Amai Fukushuu

Tempo estimado de leitura: 3 horas

    18
    Capítulos:

    Capítulo 6

    Watashi no uragiri

    Álcool, Bissexualidade, Drogas, Estupro, Homossexualidade, Linguagem Imprópria, Mutilação, Nudez, Sexo, Suicídio, Violência

    Ruki POV?s

    Eu não sabia quais eram os planos de Miyavi, mas por algum tempo eu simplesmente não me importei, eu estava decidido a fazer qualquer coisa para não perder a amizade dele, por que perdendo isso, eu perderia todo o resto.

    ?VOCÊ É UM CANALHA TAKANORI, VAI FAZER QUALQUER COISA MESMO? Sim... NÃO DEVIA, MIYAVI NUNCA FOI CONFIAVEL... De que lado você está afinal? DE QUALQUER UM CONTRÁRIO AO SEU... Baka!?

    Estacionei meu carro em frente a universidade e fiquei ali algum tempo. Miyavi havia me mandado uma mensagem dizendo que deveríamos nos encontrar no portão de entrada, e de longe eu pude avistá-los, já estavam todos lá. Consultei o relógio, era 8:00h, senti que levaria uma bronca.

    Desci do carro e me aproximei de vagar, trazendo em mãos uma sacola com três garrafas de bebidas variadas.

    -Eu disse ás 7:15h, Matsumoto! -Disse Miyavi marrento, logo me passando um copo e um beck.

    -Me desculpe, tive que resolver algumas coisas...

    -Wakata... Vamos... Beba! -Não perguntei nada, apenas obedeci, ficamos ali na frente por umas duas horas, e no fim desse tempo estávamos completamente bêbados e drogados.

    -Etto... -Comecei de vagar. -É só pra beber que estamos aqui? Podíamos ter feito isso na minha casa!

    -Calado... Vamos fazer uma festinha hoje! -Eu o encarei e Miyavi riu. -Com um convidado especial!

    Miyavi se levantou do banco onde estava, jogando a ponta do beck fora, Reita e Aoi logo o imitaram.

    ?Gostaria de me lembrar de quando foi que eles viraram os capachos do Ishihara... Eles não eram assim...?.

    -Como assim?

    -Venham comigo! -Ele ordenou, e nós o seguimos até a grade do portão, nós a pulamos com facilidade, o guarda dormia quase em coma.

    -O que estamos fazendo?

    -Procurando nosso convidado!

    -Não tem mais ninguém aqui Ishihara, já está tudo fechado...

    -Calado... Você sabe que ainda tem alguém aqui Matsumoto, e esse alguém vai dar a você o ingresso de volta á minha confiança!

    Fiquei calado então, mas meu pensamento gritava em desespero.

    ?KAI!?

    Eu não estava errado, estávamos agora da porta da biblioteca. Eu tinha tido o infeliz descaso de dizer a Kou que a bibliotecária começara a deixar Kai na biblioteca e com um voto de confiança, dando-lhe uma chave reserva.

    Esperamos ali durante algum tempo, eu começava a ficar aflito.

    ?AINDA ESTÁ DISPOSTO A QUALQUER COISA? Sim... Qualquer coisa...?.

    -Então... Ruki... Você está preparado?

    -Pra que? -Perguntei um tanto assustado.

    -Pra conseguir seu posto de volta... Obvio! Vai mesmo fazer qualquer coisa?

    -Acho... Acho que sim... -Miyavi sorriu e do cós de sua calça jeans retirou um revolver pequeno e prateado. Ouvi Kou resmungar e dar alguns passos para trás, tenho certeza que chorava de novo, eu apenas encarei Miyavi. -Que porra é essa?

    -Não sabe o que é? Vou mesmo ter que te explicar... Não precisa atirar, só quero dar um susto nele... Vamos, pegue-a! -Hesitei por algum tempo, depois peguei o revolver. Kou soltou um gemido de indignação, mas não lhe dei atenção.

    Escondi a arma com pressa quando a maçaneta da porta se mexeu, logo em seguida Kai saiu por ela, carregando uma pilha de livros grandes, pareceu não nos ver, fechou a porta com dificuldade e parou, ao se virar, encarando cada um de nós, demorando um tempo considerável em mim.

    -Olá Yutaka! -Miyavi sorriu, se aproximando mais dele. Kai não respondeu, apenas o olhou assustado. -Tudo bem com você?

    Kai manteve o silêncio, seus olhos caindo constantemente sobre mim. Reita se aproximou dele então e com um único movimento fez com que todos os livros fossem arremessados para o lado.

    -Ele perguntou se está tudo bem com você gracinha... Devia nos responder...

