Xeque-mate, a virada

  • Finalizada
  • Aanonimaa
  • Capitulos 31
  • Gêneros Ação

Tempo estimado de leitura: 9 horas

    18
    Capítulos:

    Capítulo 7

    Sétimo ato ? Desejo Iminente

    Álcool, Estupro, Homossexualidade, Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo, Violência

    Sétimo ato ? Desejo Iminente

    ? Onde Cloud está? ? perguntou Sephiroth ao Coronel enquanto abotoava os punhos de sua camisa social branca, impecavelmente branca.

    ? Cloud está um pouco ocupado no momento, não poderá nos acompanhar até a sala nem participar da reunião ? explicou Vincent de modo frio, ainda com raiva do amigo, que mandara seu namorado para uma missão, sabe-se lá Deus onde, sem sequer lhe avisar.

    ? Não irei para a reunião sem ele ? decretou o General, carrancudo, sentando na cama e lá ficando, encarando o melhor amigo com um olhar de desafio.

    ? Ah, poupe-me de suas criancices! ? explodiu Vincent, jogando a prancheta que segurava no sofá e apontando o dedo para o amigo. ? Que direito você tem de reclamar? Meu namorado foi mandado para longe sem que eu soubesse, como acha que estou me sentindo?

    ? Isso e aquilo não têm nada a ver um com o outro. ? comentou Sephiroth calmamente, esticando a mão para pegar seu copo de uísque e bebendo um longo gole. ? Kadaj escolheu ir, não o obriguei, e você sabe que hoje é a estreia do Cloud como Sargento oficialmente, não é como se pudéssemos evitar.

    ? Sim, mas e o Kadaj? Eu queria que ele estivesse ao meu lado, desejava até mesmo antes, quando não estávamos juntos. Agora que estamos não o terei lá comigo? ? se queixou desdenhoso, sua mágoa saindo como suor de seus poros.

    ? Vincent, controle-se! ? repreendeu Sephiroth, sorrindo com zombaria ao ver o efeito que sua ordem tinha no corpo do outro. ? Ele não foi para passear, matar tempo ou te evitar, ele foi para fazer uma pesquisa.

    ? Uma pesquisa para você! ? exasperou aflito. ? Por que não foi você mesmo?

    ? Acha que seria sensato? Bem, eu poderia dar um jeito nisso? ? murmurou erguendo-se, pegando o celular no bolso do sobretudo apoiado em uma cadeira e discando um número que sabia cair direto no aparelho da única pessoa que poderia barrar Kadaj para que ele mesmo fosse fazer sua pesquisa.

    Mas um braço persistente impediu-o de concluir a ligação, mostrando que, apesar de tudo, Vincent ainda era guiado pelas ordens e pelo instinto e não completamente por seus sentimentos amorosos.

    ? De todos você é o único que não pode sair ? disse o Valentine para quebrar o clima.

    ? Sim, você sabe bem disso e sabe o porquê. Sem a minha presença aqui os inimigos atacariam com força total ? murmurou trincando os dentes, amaldiçoando os malditos que tanto lhe perseguiam.

    ? Tudo bem, você venceu, mas não significa que eu concordo que tenha mandado Kadaj sem me avisar ? murmurou o Coronel duro, inflexível, embora cedesse um pouco.

    ? Ambos, eu e ele, sabíamos como você reagiria e que, se não o impedisse de ir com unhas e dentes, iria junto ? o tom, no final da frase, foi acusativo, e Vincent abaixou a cabeça, escondendo o rubor que Sephiroth pôde notar pelas orelhas avermelhadas.

    ? Err, estou atrapalhando? ? a voz suave de Cloud fê-los voltarem suas atenções para a porta, onde o pequeno Sargento segurava em suas mãos um envelope, uma pasta e uma caneta.

    ? Não, entre ? Sephiroth mandou, sentando em sua cama e acendendo um cigarro, observando com o canto dos olhos os movimentos calmos de seu novo secretário.

    ? Aconteceu algo, Cloud? ? questionou o Valentine, voltando ao ar de Coronel. Sua voz forte e preocupada escondendo a vergonha que sentira segundos atrás.

    ? Chegou esta carta para o General ? respondeu erguendo a carta ?, ele deve assiná-la e ela voltará para o remetente. O transportador está esperando lá embaixo ? explicou, caminhando até Sephiroth e estendendo a carta e a luxuosa caneta dourada para ele.

