (Dirk)-Eu ainda acho que ele não leva jeito, ele não sabe atuar...

    O som da conversa foi se distanciando a medida que Ivan subia para sua cama situada no alto do armazém e ao lado de uma janela.

    No dia seguinte Ivan vagava sozinho pelas ruas até encontrar duas crianças tremendo de frio numa ruela, ele se aproximou:

    (Ivan)-Vocês estão bem? Precisam de alguma coisa?

    -Nós estamos morrendo de fome e frio, por favor nos ajude!

    Ivan se levanta com um sorriso no rosto.

    (Ivan)-Tá bom! Eu vou arranjar alguma coisa pra vocês, não saiam daqui.

    Então ele começa a olhar envolta por algum pedaço de comida, até encontrar Dirk, com um saco de bisnagas na mão, porem ele não havia reparado em sua expressão facial, ele parecia nervoso.

    (Pensamento)-huuum...Tentar convencer o Dirk vai ser difícil, mas aquele cara me deve uma.

    (Ivan)-Ei Dirk! Será que você poderia me dar uma bisnaga é que...

    (Dirk)-Claro todo seu!

    (Ivan)- Hum?! 0.0

    Uma mulher seguida por dois homens então grita:

    -Meus pães! Ele está com a minha sacola! Ladrão! Ladrão!

    Ivan em meio ao impulso foge e é perseguido pelos homens e desviando de pessoas que estavam em sua frente. A gritaria começava a aumentar e mais pessoas se juntavam aos homens que já o perseguiam, pedras e objetos começavam a ser jogados nele.

    (pensamento)-Urgh... Se eu continuar assim eu vo acabar não agüentando e se eles me pegarem eu vou ser enforcado por roubo.

    Ivan não tem escolha senão atirar a sacola em seus perseguidores, que pararam por um milésimo para pegar o objeto, mas foi suficiente para que a fuga fosse realizada com sucesso. Escondido Ivan mal se agüentava em pé e ofegava, ele havia guardado uma bisnaga no bolso.

    (Ivan)- Hah, hah, kukuku! Babacas!

    Ele então retorna para a ruela onde estavam as crianças, elas obedeceram a seu pedido.

    (Ivan)-Eu não disse que eu ia arranja... *tick*

    O som vinha de uma pistola engatilhando atrás de sua cabeça, seguida de uma voz grossa.

    -Passa o pão, o casaco e tudo que você tiver.

    Ivan obedece, e como recompensa recebe uma coronhada na cabeça, ele cai aos pés das crianças.

    (menino)-O que você pego? Tem algum dinheiro ai?

    (homem)-Nada! Ele é mais fudido que agente!

    Ele então os escuta se retirando, a garota se abaixa para entrar no campo de visão de Ivan que começava a se apagar.

    (garota)-Me desculpe... eu realmente não queria...

    Seus olhos se fecham, Ivan perdeu sua consciência.

    Ao acordar ele sente metade de seu rosto congelando no paralelepípedo, ele se levanta furioso e volta para a toca. Ao entrar é recebido com gritos.

    -Ele volto! O novato volto! -Que merda você tava fazendo até essa hora?!

    -O Chefe tava preocupado com você, ele tava quase mandando agente ir atrás de você! Que merda foi essa?!

    Ivan não se importava com as vozes, ele seguia cegamente em direção a Dirk, à medida que dava as costas aos outros eles paravam de falar no mesmo instante. Dirk estava lendo o jornal sentado em uma cadeira.

    (Dirk sem tirar os olhos do jornal)-Caramba moleque, por que demorou tant...

    Dirk foi interrompido com um soco que o derrubou da cadeira, Ivan estava indo com tudo pra cima dele.

    (Ivan)-Filho da puta! Você me deixo na merda naquela hora! Por que você tinha que joga a porra do pão em mim?! Eu não tinha nada a ver com a merda que você fez!

    Todos se juntaram para separar a briga. Dirk sangrava pelo nariz e tinha uma mancha roxa bem grande no lado esquerdo do rosto.

    (Angelo)-O que é isso! Parem já com essa besteira! Qual é o significado dessa baderna?!

    (Ivan)-O merdinha foi pego roubando e jogo o pão pra mim, ai eu fui perseguido e quase fui morto!

    (Dirk)-Você que não soube se virar! Você deveria ter disfarçado!

    (Ivan)-Desfaça o...

    (Angelo)-Chega! Os dois não vão mais trabalhar juntos e os dois vão ter punição, ponto final!

    Ivan e Dirk se encaram e dão-se as costas.

    Naquela noite Ivan estava ao telhado, vendo as luzes cidade; Angelo então aparece pela janela.

    (Angelo)-Ei, como você está? O que foi a pancada na sua nuca, aquilo tem cara de coronhada.

    (Ivan)-Que isso como você sabe identificar uma pancada de pistola?