    -Me deixem em paz! -A voz de Kai soou baixa. Miyavi voltou a sorrir, segurou Kai pela cintura e o prensou contra a parede.

    -Deixar você em paz? Acho que não... Nós vamos dar uma festinha e pensamos em convidar você... Eu soube que você gosta dessa coisa de homem com homem não é? Tenho uma ótima noticia pra você... Não terá mulheres na nossa festinha!

    -Eu... Eu não quero... Obrigado...

    -Não quer?! Você não tem querer, sinto muito... -Miyavi voltou a sorrir e a cada vez que ele sorria eu sentia mais medo, minha mão segurava firme o cabo da arma. Miyavi esticou a mão para trás e Aoi lhe entregou um lenço, depois de molhá-lo com clorofórmio. Kai se remexeu, tentando se soltar, eu automaticamente levantei a arma, apontando-a para sua cabeça.

    Kai me encarou, parando de se mexer, os olhos lacrimejando tanto quantos os meus.

    -Gomenasai! -Meus lábios apenas se mexeram, sem produzir nenhum som.

    -Me desculpe garoto... -Pediu Miyavi sem sinceridade. -Mas isso é só por precaução...

    Então ele levou o lenço ao rosto de Kai, que não tentou resistir, seus olhos ainda nos meus, se fechando de vagar...

    ~X~

    Miyavi havia arranjado um carro maior, onde cabíamos todos, então precisamos esconder nossos carros em qualquer lugar. Eu estava atordoado, minha cabeça girava e zumbia e eu sentia que iria vomitar se aquele carro virasse mais uma vez com tanta força.

    Kou havia se entregado mais uma vez a bebida, não chorava mais, mas parecia um tanto desacordado, sua mão acariciava Aoi, seu rosto escondido no pescoço do moreno, que parecia não se importar com as caricias.

    Reita ia à frente com Miyavi, estávamos em um silêncio assustador e o único som era a musica alta que começava a me deixar excitado e elétrico.

    -Onde estamos indo? -Perguntei.

    -Quieto... Estamos chegando!

    Permaneci em silêncio, o percurso foi longo, e no banco de trás nós nos afogávamos em cocaína e mais bebidas, eu já havia perdido completamente o controle e não sabia mais onde estava, e não me importava de olhar enquanto as caricias entre os dois ao meu lado esquentavam consideravelmente, a verdade é que eu estava ficando excitado com a forma que Kou o tocava, tão submisso...

    O carro parou, voltei minha atenção para a nossa volta e a única coisa que era visível era uma casinha velha, de madeira, estava à beira de desabar.

    -Vamos levá-lo lá para dentro! -Mandou Miyavi. Descemos do carro e demos a volta, abrimos o porta-malas e lá estava Kai, começando a acordar, parecia confuso e assustado, Reita e Miyavi o tiraram do carro sem cuidado, deixando que caísse no chão. Kou e Yuu foram direto para dentro da casa velha e eu fiquei ali observando enquanto Akira e Takamasa levantavam Kai, sem o menor cuidado, arrastando-o para dentro.

    Já dentro da cabana, Kai foi jogado no chão, se arrastou um pouco, estava sem força alguma.

    -Então... -Começou Miyavi. -Quem quer ser o primeiro?

    Dei um passo para trás.

    ?Isso é sério?! Ele vai...?.

    Meus pensamentos foram extintos quando Miyavi começou a abrir o próprio jeans, com um sorriso um tanto macabro no rosto, depois se abaixou atrás de Kai, puxando-o pela cintura, fazendo com que ele ficasse de quatro.

    Miyavi puxou sua calça com violência, puxando junto sua roupa intima, expondo-o de forma vergonhosa. O som voltou a tocar alto, me assustando, Reita havia entrado na cabana trazendo um som portátil á bateria.

    -Nai... Kudasai! -Quase sussurrou Kai, sua voz arrastando rouca. -Iie! Matte!

    Miyavi não lhe deu ouvidos, abaixou um pouco a própria calça, puxando para fora o próprio membro.

    ?Ele está excitado? EFEITO DA COCAINA!?

    Eu não queria ver, dei as costas aos dois, em um canto Reita bebia, a mão direita dentro da calça, fazia movimentos bastante peculiares enquanto observava em um outro canto, Kou no colo de Aoi, os dois estavam vestidos, mas o quadril do loiro fazia movimentos circulares e o moreno parecia extasiado.

    Me servi de mais um copo de uma bebida qualquer e me sentei no chão, não sabia o que fazer, eu estava assustado e excitado, não tinha controle sobre meus próprios atos naquele momento. Ouvimos Kai gritar e nossa atenção se voltou para eles.