    Dando uma tragada no cigarro, o General soprou a fumaça na direção da janela aberta ? Cloud a havia aberto pela manhã. Colocando o cigarro de lado, estendeu as mãos, puxando o secretário para seu colo, abraçando-o pela cintura com um braço e pegando a carta com a outra para lê-la.

    Deixou que o Sargento a abrisse e, enquanto lia, sentia os dedos de Cloud deslizarem por sua roupa, arrumando-a. Ele abotoou as casas da camisa que faltavam ser abotoadas e arrumou sua gravata, ajeitou o colarinho e, deitando a cabeça em seu peito, ficou quieto, provavelmente ouvindo as batidas de seu coração; o rapaz havia contado-lhe, poucos dias atrás, que gostava do bater lento e forte contra seus ouvidos.

    Quando terminou de ler, pegou a pasta, apoiou o papel e assinou com sua caneta, a que estava com Cloud, entregando depois a carta para Vincent. O Coronel encarava tudo aquilo com estranheza e até chegava a se sentir estranho.

    O Valentine nunca poderia imaginar que Sephiroth fosse se deixar abraçar daquele modo, ele sempre pareceu altivo demais, quase impossível de ser alcançado, e agora lá estava Cloud, beijando-o de leve o maxilar com tamanha intimidade que parecia conhecê-lo desde muito novo, e tudo o que seu melhor amigo fazia era fechar os olhos, puxando o corpo pequeno mais contra o seu.

    Suspirou, nunca conseguiria entender aqueles dois. Aliás, estava começando a achar que o amor era algo realmente estranho. Cid havia lhe dito que, desde que começara seu relacionamento com Kadaj, havia mudado, se tornado até mesmo mais calmo e compreensivo.

    Tentara ir contra tais argumentos, e passara todo o início da manhã, depois que o Capitão lhe dissera aquilo, pensando e analisando seu modo de ser nos últimos tempos e, no final, precisou assumir, ao menos para si mesmo, que ele estava certo: Kadaj havia mudado-o lentamente, como lhe era de praxe, ser discreto e furtivo em seus atos.

    ? Muito bem. Os dois já estão prontos? ? perguntou Vincent, quebrando o longo silêncio que se instalara no local quando os outros dois presentes se abraçaram e ficaram apenas sentindo a presença um do outro.

    ? Prontos? Para onde vamos? ? questionou Cloud num misto de surpresa e euforia. Sairiam dos parâmetros da mansão? Estava começando a se sentir sufocado, preso naquele enorme cubículo.

    ? Decidiu deixá-lo ir? ? comentou Sephiroth para Vincent com zombaria. ? Vamos, levante-se preguiçoso! Vamos trabalhar. ? disse erguendo o rapaz de seu colo, colocando-o de pé e aceitando quando ele pegou seu casaco, estendendo-o para que o colocasse. ? Haverá uma reunião do conselho do grupo e você, como Sargento, participará ? explicou enquanto observava o rapaz vesti-lo.

    Não se incomodava com a excessiva ajuda de Cloud, muito pelo contrário, adorava vê-lo tão dedicado a si.

    Desde o dia que Cloud se tornara Sargento se passara algumas semanas e o relacionamento deles se tornava mais profundo, embora não avançasse como ele queria, para algo mais íntimo. Não haviam passado dos longos beijos no início, e agora que o mais novo permitira que fossem mais longe, Sephiroth não conseguia um momento sozinhos.

    Queria paz e isolamento, e toda vez que conseguia, não durava muito. Aquilo tudo o frustrava e apenas o fazia desejar ainda mais Cloud, e pensar ainda mais nele, o que era perigoso.

    Pelo bem do Grupo FF, tomaria seu secretário para si o mais rápido possível.

    ? Terra chamando Sephiroth ? brincou Cloud atraindo a atenção do General ?, estava em um lugar bom, Senhor? Havia boas companhias por lá? ? quando o mais velho fez uma expressão de confusão, o Strife desatou a rir. ? Você estava longe, muito distraído.

    ? Estava pensando em você ? comentou Sephiroth sem escrúpulo, sorrindo malicioso ao ver o rosto claro ser tomado por tons de carmim.

    ? Ok, já chega dessa melação toda. ? cortou Vincent irritado, caminhando até a porta e abrindo-a para que os outros dois saíssem. ? Vamos ou chegaremos atrasados.

    ? Acalme-se, Vincent. ? disse Sephiroth suavemente. ? O personagem principal de uma reunião nunca chega atrasado, os outros é que se adiantam.