    (Angelo)-Então foi uma pistola. (Ivan- uurrrrrgghh...que merda...) Não precisa me dizer como você arranjo. Não esquenta a cabeça com o Dirk, ele é escroto assim mesmo, eu tive que ensina ele durante dois anos, ele sempre deixa as pessoas na mão.

    (Ivan)- É... Sabe... Alguma vez você já pensou em deixar de ser ladrão? Quero dizer... Se tornar uma outra coisa, uma coisa que as pessoas respeitem, que me faça andar entre elas e não receber olhares de desprezo e tal... Ter uma família, amigos... sabe...

    (Angelo)-É... eu sei como é, isso eu aposto é o que todos nós queremos. Só que... está fora de nosso alcance... não teria como de ladrão se tornar celebridade... não para nós... não nessa realidade...

    (Ivan)-É... Você tem razão...

    Um minuto de silêncio...

    (Angelo)-Heim! Eu tenho uma boa idéia!

    (Ivan)-Hum?

    (Angelo)- O chefe está planejando um roubo a aquela casa de penhores pra pegar móveis novos. Que tal fazermos essa sua missão de iniciação?! Você já está aqui a uns quase 4 anos !

    (Ivan)-Sério! Wow, mas eu não sei...

    (Angelo)-Você mostrou hoje que tem o que é preciso para sobreviver aqui! Você está mais que preparado!

    (Ivan)-Hum...hehehe! Vamos nessa!

    O plano foi apresentado a todos no amanhecer do dia seguinte.

    (chefe)-Tá legal garotos! Essa missão não é uma missão comum, essa é a iniciação do nosso pupilo Ivan, então eu quero 100% de chances de sucesso!

    (todos)-É isso ai! -Hahaha vai vira homem hoje! -Não nos desaponte novato!

    (Ivan)-Hahaha, pode deixar!

    (chefe)-Ótimo! Aqui todos! Ao plano! Todos nós sabemos que aquele lugar é um ponto de patrulha da polícia e não é a toa! Mas nós fomos contratados por um homem que quer uma peça muito especial!

    (Angelo)-Espera... Não eram móveis velhos... Pra gente?!

    (chefe)-Com a grana que ele está oferecendo, nós podemos pagar móveis novos em folha!

    (todos)- Wow! Novos!

    (chefe)-Foco aqui todos, por favor. O único ponto seguro para entrar é a janela do porão, e esse é o trabalho do Ivan e do Dirk. Vocês são os únicos que podem passar pela janela, após sua entrada, vocês devem achar a janela do sótão que dá para o telhado do prédio ao lado, esta é a rota de entrada e saída, então vão para o cofre das moedas e peguem aquelas cravejadas com jóias e com desenho de olhos e pássaros não dá pra errar! Vocês entenderam?

    (todos)-Sim!

    (chefe)-Ótimo descansem agora, vocês vão precisar de energia hoje à noite!

    Então é chegada a hora, as ruas estão desertas, as luzes estão apagadas com exceção dos bares, todos os preparativos para o plano estavam prontos, Dirk e Ivan estavam em suas posições, enquanto os outros aguardavam no telhado pela abertura para a invasão, Angelo grunhia:

    (Angelo)-Acho que foi uma péssima idéia botar aqueles dois juntos, eles vão acabar se matando, no meio do caminho!

    (Ladrão)-Não esquenta, essa missão é importante, eles vão se agüentar até o fim dela, ai depois eles podem se matar a vontade.

    (Angelo)-hhhuuummm...

    Enquanto isso Dirk arronba a pequena janela tapada por um monte de neve.

    (Dirk)-Pronto! Vamos nessa e vê se não estraga nada dessa vez!

    (Ivan)-Pode deixar, eu te jogo nos policiais se acontecer alguma coisa.

    Eles entram no porão, a sorte parecia estar do lado deles naquele momento, o porão era onde os objetos eram guardados.

    (Dirk)-Hahaha! Essa vai ser mole agente já ta no lugar!

    (Ivan)-Ei! Nossa missão é abrir a janela, e não pegar as moedas, depois nós fazemos isso!

    À medida que eles caminham encontram um pano sobre o que parecia ser uma mesa, Dirk então tira o pano, ele havia encontrado o cofre de moedas.

    (Dirk)-Encontrei! Ei! Eu sei desarma essa tranca, agente pode pegar tudo sozinho!

    (Ivan)-Dirk! Droga! Deixa isso ai, e vamos abrir a droga da janela!

    (Dirk)-Deixa de frescura! Nós vamos ganhar pontos por isso! (Dirk começa a desarmar a tranca)

    (Ivan)-Pontos? Que pontos?! Você vai acabar matando agente! Vamos ne...

    (Dirk)-Pronto! Viu?! É assim que um verdadeiro ladrão faz!

