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Prisão máxima Feminina.
▬ Vem cá delicia, eu quero ter uma diversãozinha...
▬ Eu bem sabia que você iria voltar Akasha...
▬ Vem pra mim, querida.
Os murmúrios ou gritos se formavam ao chegar, melhor, do retorno de uma velha conhecida, ela não esboçou nenhuma reação e muito menos olhou para as presas ou para as policias que a levavam. Última sela, uma antiga companhia.
▬ Bem vinda de volta, Akasha. ? Disse a policial ao abrir a sela e empurrar Akasha para dentro. Ela fechou a sela e saiu rindo.
No canto escuro da sela havia uma silhueta, ela se virou e veio para a luz, no seu rosto tinha uma cicatriz, na bochecha esquerda.
▬ Bem vinda de volta, Akasha. E o que houve com o seu olho?
Ah boa observação Akasha estava usando um tapa-olho no olho esquerdo.
▬ Não te interessa. ? Ela sentou na cama.
▬ Humpf, não to surpresa. ? Sentou-se no escuro novamente.
Mas quem era Akasha? E quem era a sua antiga companheira? E o que ela fizera pra chegar naquele lugar? Akasha tinha apenas 19, mas seu corpo robusto e bem desenhado fazia com que pensasse que ela tinha 25. Tudo resultado de um rigoroso treinamento que ela começou quando tinha apenas 12 anos. Akasha sempre foi órfã e morou nas ruas, foi encontrado aos 10 anos por uns homens de uma máfia. Mas foi aos 12 anos de idade que o chefe notou um potencial na jovem e decidiu investir e transforma-la numa assassina em troca de comida, roupa e um teto, claro, ela aceitou. Não tinha mais nada a perder...
Mas sua beleza também era uma arma, tinha a altura certa, seios fartos aos 17, coxas bem torneadas aos 18 e um rosto de boneca desde os 12. Cabelos longos e róseos, maioria das vezes presos num rabo de cavalo alto, ajudava melhor se movimentar. Vestia sempre uma calça de coro lisa e um espartilho junto com botas de cano alto dando um visual gótico que ela usava pra ficar em casa, ela, muitas vezes, se disfarçava para poder matar as suas presas.
▬ Bom dia senhor. ? A rosada sorriu.
▬ Bom dia... Quem é você? ? Disse um rapaz muito bem vestido e com aparência de 35 anos ao entrar no escritório.
▬ Sua antiga secretária ficou doente eu sou a substituta. Deseja algo senhor? ? Ela sorriu muito simpática.
▬ Não, obrigado. ? Ele entrou em sua sala e fechou a porta.
10 minutos depois... Alguém bate na porta.
▬ Pode entrar. ? Ele respondeu.
▬ Senhor, preciso da sua ajuda, meu sutiã soltou atrás e o banheiro está ocupado...
▬ Hã? Pode usar o meu.
▬ não, não. Prenda pra mim, por favor. ? Ela se aproximou e sentou no colo do rapaz.
▬ S-Senhorita. ? Ela se confortou em seu colo ficando de frente para o mesmo e com as pernas enroladas em seus quadris, sua saia levantou e por baixo dela, em cada lado da coxa, havia dois espetos. Ele se assustou e tentou se soltar. Mas num rápido movimento ela puxou os espetos e pôs na garganta do rapaz.
▬ Claude, diga a senha ou esses espetos atravessam a sua cabeça. ? Disse ela calmamente enquanto lentamente enfiava os espetos em sua garganta.
▬ Q-Q-Quem sabe é só os Tuning! Os ajudantes não sabem disso, eu sou um ajudante, eu juro!
▬ Não me convenceu. ? Tirou um dos espetos de sua garganta e enfiou em sua mão que ficou presa na cadeira de couro. Ele deu um grito alto.
▬ P-Por favor... E-Eu juro... J-Juro que não sei... Me solte!
▬ Perda de tempo. ? Ela enfiou o espeto em sua garganta que atravessou a sua cabeça. Ele parou de se debater assim como o seu coração.
Akasha suja de sangue tirou a roupa, saiu da sala e pegou uma maleta onde tinha uma roupa extra. Uma roupa idêntica que estava antes. Uma saia comprida cintura alta colada ao corpo cor cinza e uma blusa de mangas branca estilo social. Pôs o rapaz no canto da sala e começou a mexer na mesa e no computador. Achando uma pasta chamada Tuning e então a dita senha. Pegou o telefone e começou a discar.