    Cloud riu, enquanto, bufando irritado, o Valentine trancava a porta do quarto do General. Odiava aquela arrogância toda de Sephiroth, achando que era o centro das atenções. Suspirou, a quem estava tentando enganar? Ele era o centro das atenções, e, em seu íntimo, adorava vê-lo se vangloriar, principalmente contra seus inimigos.

    Resignado, se pôs a caminhar atrás dos dois pombinhos que, de mãos dadas, conversavam sobre algo interessante para Cloud. Vincent foi obrigado a sorrir levemente diante daquela cena. Apesar de tudo, só o que queria era ver seu melhor amigo bem.

    ? Mas Sephiroth, e as minhas obrigações? ? ouviu o baixinho perguntar, com seus olhos azuis e grandes brilhando de preocupação.

    ? Não se preocupe, tudo ao seu tempo. Suas obrigações podem esperar um pouquinho, não? ? foi a resposta travessa do General, que causou um sorriso de derrota e um balançar negativo de cabeça em Vincent.

    Sephiroth não tinha jeito, sempre seria aquele garoto quieto, mas travesso, que conhecera muitos anos atrás.

    ? Ele está muito bêbado? ? perguntou Cid meio preocupado meio divertido, não conseguindo se conter ao ver a figura de rosto corado e cabelos desalinhados que era Cloud naquele momento.

    ? O suficiente para cambalear e não conseguir sair sequer da sala de jantar ? respondeu Sephiroth indiferente, fingindo que os soquinhos que eram desferidos em seu peito não o abalavam.

    Não que eles não tivessem efeito sobre si, pelo contrário, estavam deixando-o excitado. Sorrindo safado, arrumou Cloud em seus braços, colando-o mais ao seu corpo e deixando que ele sentisse a elevação em sua calça.

    Os olhos azuis que se arregalaram em surpresa não esconderam o leve suspiro de desejo.

    ? Eu não estou bêbado ? Cloud sussurrou cada uma das sílabas lentamente para que a frase fosse entendida.

    ? Não? E por que estava cambaleando na sala de jantar? ? perguntou o General com sarcasmo.

    ? Eu só fiquei um pouco tonto, não estou bêbado ? voltar a afirmar, se remexendo nos braços do mais velho, tentando se soltar.

    ? Pare de se mexer! ? brigou Sephiroth, vendo com satisfação o mais novo se encolher contra si, ficando quieto.

    Cid encarou a cena com um olhar intrigado, a sobrancelha se arqueando em desconfiança enquanto voltava a olhar para frente, caminhando na direção do quarto de Sephiroth.

    O comportamento de Cloud era estranho. Ele havia ficado quieto a reunião toda enquanto todos falavam, e quando pediram a opinião dele, desatou a falar, revelando pontos e detalhes que mais ninguém havia notado, surpreendendo todos. Depois de sua longa análise, se abriu mais, comentando, rindo, até chegou a beber durante o jantar.

    Mas bastou Sephiroth dizer-lhe para ficar quieto que ele ficara. Será que o General estava mantendo-o consigo à base de maus tratos? Se perguntou, mas logo em seguida se condenou por tal pensamento. Sephiroth nunca seria capaz de maltratar qualquer pessoa que não fosse seu inimigo em potencial, e Cloud, sem dúvida, não era.

    O que o levava a pensar que o problema era em Cloud mesmo

    Ele fora encontrado na fronteira, muito machucado, com as roupas sujas e meio desnorteado. Não se parecia em nada com o Cloud de agora, vestindo o uniforme do Grupo FF, com o rosto corado por causa da bebida e rendido ao General.

    Aquela imagem de gato selvagem havia sido substituída por uma de manso, e o causador daquilo era Sephiroth. Intrigado, mas sem deixar transparecer, Cid abriu a porta da suíte principal da ala norte da mansão para que os outros dois entrassem.

    ? Obrigada pela ajuda, Cid ? agradeceu Sephiroth caminhando na direção da enorme cama com o rapaz loiro em seus braços.

    ? Não foi nada Senhor. Devo ficar de vigia na porta? ? Cid corou só de imaginar ter que ouvir os barulhos vindo do quarto. Preferia deixá-los a sós, mas se o General mandasse?

    ? Não, não será necessário, pode se retirar ? ordenou, não vendo o suspiro de alívio que Cid soltou antes do sonoro "sim Senhor!".