    Porém o som das trancas enferrujadas foi alto demais.

    (Ivan)-Droga Dirk! Alguém deve ter escutado!

    (Dirk)-Que isso! Os policiais na rua nunca poderiam ter ouvido...

    A conversa é interrompida com um som, não de sapatos, mas de patas.

    (Ivan)-Se esconde rápido!

    Dois cachorros grandes haviam descido as escadas, cães de guarda com cara de poucos amigos, eles então começaram a farejar.

    (Dirk)-Cachorros?! Mas que...

    (Ivan)-Cala...

    Os cachorros então olham em direção aonde eles se escondiam dão uma série de latidos e caminham rumo ao alvo.

    Do lado de fora dois homens comentam:

    -Espera, ouviu isso? Eles pegaram alguma coisa.

    -Será? Ou é só um rato que eles estão caçando de novo?

    Angelo então repara na aparência dos homens.

    (Ladrão)-Eles foram pegos!

    (Angelo)-Espera! Aqueles caras não são policiais! Eles não usam... Merda! Eles tem que sair de lá!

    (Ladrão)-O que?

    (Angelo)-Eles não são policiais! São matadores! O dono contratou matadores pra proteger as relíquias! Eles vão atirar assim que vê-los!

    (Ladrão)-Angelo, espera! Fica frio! Eles vão dar um jeito! Além do mais se eles também te virem vão atirar! Ai sim vão suspeitar!

    (Angelo) Merda!

    Lá dentro os dois temiam pelo que ia acontecer.

    (Dirk)-Merda por essa eu não esperava, agente vai morre!

    (Ivan)-Droga

    Ivan, porém teve a idéia mais suicida de sua vida, esvaziou o cofre e só deixou uma única moeda de aparência pobre e enferrujada.

    (Ivan)-Fica aqui até eles saírem, quando a barra tiver limpa você foge com as moedas! Entendeu!

    (Dirk)-Huh, hum-húm!

    Ivan então salta da escuridão e corre em direção as escadas tendo certeza que os cachorros o seguiam. Ao chegar no 1° andar não teve outra opção se não se atirar na vitrine que se quebrou em vários fragmentos, fazendo os dois homens que guardavam o local se atirarem no chão.

    -Mas que?! Ei! Moleque, ele roubou o cofre! Pega... afff cachorros idiotas!

    A cena era familiar, Ivan corria como nunca nas ruas que estavam desertas, enquanto dois cachorros seguidos de seus donos, a única diferença era que eles estavam armados e corriam mais rápido que as pessoas normais de quem roubava. Não tinha muito pra onde ir na escuridão, senão seguir em frente, porém naquele momento sua sorte mudou para pior. Havia chegado na beira do rio que passava no fim da cidade, era um rio fundo e a correnteza era muito forte, havia becos sem saída que davam no rio numa espécie de cais para ornamentação com bancos e canteiros, porém não era um momento de adimiração.

    -Garoto! Huh...huh...huh...Você...não tem saida...hah...

    -Devolva o cofre e você vai ter uma morte não muito dolorosa!

    (Ivan)-Foi mal, eu não queria pegar nada valioso, hehe vocês pegaram o tipo de ladrão errado!

    Ivan abre o cofre tira a moeda e a mostra entre seus dedos.

    (Ivan)-Eu só queria um trocado pra comprar pão!

    -Desgraçado! Isso foi uma distração não foi?! Moleque!

    Os homens e os cachorros juntaram numa chuva de ponta pés socos e mordidas, no final Ivan estava estirado no chão na ponta do cais.

    -Droga eu acho que agente perdeu tempo demais com o moleque, é melhor agente volta e vê se era mesmo uma armadilha.

    Ivan se levantava aos poucos tentando encontrar uma saída. *tick* Uma pistola foi engatilhada.

    -Mas primeiro vo me livra do moleque.

    -Não seu idiota! Ele...

    Mas foi tarde demais, um dos matadores em fúria atira no meio da testa de Ivan e ele é atirado no rio e começa a afundar ajunto com a moeda.

    (Ivan - pensamento)- Merda... Por que eu tenho que morrer? Por que só eu tenho que me ferra? Por que eu nasci na merda? Por que eu não posso ser alguém, ter aquilo que eu quero e ser respeitado? Maldita seja a essa realidade! Merda... Alguém... Quero ser... Alguém...

    A moeda caia a sua frente, de suja ela começava a refletir luz, essa luz começava a aumentar o brilho o envolvia, até ser engolido novamente pelas trevas.

    Seus olhos se abriram lentamente, estava deitado sobre uma superfície rochosa, ele se levantou e olhou envolta, parecia estar um uma caverna com única ponte de pedra até um feixe de luz no meio da escuridão. Só após alguns segundos ele reparou que estava em pé e respirando.