    Miyavi tinha o penetrado sem nenhum tipo de precaução e agora o estocava sem cuidado. Kai gritava de dor enquanto o sangue começava a manchar sua roupa, seu rosto era arrastado no chão, enquanto Miyavi segurava seus cabelos com força.

    -Ah... Você é muito apertado... Muito apertado...

    Não demorou para que Reita se juntasse a ele e logo Aoi e Kou também. Os gritos de Kai quase ultrapassavam a altura do som, era desesperador ouvi-lo gritar daquela forma, mas a cada grito eu ficava mais excitado, e sem que eu percebesse exatamente o que fazia, minha mão agora estava sobre meu membro, por dentro da roupa.

    Eu me tocava de vagar, me recusando mentalmente em continuar com aquilo.

    Quatro. Eram quatro que o tocavam agora, em todas as partes, revezando em quem o penetraria, sem medo de machucá-lo... Eu estava participando de um estupro, e com alguém nunca merecera aquilo. Aquele pensamento tão violento me fez aumentar a velocidade da minha masturbação e eu gemi, e isso provavelmente chamou a atenção de Takamasa.

    -Você quer Ruki? Quer isso também não é? Vem aqui! -Neguei com a cabeça, olhando com os olhos cerrados, eu queria correr dali antes que eu me juntasse àquela atrocidade. -Vem...

    -Não! -Eu disse quase com um gemido.

    -Parem! -Mandou Miyavi em voz alta e todos obedeceram. -Vem, Takanori... Ou você não consegue ser o seme?

    Não respondi, ficamos ali assustados, por que agora Kai começava a se arrastar... Na minha direção. Eu o encarei enquanto ele se aproximava, demorou para que conseguisse, mas quando conseguiu, se agarrou ao meu pé.

    -Tasukete! -Sua boca se mexeu, mas nada de voz. -Tas... Tasu... Kete! Kuda... Kudasai...

    Meu coração se apertou, ele estava me implorando... Implorando por ajuda para o único ali em quem confiava, seu rosto estava sangrando por ter sido tão violentamente arrastado no chão, e o resto do corpo, deplorável, as roupas rasgadas, a pele machucada e sangrando, ele parecia que desmontaria seus membros a qualquer instante. Senti o olhar de Miyavi em cima de mim, praticamente me obrigando a fazer o mesmo que eles tinham feito.

    Era toda a minha vida... Tudo que eu havia construído, toda a minha reputação estava em jogo ali... Sim, Miyavi podia decidir tudo aquilo, por que eu admitindo ou não, ele era o mais influente de nós, tanto pelo seu próprio reinado, quanto por seu pai ser traficante e usar uma mascara de empresário para encobrir toda a sujeira.

    Suspirei fundo, tomando um milhão de decisões e em um segundo eu empurrei Kai, que chorou. Coloquei-o de quatro novamente, meu membro pulsava dentro a calça apertada e eu logo tratei de abri-la, puxando-o para fora da minha roupa intima.

    ?TENHO NOJO DE VOCÊ MATSUMOTO... NOJO... NOJO...?

    Kai apenas chorou, havia desistido, seu corpo estava completamente mole e desconjuntado, havia apanhado.

    Não pensei em ter cuidados também, deixei que meu membro deslizasse para dentro de sua entrada, sendo engolido com velocidade. Eu gemi alto, era apertado e quente e me esmagava, o segurei pelo quadril e comecei a estoca-lo logo em seguida, tendo que segurá-lo firme pela cintura, minhas unhas o machucando fundo, eu estava entorpecido pelo seu interior, enquanto ele ainda gemia baixo, os olhos abertos, olhava para o nada.

    Eu estava cada vez mais próximo do orgasmo, e minha linha foi um ultimo grito de Kai, quando minha unhas o furaram de vez, fazendo-o sangrar. Me despejei dentro dele com um gemi desesperado e deixei que ele caísse, soltando-o, me sentei, me arrastando um pouco, Miyavi soltou um som de satisfação que eu não consegui identificar, minha mente estava nublada, eu iria apagar a qualquer momento, eu estava fraco e atordoado.

    Meu corpo pesou para trás e eu cai, semi desmaiado, eu podia ouvir a musica tocar distante e então ouvi a voz de Miyavi soar.

    -Vou fazer você se arrepender de tentar estar entre nós, seu bastardo filho de uma puta!

    Eu apaguei com o som de um estalo alto, um estalo forte que penetrou meus ouvidos, machucando... Um tiro.


    Somente usuários cadastrados podem comentar! Clique aqui para cadastrar-se agora mesmo!