    Quando o barulho da porta batendo chegou aos seus ouvidos, Sephiroth agradeceu mentalmente por ser o Capitão ali. Deitou calmamente Cloud na cama, vendo-o virar de costas para si, se encolhendo de modo gracioso sobre o extenso colchão.

    Caminhando pelo quarto, o General começou a se despir. Possuía um quarto em cada ala da mansão e aquele era um deles, por isso havia roupas suas e de Cloud ? recém-colocadas ? por ali.

    Dando de ombros, foi jogando no chão cada uma das peças. Meias, gravata, calça, até ficar apenas de cueca.

    ? Não vai falar nada? ? questionou com zombaria, mas se irritou ao não ser respondido. Subindo na cama, engatinhou até Cloud e virou-o de frente para si, fitando os olhos serenos que lhe encaravam indiferentes. ? O que foi?

    ? Você? vai me punir? ? perguntou, sua voz falhando levemente.

    Sem reação, Sephiroth ficou a encará-lo perdido. O que havia acontecido àquele garoto? Deus!, puni-lo? Nunca faria algo do tipo. Não ergueria a mão para bater em alguém, muito menos sem motivo. Ele apenas havia ficado levemente alterado por causa da bebida, nada demais.

    ? Eu tenho motivos para te punir? ? questionou irritado, apertando os ombros dele com força.

    ? Você não precisa de motivos ? o sussurro causou tanta fúria em Sephiroth que, para não fazer nenhuma besteira, beijou-o apaixonadamente, explorando a boca dele com força e persuasão, convidando sua língua a se entrelaçar na dele.

    Fora algo avassalador, feroz, poderoso. Cloud sentia seus lábios latejarem juntos aos de Sephiroth. Suas mãos foram ao pescoço dele, acariciando-lhe a nuca e sentindo as mãos hábeis a abrir sua farda.

    Sephiroth não tardou em começar a despi-lo, queria-o todo para si. Arrancou-lhe o paletó da farda e abriu todas as casas da camisa branca, descendo com seus lábios desde o pescoço alvo e fino até os mamilos eriçados, circulando um com a língua lentamente, logo dando uma leve mordida no local, enquanto sua mão ia ao outro, beliscando-o levemente.

    Arfando, Cloud cerrou os lábios. Seu peito subia e descia freneticamente, sentia os toques em sua pele como labaredas de fogo a queimá-lo.

    ? Cloud ? sussurrou Sephiroth, descendo suas mãos às calças e puxando-as, jogando-as para longe, logo em seguida foi a vez da cueca.

    Desceu com seus lábios pela barriga lisa, lambendo e beijando a pele de porcelana até chegar onde queria: o baixo-ventre de Cloud.

    Beijando o interior das coxas finas, tomou o membro ainda flácido em mãos e lambeu-lhe a extensão, sorrindo malicioso ao ouvir os suspiros contidos de Cloud, maravilhado com tudo aquilo.

    Queria tanto o rapaz que não se importava em lhe proporcionar prazer, o que era raro. Geralmente apenas se importava consigo mesmo, mas havia triunfo em ver a face corada se contorcer de prazer, e os gemidos baixos e contidos que a voz suave e fina soltava.

    Proporcionar prazer a alguém nunca fora algo que lhe estimulasse, mas sentia felicidade e excitação só por fazer o mais novo se sentir bem.

    O membro em suas mãos aos poucos ia tomando forma, até estar completamente ereto. Sem se importar com o que o outro sentia, abocanhou-o todo, circulando a glande com a língua, estimulando com as mãos, apertando levemente os testículos, fazendo Cloud ir à loucura.

    Aquilo era loucura, céus! Mas nenhum dos dois ligava, queriam apenas se sentir bem, dividir um com o outro aquele sentimento tão bom que era a satisfação sexual.

    Levando as mãos aos longos fios albinos do mais velho, Cloud incentivou-o a aumentar o ritmo ao entrelaçar seus dedos nas longas madeixas, empurrando-o contra si levemente.

    Não sabia o que estava fazendo, seu corpo apenas agia por instinto, querendo desfrutar o máximo daquilo enquanto ainda podia. De seus lábios murmúrios sem nexos fluíam como música, a bela melodia da paixão ardente que havia entre eles.