    (Ivan)-Mas que!? Minha cabeça, a bala onde está a bala e o sangue? Minhas dores! Hum?! A é... Eu acho que morri... então esse deve ser o inferno.

    Ele olha em direção ao feixe de luz. E depois tentou ver o que havia abaixo da ponte onde estava, um abismo em direção a nada.

    (Ivan)-É... Pra baixo não é uma opção...Couf! Caraca que cheiro é esse! Parece que alguém morreu aqui!

    Então seguiu em frente, ao chegar no feixe ele vê um bracelete de metal e ouro bem enferrujado com o desenho de um olho fechado, posicionado no meio de uma estalagmite cortada estrategicamente para ser um apoio para a peça. Ivan olha a peça por alguns segundos.

    (Ivan)-HAAAAAAHAHAHAHAHAHA! Essa é a armadilha mais tosca que eu já vi na vida! Até parece que alguém cai numa merda dessa! Uuuhhhhaaaa... E agora encontrar uma saída daqui!

    Ivan para em pose heróica enquanto olha para o vazio da escuridão, não havia outra saída. Ivan estava sem graça.

    (Ivan)- Arrr...mas que droga...

    Ele então pega o bracelete com cautela, nada acontece.

    (Ivan)-Wew! Não é uma armadilha afinal de...

    O bracelete salta para seu ante-braço e fecha.

    (Ivan)-AAAAAAA! Sai! Sai! Sai! Eu sabia! Merda! Essa porra vai sugar a minha alma! Eu já ouvi estórias com esse tipo de coisa! Eu não quer morreeee! De noooovo!

    Nada novamente acontece.

    (Ivan)-0.o Uuuu... então isso não vai sugar minha alma nem nada... hum... nada mal... ugh!

    Ivan começa a sentir uma dor em sua testa, suas dores começam a volta e sente que um buraco está se abrindo onde a bala havia entrado. A dor era tanta que ele sucumbiu novamente.

    Quando recobrou a consciência, fez questão de não abrir os olhos, parou e sentiu o ambiente primeiro.

    (Ivan ? pensamento)-Hã?! Espere! Não abra os olhos ainda... deixa eu ver... eu estou deitado numa... cama?! Uma cama de verdade?! E confortável! O ar é... é fresco, não está frio, como isso é possível, está quente?! Hum? Eu escuto árvores com galhos balançando ao vento?! Espera, a cama é alta... e ... tem uma mesa de cabeceira, e...e... um travesseiro macio, pequeno, mas macio...espera...travesseiros não flutuam!

    (Voz)-Senhor... Por favor... você poderia tirar suas mãos de mim?

    (Ivan)-Hum?!

    Ivan então abre os olhos e olha em direção a sua mão... não era um travesseiro voador, era somente o seio de uma enfermeira...Hum?! O que?! Seios?!

    (Enfermeira)-Senhor eu não vou pedir novamente!

    (Ivan)-AAAAAAAAAAAAAARRRRRRRRRRR !!! Mas o que?! Droga! Afinal de contas eu estou morto ou não?!

    (Enfermeira)-Bem se você fizer isso novamente eu posso resolver sua dúvida rapidamente.

    (Ivan)-Gulp! Foi mau!...

    No momento seguinte estava andando no corredor acompanhando a enfermeira, ele então percebeu que onde estava não era mais Inglaterra, mas sim o lugar mais esquisito que já vira na vida. A enfermaria era limpa com portas que correm para o lado e pessoas de todos os jeitos e vestindo roupas cada vez mais estranhas.

    (Ivan)-Huh... Olha, eu quero me desculpar pelo uuu... Aquilo, é que aconteceu coisas um pouco esquisitas comigo.

    (Enfermeira)-Tudo bem, eu entendo todos que chegam aqui tem essa sensação.

    (Ivan)-Então, isso é o Inferno ou o Paraíso?

    (Enfermeira)-*Giggle* Nenhum dos dois, você ainda está vivo!

    (Ivan)-Hum? Como?!

    (Enfermeira)-Eu não sei os costumes da sua terra, mas são bem violentos, não é?! Ah, sim! Pode me chamar de Myah.

    (Ivan)-Eu não es... Espera... Costumes... Minha terra... Myah?! 0.o Mas que m...?!

    (Myah)-Não se preocupe tudo será esclarecido, você só precisa falar com o prefeito. Depois você pode conversar com ele. Quase esqueci de novo! Qual o seu nome?!

    (Ivan) Hum?! Uuuu...I-Ivan.

    (Myah)-Prazer em conhecê-lo I-Ivan!

    (Ivan)-N-Não! É só Ivan!

    (Myah)-Decida logo qual é o seu nome! Huh! Tudo bem então... Ivan... Ivan!

    (Ivan)-Huh?

