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▬ Bom dia ? Disse o rapaz ao ver que a mulher tinha acordado.
▬ Bom dia... Levantou cedo? ? Sentou-se na cama esfregando os olhos.
▬ Ah... Sim, eu queria dar o seu café na cama, mas não achei a bandeja. ? Coçou a cabeça e sorriu constrangido. Ela riu. Levantou-se, lavou o rosto e foi tomar o café.
Eles eram um casal normal, a lua-de-mel tinha acabado, mas viviam ela todo o dia. Jeff era um homem gentil, brincalhão e romântico, ela era estourada e também séria. Sofia parecia ser o oposto de Jeff. Tanto que há quem diz que eles nunca dariam certo. Mas é claro que nem tudo é um mar de rosas, em 4 anos juntos, já terminaram, voltavam, terminaram e voltaram novamente e isso se repetiu muitas e muitas vezes. E na última vez que voltaram, casaram-se, o que foi um susto para todos. É, eles eram bem loucos, todos diziam. Eles se importavam? Claro que não!
Alugaram um apartamento, onde pagavam com o dinheiro que ganhavam do modesto emprego e eram muito felizes juntos.
Como eu disse antes que nem tudo é um mar de rosas, algo estava para acontecer e esse algo seria com Sofia...
▬ Vamos nos atrasar, amor... ? Sofia tentava se soltar dos braços do marido.
▬ Ah, falte hoje. ? ele dengoso a puxou para a cama.
▬ Não podemos. Vamos logo! ? Ela levantou-se de supetão.
▬ Tchau amor. ? Lhe deu um selinho e cada um seguiu para um lado.
Ela trabalhava como secretária próximo ao apartamento, poderia ir à pé, demoraria uns 15 minutos . Nenhum deles tinha carro ainda. Jeff trabalhava em um projeto de construção, tinha que pegar ônibus.
?Eu te amo? ? Era o que estava escrito no SMS que Jeff mandou para Sofia. Sorriu consigo mesma, perdida em pensamentos nem notará que um carro desgovernado vinha em sua direção.
▬ Moça, cuidado! ? Gritou o rapaz mas já era tarde.
O carro bateu com tanta força em Sofia que podiam ouvir-se os ossos quebrando o carro a empurrou para dentro de uma loja de roupas. Com a gravidade do acidente, todos olhavam chocados.
▬ Nossa!
▬ Alguém chama uma ambulância!
▬ Ela está bem?
Alguns minutos se passaram e a ambulância junto com a policia chegou.
O rapaz que acompanhou o acidente foi com Sofia para o hospital.
▬ Como ela está? ? O Rapaz estava nervoso, andava de um lado para o outro a todo o momento.
▬ Quem é você? Parente? ? Perguntou a enfermeira.
▬ Sou Peter, não, eu apenas acompanhei o acidente, queria saber se ela está bem.
▬ Desculpe, só posso passar informações para familiares.
▬ Nem sei o nome dela, só queria saber o estado dela antes de ir embora.
▬ Ela se chama Sofia Southberg. Ela está em estado critico, perdeu muito sangue e o coração sofreu muitos danos, ela precisa de um coração e uma transfusão de sangue, porém o sangue dela é muito raro.
▬ Qual o tipo sanguíneo dela?
▬ É AB.
▬ É o meu.
▬ Me acompanhe, por favor.
O dia para Jeff passou rápido, voltou para a casa um pouco atrasado, já estava escuro.
▬ Amor? Cheguei. ? Abriu a porta e viu as luzes todas apagadas, e nada havia sido mexido. Achou estranho. ? Amor? ? Ligou a secretária eletrônica para ouvir os recados.
▬ Senhor Jefferson Southberg, estou falando do Hospital Plainsboro Júnior. Sua esposa, Sofia Southberg foi internada mais cedo e ainda está em estado critico.
Nem esperou a mensagem terminar saiu, entrando no primeiro táxi que viu e seguiu para o Hospital. Chegando lá foi direto à recepção.
▬ S-S-Sofia Southberg! Marido, hospital, Sofia.