    Não queria assumir que aquilo era bom, não conseguiria. Sexo havia sido tão ruim para si todo aquele tempo, por que agora seria diferente? Separando os lábios ao gemer alto, não conseguia mais se segurar. Sentia a sensação eletrizante correr por todo o seu corpo e sabia por onde ela iria sair.

    Tentou até impedi-lo, e ao não ter êxito tentou se controlar, mas era impossível. Os jatos fortes foram contra o interior da boca do General, sujando-lhe o rosto e escorrendo por seus lábios.

    Exausto, Cloud caiu na cama, arfante. Não conseguia acreditar que aquilo havia acontecido, por quê? Seu peito subia e descia e seus olhos, num tom brilhante e límpido de azul, fitavam o homem à sua frente com pavor e exasperação. Não era para aquilo ter acontecido.

    Ergueu a mão, limpando com os dedos os respingos que havia na face máscula e séria que lhe encarava. Aquilo era tão triste, sabia que havia estragado tudo, mas, apesar de tudo, não conseguia não sentir satisfação com a sensação dos lábios a deslizar por seu falo.

    ? Me desculpe ? pediu, seus olhos se enchendo de lágrimas.

    ? Por que está se desculpando? ? questionou Sephiroth, encarando-o atenciosamente.

    ? Eu estraguei tudo ? sussurrou Cloud desanimado.

    ? Estragará tudo se continuar com essa conversa mole ? retrucou deitado seu corpo sobre o do rapaz ?, e para se desculpar, lamba-os ? ordenou enquanto deslizava dois de seus dedos pelos lábios do rapaz, instigando-o a abrir a boca.

    E logo Cloud a abria, recebendo os dedos fortes que iam e vinham em seus lábios. Instintivamente passou a deslizar a língua por eles, encharcando-os de saliva. Não sabia o que o General iria fazer, mas só o que importava era que, aparentemente, ele não havia ficado bravo com Cloud.

    E quando os dedos foram substituídos por lábios, que lhe davam pequenos beijos, um em seguida do outro, Cloud riu, feliz. Rapidamente as mãos fortes separaram suas pernas, enquanto o corpo grande deitava sobre o seu. Algo molhado deslizou por entre suas coxas e logo uma ardência profunda o fez arregalar os olhos. Algo entrava em si lentamente, e quando Cloud olhou, era um dos dedos que havia chupado, penetrando-o com calma.

    ? Se-Sephiroth ? arfou, segurando os ombros largos do General com força, aflito.

    ? Calma, logo passa ? sussurrou enquanto deslizava sua língua pelo pescoço e colo exposto, enquanto tirava e recolocava o dedo, aumentando a pressão e a velocidade, em alguns momentos diminuindo-os.

    Cloud já não lutava contra, mas sim gemia baixinho, suas mãos na cintura do mais velho eram firmes e carinhosas. Houve certa hesitação por parte dele quando um segundo dedo foi inserido, mas não demorou muito para que os pequenos gemidos aumentassem em constância e altura, e seu membro despontasse contra abdômen musculoso do General.

    Achando que já estava bom, Sephiroth levou seus lábios aos do mais novo, beijando-o profundamente enquanto retirava os dedos para substituí-los por algo muito melhor: seu falo.

    Quando Sephiroth o penetrou houve vários segundos de silêncio, onde só se ouvia as respirações de ambos. Os corpos suados estavam unidos e as unhas curtas de Cloud enterradas na pele firme das costas do General, que fechara os olhos diante da leve dor que ele causara, enquanto sentia alguns filetes de um líquido frio escorrerem de suas costas ? imaginava se não era seu sangue.

    Os segundos se passavam e Sephiroth saboreava o gosto que era estar dentro de seu amado: doce e suave, como ele mesmo era. Mas tudo desmoronou quando o grito de pavor e medo de Cloud o obrigou a abrir os olhos, sentindo o corpo sob o seu se contrair, apertando seu membro sexual no interior já estreito. Dos olhos azuis grossas lágrimas escorreram, as pupilas dilataram, o brilho suave agora estava opaco.

    ? Clo? ? quando Sephiroth iria chamar, o soluço alto o fez estancar.

    ? Não. ? sussurrou o mais novo perdido. ? Não? Não? ? gritou, se remexendo embaixo de Sephiroth. ? Não me machuque, não, por favor ? ele continuava a gritar, se remexendo e fazendo uma profunda expressão de dor.

    Sem saber o que fazer, Sephiroth o abraçou forte, sussurrando palavras doces em seu ouvido.

    O que havia acontecido com aquele garoto?


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