    Ela abre com um empurrão a porta dupla do hospital os raios de luz entram com força, Ivan é obrigado a proteger seus olhos, mas no segundo seguinte nada mais era necessário, seus olhos não acreditavam no que ele via. Um grande vilarejo (se é que isso é possível) com casas e lojas de todos os jeitos possíveis contrastando com um mar verde de gramados, florestas e fazendas.

    (Myah)-Seja, bem-vindo a ?Honoris?! E a cidade cede da competição ?Victoria? !

    (Ivan)-Compe...tição?!

    (Myah)-É, o grande torneio ?Mestre dos Guerreiros?, você não veio por isso?! Uuuhhh... Senhor? O senhor está bem?

    (Ivan)-uuugggghhh, a tortura nunca vai acabar! Eu vo morre de novo! Alguém me ajuda! XS

    (Myah)-Não! Você não tem muito tempo! A sua vez é daqui a pouco!

    (Ivan)-Minha vez?! Como assim minha vez?!

    (Myah)-Uuhh...sua vez de entrar na arena...

    (Ivan)-A-a-arena?! Espera não me diga que...

    (Myah)-O senhor vai lutar? Sim!

    (Ivan)-Não! Não, não, não, eu não vo pra arena nenhuma!

    (Myah)-Mas se o senhor recusar vai ser expulso!

    (Ivan)-Expulso?! Pr-pra onde?

    (Myah)-Onde você estava antes de vir pra cá.

    Ivan se lembrou de estar afundando no rio.

    (Ivan)-Quanto tempo eu tenho?!

    (Myah)-Uns dez minutos eu acho...

    (Ivan)-Onde fica a arena?!

    (Myah)-Naquela direção senh...

    Ivan a agarra pelo braço e a carrega.

    (Ivan)-Me leva até lá!

    (Myah)-AAAAAAHHH!

    A chamada arena não era tão longe dali, e era quase impossível não ser vista, era uma construção grande lembrava realmente a entrada de uma arena romana. Havia lá dentro o Hall principal o local era fechado com placares no alto das paredes e até lutas mostradas em tempo real, lá havia acentos e mesas onde ficavam várias pessoas ansiosas, comemorando, ou sentadas num canto chingando em silêncio, até mesmo em macas sendo levadas ao hospital. Ivan não teve tempo para fazer perguntas e nem se impressionar, ele segui em direção a um grande balcão no centro do Hall. Ele ainda carregava Myah.

    (Ivan)-Ei! Minha vez... Eu tenho... uuu...alguma coisa... uuu... Marcada agora!

    (Balconista)-Ok! Vai com calma uhhh...qual o seu nome?

    (Ivan)-Ivan! Não I-Ivan! Só Ivan!

    (Balconista)-Uuhhh! Certo você é no caso...novato não é?

    (Ivan)-Pode ser! Anda logo! Eu não quero ser expulso!

    (Balconista)-Calma, calma, ninguém vai ser expulso, sua luta vai ser na arena 13 é só seguir o númer...

    (Ivan)-Tá ?brigado, valeu!

    (Balconista)-Huh...aquilo na mão dele era um enfermeira?! 0.o

    Ivan nem ligou para as palavras do balconista, só seguiu em direção a arena designada, ao chegar no local, se depara com uma sala branca quase senão pequena com um grande emblema marcado no centro, lá estava, dois homens: Os dois usavam túnicas, completamente diferentes, porém um carregava uma espada imensa, que lembrava uma faca de açougueiro nas costas, e olhava com desleixo para Ivan.

    (Ivan)-Esse daqui é o meu lugar?! Eu to na arena certa?!

    (Juiz)-Sim, Ivan da...Uuu... ?Terra-Terra? eu suponho.

    (Ivan)-Sim, como...

    (Homem)-Vamos lá! Fique na sua posição logo!

    (Ivan)-Hum?

    (Juiz)-Logo ali (apontando para a outra extremidade do emblema) e, por favor, solte a mulher.

    (Ivan)-Ops...Foi mau Myah! Eu... te pago um lanche depois, valeu!

    (Myah)-Tomara que você morra!

    (Juiz)-Certo! Está na hora, eu vou fazer as apresentações e passar as regras! No lado direito o Príncipe de Plata, Yrius o terceiro (Te prepara moleque). No esquerdo Ivan da Terra-Terra (Huh...huh...). As regras e condições são as seguintes o lutador que não puder continuar a luta ou desistir perde a luta, por ser a luta de entrada de vocês, aquele que perder volta pra casa...

    (Ivan)-O que?!

    (Juiz)-...o vencedor ganha o passe para permanecer e participar da competição. Magias são permitidas. Alguma pergunta?

    (Ivan)-Huh... Magia?

    (Juiz)-Ótimo vamos começar!

    O emblema desenhado no chão começa a brilhar, Ivan tem a sensação de estar flutuando, então a sala desaparece, os três estão flutuando em frente a uma tela mostrando vários pontos de um continente, até que um ponto brilha e o juiz anuncia.