▬ Descobri a senha, o ajudante está morto. Algo mais? Hum, entendo. Até. ? desligou o telefone, pegou a maleta e saiu como se nada tivesse acontecido.
...
As pessoas às vezes me perguntam se eu tenho rancor ou se me arrependo de ter matado pessoas, maridos, pais de família. Minha resposta? Sempre foi não. Elas se meteram com pessoas erradas e quando você se mete com pessoas erradas, tudo que sobra pra você é a morte. Se eu faria tudo de novo? Claro que faria. O que tenho a perder? É, nada.
...
Já era outro dia, mas era noite. Uma bela festa para grandes empresários. E ela, claro que estaria lá. Teria uns 4 ou 5 que faziam parte da máfia pra conseguirem aquele status. Trajava um vestido vermelho com um bom decote e aberto na barriga deixando a mostra um pircieng. O vestido também era aberto até quase a cintura do lado direito.
▬ Posso lhe fazer companhia? ? Ela se aproximou de um senhor, aparentemente 70 anos, que fumava um charuto.
▬ Pode fazer mais do que companhia. ? Ele sorriu maliciosamente.
▬ Então vamos para um lugar mais reservado sim? ? Ela sorriu.
Deixaram o salão e subiram as escadas. No fim da noite, o senhor foi encontrado morto na cama com espetos na garganta, ele também estava amarrado.
...
Se eu era perfeita no que eu fazia como deixei ser pega? A duas primeiras foram pra conseguir informação de umas ex-esposas da máfia. E essa... Foi um deslize.
...
▬ Não tem trabalho hoje, Akasha? ? Disse o rapaz ao vê a moça sentada no sofá olhando para o nada.
▬...
▬ Akasha? ? estalou os dedos na frente do seu rosto.
▬ Hum? O que é?
▬ Tava longe hein, te perguntei se não tinha trabalho hoje.
▬ Ah, não.
▬ No que estava pensando?
▬ Nada de importante.
O rapaz se chamava Jake, era o filho do chefe que salvou Akasha das ruas e a treinou. Eles cresceram juntos como irmãos. Porém, ela não o vi assim...
▬ Eu vou sair então, até mais, Akasha. ? Ele beijou o topo de sua cabeça, ela estremeceu.
▬ Até...
Akasha ficou a noite toda acordada, até que ouviu o carro de Jake e olhou para a janela. Ele estava saindo, mas estava acompanhado. Uma moça muito bonita, era loira e esbelta. Quando os viu que iriam entrar se escondeu e continuou apenas a observar. Ele a beijou, ela o puxou fazendo com que caíssem no sofá. Foram em direção do quarto de Jake, Akasha saiu do esconderijo com os olhos marejados e saiu de casa. Dias se passaram e ninguém soube ou sabia de Akasha.
...
Eu pensava que sabia tudo, que meu mestre tinha me ensinado tudo, mas o que não sabia era como entender aquele sentimento que tinha no meu peito. Era algo ruim que me deixava sem ar. Não me deixava dormir. Foi depois que eu entendi que aquilo era amor. Mas quando descobri que era amor, já estava tomada pelo ódio. Era ingênua, não sabia como controlar aqui. Deixei me levar. E o sentimento de vingança me consumiu. Eu precisava fazer algo com aquilo. Mas eu era uma criança que sabia matar, então eu iria matar. E eu matei. Entrei no café e lá estava lá, sem medo, eu atirei várias vezes contra ela. As câmeras filmaram o meu rosto. E pela primeira vez, ao matar, lágrimas desciam pelo meu rosto. Me senti culpada, ela não era culpada. Eu era... Foi aí que entendi tudo, que entendi a minha vida e o sentido que ela tinha. Ela não tinha sentido, era apenas uma marionete que era bem regida. Se eu pudesse voaria daquele lugar, mas não podia. Todos gritavam, vieram alguns e tiraram a arma da minha mão. E os policiais chegaram. E aqui estou eu.
...
▬ Interessante e você confessa todos os seus crimes assim? Sem arrependimento. ? Perguntou o Juiz.
▬ Sim.
▬ Se considera culpada ou inocente?
O silêncio predominava.
▬... Inocente. ? Três pessoas no fim, na plateia se levaram e com metralhadoras dispararam por todos naquele lugar.
Akasha fugiu.
...
Eu não fugi, apenas queria voar...
...
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