Preparações Finais

Percy levou Karen até o Chalé de Poseidon onde Tyson, o ciclope irmão de Percy esperava pelos dois. Karen no inicio não notou que ele tinha um olho só, a névoa disfarçou um pouco. Quando notou ficou curiosa olhando aquele único olho.

- Hum? Não se assuste, Tyson é um ciclope, mas é gente boa, certo mano?

- Certo Percy. Vamos começar? ?pega uma fita métrica e se aproxima de Karen-

- Começar o que?!

- Karen, deixe ele tirar suas medidas, de manha você vai saber o que é.

- Okay, mas fica meio estranho... ?estende os braços-

- Vamos ver... ?começa a tirar as medidas de Karen-

Tyson tirou todas as medidas de Karen, desde as normais, até as mais estranhas, como as medidas dos dedos, orelhas, até do nariz. Depois de algumas medidas, Percy e Tyson cochicharam um pouco. Do lado de fora do chalé podia-se ouvir um relincho de cavalo que Karen reconheceu na mesma hora. Era Cometa que estava do lado de fora. Todos foram para fora. Nico, filho de Hades estava com o Pégaso, domado pelas Rédeas de Ouro.

- O que ta fazendo com ele?! ?corre e tira as rédeas de Cometa- O que fizeram com você Cometa...

- Já vou indo, Percy, você assume daqui. ?vai andando pro chalé ao lado-

- Certo, Tyson, tire as medidas do Pégaso. Temos que preparar tudo pra que a missão dê certo.

- Cometa, seja um bom garoto e abra as asas. ?faz um carinho em Cometa que obedece-

Tyson tirou todas as medidas do pequeno Pégaso e depois o levou para o estábulo. Então rumou em direção as forjas. Percy ficou com Karen.

- Karen, vou te contar uma coisa...

- Diga.

- Quando eu tinha mais ou menos sua idade o Olimpo estava passando por sérios problemas. Eu era o único que podia ajudar, minha adolescência inteira eu fui forçado a ser um herói e salvar a todos. Reclamava que meu pai havia me abandonado, mas não entendia que ele sempre estava comigo. Não reclamo do meu destino, mas eu queria poder ser um humano normal. Desculpe por colocar toda essa pressão em você. É seu primeiro dia como Meio-Sangue e você já tem uma tarefa dessas...

- Não me importo. Nasci pra ser uma heroína, esse é meu destino. Sou filha de Pã, nada vai mudar isso. No fim eu até fico feliz, meu pai é uma pessoa importante. Não acho que ele me abandonou, ele está comigo, sempre. Desde uma pequena folha que cresce em uma arvore, até uma vasta floresta, meu pai está em tudo, me vigiando. Essas tarefas são provações pelas quais eu tenho que passar. Não sou uma humana normal, sou uma Semideusa, isso é cotidiano. Os Deuses devem ter muito mais trabalho que nós, vigiando o mundo inteiro, cuidando para que os mortais vivam suas vidas.

- Você tem um ótimo raciocínio para alguém da sua idade. Bom, vá dormir, amanha cedo sua missão começa. Agora que você já foi determinada, já pode ir pro Chalé de seu pai. O Chalé de Pã é o numero 22. Tenha uma boa noite, que os Deuses a protejam. Te vejo amanhã de manha no topo da colina.

- Obrigada.

Karen foi até o Chalé 22. Um lindo e simples Chalé pintado de verde, com várias flores plantadas em volta. Videiras ficavam penduradas na frente, com vários cachos de uvas bem roxas e maduras. A porta da frente era feita de bambus verdes com furos neles, sempre que o vento passava podia-se ouvir uma doce melodia. Ela entrou e ficou admirada com o que viu. Por dentro o chalé era todo decorado com flores de pétalas douradas e cabos prateados, mas eram vivas e na frente de cada flor havia uma pequena luz iluminando o local, em algumas que pareciam copos de leite havia néctar. No lugar de camas, haviam duas redes colocadas paralelamente, perto de uma lareira. No teto haviam algumas videiras de ambrosia. Era tudo lindo, como Karen gostava, tudo ?natural?. Karen deixou a mochila em um canto e se deitou na rede, logo adormeceu.

Logo amanheceu. Karen acordou cedinho com o sol batendo em seus olhos. Se espreguiçou e foi até o ?banheiro? se lavar. Se arrumou, pegou a mochila, pegou um pouquinho de néctar e colocou em uma garrafinha e algumas ambrosias em um saquinho, guardou e saiu. Colheu alguns cachos de uva e foi degustando-as, caminhando em direção à colina. Todos à esperavam. Ravena, Dan, Percy, Nico, Annabeth, Grover, Tyson e até mesmo Clarisse e uma garota de sardas, pele branca e olhos azul-elétrico.

- Olá a todos. ?disse ela feliz-

- Agora que estamos todos aqui já podemos ir. Annabeth e Clarisse já nos explicaram as estratégias e já temos dinheiro mortal, dracmas, néctar e ambrosia. ?disse Dan caminhando em direção à saída do acampamento-

- Espere. Como vão lutar sem armas? Clarisse, entregue as armas pra eles.

- Tudo bem... ?entrega uma lança para Dan, uma espada para Ravena e uma adaga para Karen- Todas são armas mágicas feitas de Bronze Celestial. A lança se alonga e encurta conforme a vontade do portador, seu nome é Psiquê, traduzido, Alma. A espada pode ficar com a lamina invisível e pode cortar com facilidade coisas duras como rochas e aço, seu nome é Apeíron, traduzido, Ilimitado. E a adaga é imune à magias e se quebrada, pode se reconstituir usando elementos da natureza. Seu nome é Physis, traduzido, Natureza.

- Ótimo, agora os presentes dos 3 grandes. Karen, estenda o punho.

- Sim! ? estende o punho-

Nisso Percy, Nico e a garota sardenta cortaram os dedos e cada um passou o sangue no punho de Karen, 3 marcas, uma negra, uma azul e uma amarela apareceram no lugar do sangue.

- Isso é um presente. Com cada uma dessas marcas você poderá invocar um ser. A amarela, um ser do ar. A azul, um ser aquático e a negra um ser do submundo. Thalia, Nico, Annabeth e Clarisse podem voltar aos afazeres.

Todos assentiram e saíram cada um para um lado. Ficaram somente Tyson, Grover e Percy.

- Legal... Agora vamos.

- Esperem! Ainda temos os presentes de Tyson e Grover!

- Mais presentes? Okay...

Tyson se aproximou e entregou um cristal redondo e transparente em um colar e dentro dele havia uma pequena armadura.

- Quando for lutar, puxe o cristal do colar, ele vai se tornar uma armadura de Bronze Celestial com as suas medidas. Cometa também tem uma, só que sempre fica montada no corpo dele.

- Por isso me mediram ontem... Obrigada Tyson! ?pula e da um beijinho no rosto do ciclope-

- E por fim Grover...

- Filha de Pã... ?entrega uma flauta de bambu- Toque sempre que precisar da ajuda dos Sátiros... Nós somos adoradores de Pã, faremos de tudo pra salva-la.

- Obrigada Grover... ?da um beijinho na bochecha de Grover-

- Boa sorte a todos vocês. Ravena, Dan, Karen, o destino de Quíron e do Acampamento Meio-Sangue depende de vocês.

- Cuidarei bem deles, pode deixar. Pequena, Poça de Água, vamos.

- Não fique convencido, Ladrão de Galinhas.

- Ei, vocês dois me esperem!

Os 3 desceram a colina e partiram, rumando para um novo futuro. Muita coisa dependia daquela missão, não poderiam falhar!