    (Juiz)-A luta será no Templo das corredeiras, nesse caso uma regra é adicionada: quem cair perde! Boa sorte! Lutem com honra!

    Yrius com um movimento rápido arma-se com sua espada, enquanto Ivan tenta voltar à realidade...

    (Ivan)-Huh...Luta? Ei... Ei! Espera eu não tenho uma arma!

    Tarde demais outra vez o emblema brilha e os outros dois homens desaparecem, ao abrir os olhos encontrava-se em um pequeno santuário típico japonês no meio de um pequeno platô de pedra plana como uma mesa, ele se aproximou da borda e ao olhar para baixo descobriu porque o lugar é chamado de ?Templo das Corredeiras?. A queda era alta e lá em baixo, vários rios cortavam entre os várias platôs do local, a força era tão violenta que uma nevoa causada pelo impacto das águas subia até a altura onde Ivan estava.

    (Ivan)-Essa não, mais água... E ainda tem aquele açougueiro vindo atrás de mim, e eu nem tenho como me defender... Merda, o que eu faço?!

    (???)-Por que você não tenta não dar sua localização pro inimigo?

    (Ivan)-Não dá pra escutar nada com a pancada da água, ele nunca...Huh?

    Ao olhar onde vinha a voz, reparou que algo olhava para ele, não era o açougueiro, mas sim o próprio bracelete que agora tinha o olho aberto.

    (Ivan)-AAAAAHHHH!!!! Eu sabia que essa coisa ia sugar a minha alma! Tava na cara que ia dá merda! Por que isso só rola comigo!

    (???)-Ei...Ei! Fica quieto! Eu não vou roubar a sua alma! Eu preciso que você me escute com muita atenção!

    (Ivan)-Buaaahhh...Huh? Não...vai?

    (???)-Escuta, você está numa péssima situação. Você não tem armas, nem armadura, nem nenhum tipo de equipamento de luta descente. Tudo agora vai depender da sua habilidade de fuga.

    (Ivan)-Fuga?! Cara! Isso é uma arena! E só acaba quando um morre! Não tem fuga!

    (???)-Eu sei! Mas eu só preciso de tempo, me de alguns minutos e ...Atrás de você cuidado!

    Ao olhar para trás Ivan viu a coisa mais assustadora de sua vida, um homem aparentemente normal saltando a uma altura de quase 3 metros segurando uma espada tão grande que chegava quase a ser do seu tamanho. Ele se jogou pro lado e quando a espada acertou o chão ele foi projetado pra mais longe com a força do deslocamento de ar.

    (Ivan)-Aaaarrrr!!! Mas que merda foi essa! I-Isso é impossível, ninguém pode pular numa altura daquela, nem dá uma pancada tão forte!

    (Yrius)-Hahaha! Isso vai ser mais fácil que eu esperava! Papai sempre disse que a primeira luta é a mais tensa, mas...Heim! Eu tive muita sorte! Um? NUM? fracote bem na minha frente!

    (Ivan)-Hah, hah, eu vo morre aqui...

    (Bracelete)-Corre garoto, Corre! Corre agora!

    Ivan então corre em direção a uma pequena ponte que unia dois platores.

    (Yrius)-Acho que não! Você é o meu passe pro paraíso!

    Yrius então salta para o outro lado da ponte e com um único golpe vertical, desintegra a ponte e lança Ivan de volta para a o platô inicial, porém dessa vez ele estava pronto e realizou um rolamento perfeito e correu para a ponte oposta.

    (Yrius)-Ah, não! Você não vai escapar de mim ainda!

    Ele desferiu o mesmo salto, mas não foi o suficiente para alcançar Ivan. A segunda ponte foi desintegrada como a primeira, porém Ivan conseguiu atravessar para o outro lado.

    (Yrius)-Não adianta fugir moleque, o único jeito de acabar com isso é me encarando! Vem!

    Ivan fugia numa nuvem de poeira para mais longe, desaparecendo na neblina

    (yrius)- Uuuuuhhh... Desgraçado...

    Ivan havia se escondido em outro santuário, enquanto tentava recobrar o fôlego.

    (Ivan)-Hah, hah, ei... você ainda tá vivo? Fala alguma coisa...

    (Bracelete)-Muito bem você me deu bastante tempo, só mais um pouco e nós viramos o jogo.

    (Ivan)-Mas... Que tipo de plano você tem?

    (Bracelete)- Bom, você terá que fazer o trabalho sujo no final das contas, eu só vou dar uma ajuda.

    (Ivan)-Eu? O que eu tenho a ver com isso?

    (Bracelete)-É simples, assim que eu estiver pronto você vai...

