Série Love.Animals - Vol. I (Reescrito!)

Tempo estimado de leitura: 36 minutos

    16
    Capítulos:

    Capítulo 3

    O Veterinário

    Álcool, Drogas, Linguagem Imprópria, Violência

    ~~~~Hibari ON~~~~

    Segunda finalmente chegou, acordei cedo para me arrumar, preparei o café da manhã das três bolas de energia e depois preparei o meu próprio. Foi algo simples. Depois de satisfeito, peguei meu sobretudo negro escolar e saí de casa, em direção à escola.

    Enquanto andava pelas ruas silenciosas, fui preparando a rotina do dia: primeiro, depois da escola, levaria os animais ao veterinário, depois treinaria um pouco, e por fim faria a janta, antes de ir me deitar. Então concluí que... seria um dia extremamente chato.

    Suspirei e continuei meu caminho, não havia nada pra fazer sem o Cavallone por perto, eu podia dar umas boas pancadas nele durante o treino dessa semana, mas ele irá demorar para voltar ao Japão.

    ***

    Não prestei nenhuma atenção no que os professores estavam ensinando e, depois do intervalo, fiquei nas últimas aulas no telhado, patrulhando os alunos de outro ano que estavam fazendo educação física. E notei que havia uma briga. Não dava para ver quem estava brigando, pois um aglomerado de pessoas surgiu ao redor, foi então que um dos encrenqueiros jogou uma bola de beisebol com força, e esta acertou a janela da sala do Comitê Disciplinar.

    " É agora que eles morrem." Pensei, enquanto minha face obscurecia e eu descia do telhado até chegar ao chão, sem nenhum dano. Quando os alunos me viram, deram espaço para que eu passasse. Quando cheguei à confusão o que vi não me surpreendeu. Gokudera, com seu cabelo prateado com forma de polvo estava discutindo com Yamamoto, que sorria como um idiota e tentava encerrar a briga, mas o homem-bomba não escutava.

    ?Ei - ambos ficaram em silêncio e fixaram o olhar em mim, com um misto de preocupação e medo - Quem foi que jogou aquela bola de beisebol?

    Os dois se endireitaram e começaram a suar frio, depois um apontou para o outro e disseram "Foi ele!" ao mesmo tempo.

    ? Se ninguém assume, eu irei morder os dois até a morte. - dei um olhar ameaçador para ambos, que congelaram na hora.

    Eles se entreolharam, fizeram um sinal de confirmação com a cabeça e cada um fugiu o mais rápido que suas pernas conseguissem correr, cada um para um lado diferente. Uma veia começou a pulsar em minha testa, peguei uma moeda em meu bolso e a joguei. Deu cara. Corri em direção ao Gokudera.

    ***

    Voltando para casa, sentia-me cansado, pois ficara correndo atrás do homem-bomba até o sinal do fim da última aula soar. Aquele maldito atirava bombas enquanto corria, uma dela explodiu muito perto da minha perna esquerda, causando um leve ferimento... Que ardia pra caralho. O sol ainda não tinha se posto quando cheguei em casa. Ao me verem, Roll, Hibird e Tsuna vieram ao meu encontro. Apesar do cansaço, fui até meu quarto, abri um armário gasto de madeira e dele retirei uma larga bolsa para animais, coloquei os três dentro dela e fui ao veterinário.

    Chegando lá, a recepcionista que me recebeu disse para esperar cerca de dez minutos, pois o veterinário estava atendendo outro paciente. Dez minutos minha avó! Fiquei quarenta minutos esperando aquele desgraçado sair da sala de consulta para finalmente me atender.

    ? Desculpe a demora, parece que esse meu paciente estava pior do que eu esperava. Agora vamos ver, Roll, Hibird e Tsuna?

    ? Ah, sim. São esses. - e apontei os três brincando dentro da bolsa.

    ? Certo, certo. Venha, entre. - e me guiou para dentro da sala.

    Ela era limpa, co paredes brancas, algumas bancadas de metal, armários de vidro com diversas ferramentas cirúrgicas e remédios dentro. O veterinário me apontou uma cadeira e me sentei, o observei enquanto ligava o computador que estava em cima de uma mesa de ferro. Ele tinha cabelos cinza escuro, sua pele era um pouco enrugada e com algumas manchas escuras sobre ela. Não devia ter mais do que cinquenta anos. Sua roupa era constituída por uma calça bege, babuchas brancas, uma camisa azul clara e com um jaleco branco por cima. Vi também uma toca e uma caixa de luvas descartáveis ao seu lado na mesa.

    Com o computador ligado, ele pegou primeiro Roll, o levou até a bancada de metal, o examinou, fez um diagnóstico e disse que estava tudo bem. Depois foi a vez de Hibird, foi a mesma coisa, ele foi examinado, feito seu diagnóstico e resultado positivo. Mas, na vez do Tsuna, o veterinário mostrou uma expressão confusa.

    ? O quê houve? Tem algo de errado com ele? - perguntei, um pouco nervoso, mas não demonstrando.

    ? Bem... eu não sei. Parece que está tudo ok, mas... - ele franziu suas espessas sobrancelhas em sinal de dúvida. - Eu posso fazer um exame de sangue dele?

    Fiquei me perguntando o motivo de sua hesitação. E, como se Tsuna tivesse entendido o que ele havia falado, começou a tentar se livrar do alcance do veterinário.

    ? Bem... acho que sim. Mas por quê?

    ? Ahn? Bem, só para ter certeza de que não tem nada de errado com ele.

    ? ... certo. - fiquei meio desconfiado, mas não entendia de biologia para saber seus motivos.

    ? Ótimo, segure ele que vou trazer o material necessário para fazer o exame.

    Concordei com a cabeça, peguei o Tsuna em meus braços e o segurei na bancada de ferro, com força o suficiente para não deixá-lo escapar e nem para machucá-lo. Quando o veterinário voltou com o material, ele me pediu não soltá-lo. Quando a agulha penetrou pela pele, Tsuna deu um miado agonizado e tentou se livrar de minhas mãos com suas garras e seus dentes. O doutor retirou a seringa de dentro do meu gato e olhou para o sangue rubro que estava dentro da seringa. Depois, pegou um algodão, passou um líquido nele e o pousou sobre a ferida do Tsuna.

    ? Calma, calma. Não precisa mais e preocupar. - tentava acalmar o gato aflito que estava em meu colo com essas palavras.

    ? Obrigado por me ajudar. Pode voltar aqui na próxima segunda que o exame já estará feito.

    ? Certo. Obrigado, voltarei na próxima segunda então.

    Coloquei o três dentro da bolsa, saí da sala e acertei o preço dessa consulta com a recepcionista, e já marquei a próxima. Terminei o dia como sempre, mas demorei para dormir, preocupado com os resultados dos exames de sangue do Tsuna.


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