▬ Acalma-se, senhor.
▬ Você é marido da Sofia? ? Levantou-se Peter e entregou a bolsa de Sofia que estava muito ensanguentada.
▬ Sim, você quem é?
▬ Sou Peter, eu vi o acidente da sua esposa e a acompanhei até aqui.
▬ Aqui senhor SouthBerg, ela está em uma cirurgia agora, aguarde um pouco.
▬ Não, eu quero vê-la agora!
▬ Acalma-se, cara. ? Peter segurou Jeff e levou para sentar.
▬ Então ter um coração compatível com o corpo dela, vai ser meio difícil de encontrar... Ela vai morrer não vai? ? Jeff estava sentado havia duas horas e Peter o acompanhava. Ele estendeu um copo de café.
▬ Tome isso. Não seja tão pessimista.
Foram dias de total agonia, Jeff não podia vê-la. Peter estava sempre consolando e dando sangue para Sofia. Nada adiantava Sofia, literalmente, vivia apenas por máquinas. E não havia melhora alguma e nenhum doador para Sofia era encontrado, Jeff ofereceu até dinheiro para quem doasse um coração. Ele estava enlouquecendo e teve uma ideia. Uma ideia macabra...
▬ Peter, eu vou sair um pouco, fique aqui está bom?
▬ Claro, Jeff.
Assim Jeff saiu.
No fim da tarde ele volta. Suado e bem nervoso.
▬ Cara? O que houve com você? Você ? Foi cortado por um soco no rosto de Jeff. E Jeff sacou uma arma.
▬ Todo mundo quieto e naquele canto ali!
Todos assustados vão para a parede no canto, uma enfermeira soa o alarme silencioso.
▬ Porque você está fazendo isso? ? Perguntou Peter.
▬ Você é compatível! Você pode salvar ela, seu coração me pertence!
▬ Eu queria poder ajuda-la tanto quanto você, mas não posso. Tenha paciência, vão achar um outro coração pra ela. Acalma-se. ? Peter se aproximou de Jeff.
▬ Fique parado, aí, fique parado aí ou eu atiro! ? Apontou para Peter, suava muito e aparentava muito nervosismo.
Jeff levou todos os reféns para um quarto vazio e pediu para um médico levar um kit cirúrgico. Nesse mesmo tempo uma equipe policial chega e cerca toda as saídas do hospital. Um policial fala do megafone.
▬ Você está cercado. Largue a arma no chão e saia com as mãos para cima!
▬ Se vierem até aqui eu vou matar um por um! Não se aproximem doutor, comece a tirar o coração dele, agora! ? Ele apontou a arma para o médico.
▬ Eu não posso fazer isso aqui, a mulher está doente, pode mata-lo quando ele estiver aberto e esse quarto não tem estrutura o suficiente.
▬ Eu não ligo, faça! Faça! Faça agora!
▬Okay, okay, acalma-se. ? Peter estava dopado e desacordado. O médico aproximou o bisturi no peito do rapaz. Por trás chega uma enfermeira e aplica uma injeção no ombro de Jeff que desmaia.
Após isso, a policia entra, Jeff vai preso e Peter é acordado. No dia seguinte, Jeff paga uma fiança e é solto e é proibido de voltar para o hospital, então vai para casa ficar sozinho. Após chegar, o telefone toca, ele atende e lágrimas descem pelo seu rosto. Tinham ligado avisando que havia encontrado um doador para Sofia. Peter tinha razão, era só esperar...
5 dias depois.
▬ Hum...? ? Sofia com algumas roxuras no rosto acorda ainda meio zonza.
▬ Meu amor! ? Jeff se aproxima de Sofia. E senta ao seu lado contando tudo que aconteceu, até a ameaça. Nisso, entra Pete e Jeff e Sofia lhe agradecem pelo sangue que doou para ela durante dias.
Jeff ainda tinha que fazer serviços comunitários, mas aprendeu ter paciência e esperar. Sofia havia quebrado uma perna e um braço, mas a terapia a ajudou a ficar normal. E até agora eles estão bem felizes.