    Uma grande lâmina atravessa o pobre santuário a poucos centímetros de distância da cabeça de Ivan, e com uma pequena impulsão para cima, uma metade do santuário se torna uma chuva de fragmentos e migalhas de madeira. Ivan olha petrificado para traz.

    (Yrius)-Hehe, sabe garoto, eu nunca fui fã de pique ? esconde.

    (Bracelete)-Corre! Falta só um pouco! Vai!

    (Yrius)-Dessa vez você não vai a lugar nenhum!

    Yrius preparava o golpe de finalização quando Ivan ficava petrificado no mesmo lugar, o tempo parecia correr mais devagar.

    (Ivan - pensamento)-Eu não consigo me mexer. Droga! Mova-se! Dessa vez eu vo morrer pra valer! Merda!

    (Bracelete)- Me use como escudo! Rápido!

    (Ivan)-Ei! Não interrompa o meu pensamento, espere o seu quadrinho!

    (Bracelete)-Cala a boca! Me use para bloquear o ataque, mas mire o mais próximo possível do cabo da espada.

    (Ivan)-Cabo... Tipo...

    (Bracelete)-Onde ele segura! Tipo cabo de faca seu energúmeno!

    Com o que restava de tempo Ivan obedeceu ao pedido, ajoelhou-se e bloqueou o mais próximo possível do cabo da espada. Ivan que havia fechado os olhos agora percebe que o impacto não foi tão forte quanto imaginava.

    (Yrius)-Mas que merda é essa! Você deveria estar em pedaços!

    (Ivan)-Hehehe! Parece que eu dei sorte!

    Ivan então empurra a espada para o lado e desfere um soco com toda a força na cara de Yrius, não foi o suficiente pra levá-lo ao chão, mas sim para desnorteá-lo e ganhar tempo para a próxima fuga.

    (Yrius)-Puff! Desgraçado! Você vai pagar por isso pivete!

    (Bracelete)-Bom trabalho! O tempo acabou! Estou pronto!

    (Ivan)-Pronto pra que afinal de contas?!

    (Bracelete)- Agora grite em alto e bom som: ?GLADIUS?

    (Ivan)-Gl-gladius?!

    Yrius por pouco não acerta em cheio Ivan em outra ofensiva aérea.

    (Bracelete)-Como homem! Porra!

    (Ivan)-Huh! G... ?GLADIUS?!

    Após dizer a palavra o bracelete em seu braço deixava de ser metal, e se tornava um material reluzente que tomava vida sozinho e escorria para sua mão. Ivan olhava o brilho intenso em sua mão até se apagar.

    (Ivan)-Isso... Isso... ISSO É UM TREMENDO PEDAÇO DE MERDA!!!

    O bracelete agora havia se tornado uma espada chamada de ?gladius?, um tipo de espada usada por gladiadores na Roma antiga, não era uma espada grande, mas sim pequena e achatada, projetada para bloquear qualquer tipo de ataque desferido ao seu usuário, embora não tivesse uma lâmina afiada ainda cortava.

    (Ivan)- Achei que você ia se transformar numa arma de verdade, não nessa coisa tosca!

    (Bracelete ? agora espada)- Coisa tosca? Escuta aqui! Essa é uma das maiores criações do mundo das arma, ninguém nunca viu uma arma tão resistente como essa!

    (Ivan)- Eu já! E se chama PIS-TO-LA!!! Seu anormal!!! Como eu vo vencer com isso?!

    (Bracelete)-Não se preocupe, eu tenho um plano, lembra daquela hora que você me usou para bloquear o ataque? Então...Eu usei minha habilidade de ?ler a arma do inimigo? para encontrar uma falha, e eu encontrei uma feia!

    (Ivan)-Continue! Leve quanto tempo quiser não se preocupe com o maníaco voador atrás da gente!

    (Bracelete)-Tá legal eu entendi... Aquela espada é muito bem feita, quase indestrutível, mas há uma falha mortal na junção do cabo com a lâmina, ela pode quebrar a qualquer momento se atingir um objeto mais resistente que ela.

    (Ivan)-Espera! Então eu só tenho que defender?

    (Bracelete)-Sim, mas pra ser mais exato você deve defender o ataque em cheio, na ponta da espada.

    (Ivan)-O que?! Eu vou acabar morrendo com o impacto! Você viu o que aquela coisa fez com a casinha?!

    (bracelete)-Eu sei, mas é o único jeito, além do mais você está usando ?gladius?, a maravilha da defesa. Uuuhhh aquilo não era uma casinha...

    (Ivan)-Aaarrrggg! Que merda!

    Ivan encara seu adversário, ele com certeza aceitou o desafio.

    (Yrius)-Cansou de correr e decidiu morre moleque?! Então eu vou realizar o desejo que você tanto queria!

    Ele ia executar o mesmo golpe destruidor, porém Ivan decidiu bloqueá-lo de acordo com o planejado pelo bracelete, mirando na ponta da espada.

    (Ivan ? pensamento)-Gggrrrr! Que merda!

    O golpe foi em cheio, Ivan sentia que o mundo a sua volta embaçava com o impacto, sentia que algo escorria por seu nariz e ouvidos, além da força do ar que quase o tirava do lugar. Ele havia afundado alguns centímetros no chão. Quando achava que era seu fim, um forte *crack* foi ouvido. A lâmina gigantesca agora caia no chão e Yrius olhava em choque para a própria mão, que segurava com força o cabo que parecia um pequeno pedaço de metal entortado.

    Ivan demorou alguns segundos para recobrar a consciência e ficar em pé novamente.

    (Yrius)-Olha só o que você fez seu bastardo! Olha o estado da minha espada! Ele pertenceu ao meu avô, ela representa a minha tradição! E ela agora foi destruída por um reles plebeu imundo!

    Ivan mudou completamente de humor naquele momento, posicionando a lâmina da espada no pescoço de Yrius.

    (Ivan)-Cala a sua boca! Se você não quiser morrer então responda todas as minhas perguntas sem escrotice. Você me entendeu?!

    (Yrius)-Guhh!

    (Ivan)-O que é um ?NUM?, que maldito lugar é esse e o que é esse torneio de merda?!

    (Yrius)-Guhuhu... Hahahaha! Então você não sabe de nada? Huhuhu você é mesmo um plebeu afinal de contas... pois bem... Um ?Num? é um Não Usuário de Magia, significa que não usam magia na sua terra; bom que lugar é esse... bom...Esse é o ?Continente Honoris?, é aqui que os guerreiros que merecem vem parar, e onde eles competem pelo título de ?Mestre dos Guerreiros? e o prêmio máximo!

    (Ivan)-Prêmio... Máximo?!

    (Yrius)-Guhahaha! Você também não sabia?! Bem... alguma vez na vida você desejou algo quase impossível?

    Ivan se lembra da conversa no telhado com Angelo.

    (Yrius)- Pois aqui é o lugar para estar! O prêmio máximo é nada mais nada menos que um desejo realizado! Qualquer um! Sem limites! Qualquer coisa! Poder, mulheres, dinheiro, impérios! TUDO! TUDO QUE VOCÊ IMAGINAR PODE SER SEU! Mas tudo num único e pequenino desejo... É bom planejá-lo desde agora nos mínimos detalhes não é?! Para aproveitá-lo ao máximo quando tiver a chance!

    Ivan parou por um segundo pensando no que poderia pedir... Tudo que ele já quis podia ser dele: respeito, uma casa de verdade, dinheiro, comida boa ou até mesmo ter todos aos seus pés! Várias coisas passavam por sua cabeça.

    (Ivan)- Já chega! Tá legal desista se não você vai voltar pra casa com um rombo no pescoço.

    (Yrius)-Huhuhu, agora que você me fez lembrar o porquê estou aqui... Me sinto renovado! Eu nunca vou desistir! O prêmio é meu! Todo meu! O poder, a força, o Mundo! TUDO! TUDO ME...

    *Slash*

    Yrius havia parado de falar. Uma linha de sangue seguia o trajeto da lâmina que cortara seu pescoço, seu corpo cai para traz e depois para baixo em direção ao emaranhado de correntezas. Ivan estava de cabeça baixa na mesma posição que desferiu o golpe final. Ouve-se um *splash*, e o emblema surge aos seus pés, a luz novamente envolve e ele está novamente na sala da arena, sozinho dessa vez, ele ficou parado por um instante com a mente totalmente vazia, e então se retirou. Ao sair pela porta uma chuva de confetes e balões, junto com uma fileira de garotas e pessoas sorridentes curiosas que passavam pelo lugar, uma faixa escrita ?Bem-vindo Ivan? era vista quase nitidamente sobre a cabeça da multidão.

    (multidão)- Seja Bem-Vindo, senhor Ivan! -Bem-vindo -Boa sorte moleque! -Hahaha ele realmente conseguiu heim?! -A luta foi tensa! -Aquele cara era muito babaca, teve o que merecia!

    Ivan se surpreendeu com a comitiva, mas não o suficiente para esquecer o que havia acontecido segundos atrás. Ele olhou novamente para o chão.

    (Ivan ? pensamento)- Tudo está acontecendo tão rápido. Nada aqui parece ser real, tudo parece ser um sonho... Mas... Um desejo... Sem limites...

    Eu... eu não vou voltar... Eu nunca mais vou voltar praquele inferno!

    *Sua gladius estava suja por sangue, onde uma gota escorre até a ponta*

    -Eu não vou voltar!

    *A gota se solta*

    -Não importa o que eu tenha que fazer

    *A gota atinge o chão*

    -Eu vou ganhar... O prêmio máximo...

    -------------------------------------FIM-------------------------------------


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