Comecei a caminhar lentamente no jardim em busca das rosas vermelhas que tanto me hipnotizavam com a vivacidade das mesmas, elas não eram livres, mas mesmo assim se sentiam felizes com simples gotas de água que caíssem nelas, passei pelo labirinto de folhas que tinha para o longo encontro com as flores.
Cheguei ao lugar que eu queria e sorrir ao ver que cheguei a tempo de olhar o sol se pondo, sentei-me em um banco que tinha em frente ao roseiral, talvez faltasse um pouco mais de tempo para a grande claridade ir embora, apenas fiquei encarando as belas rosas que minha visão conseguia alcançar.
Respirei o ar puro que tinha no ambiente, o que me fazia relaxar bastante, sorri pelas flores que pareciam estar alegres ao me ver ?sei que é maluquice, mas é assim que me sinto.- As cores foram mudando de cor, para um vermelho mais escuro graças ao sol que estava se pondo, e na minha opinião era uma das visões mais belas que eu tenho .
Elas mesmo estando presas aqui, se sentiam livres, conseguiam imaginar a liberdade, já eu não... Nem sair desse palácio eu posso, tenho que ficar presa aqui pelo resto da minha vida, e eu não queria isso, a vida aqui era sem graça tirando o fato de que venho todos os dias apenas observar as rosas que me encantavam cada vez mais.
Liberdade... Era tudo o que eu queria! O que eu mais quero não posso ter, e o que menos quero eu tenho, por quê meu pai era tão ganancioso assim, a ponto de não querer ver a felicidade da própria filha? Sei que talvez esse pensamento seja apenas o meu egoísmo falando mais alto.
Apesar de quê eu sei que ele me mantém aqui dentro apenas para me proteger, já que eu seria a futura rainha desse reino, me entristeci apenas de pensar nisso, seria tanto trabalho que eu não conseguiria nem respirar direito, e o meu pai ainda quer arranjar um casamento com um duque de longe.
Dizem que ele é arrogante, um homem ambicioso, frio e ignorante, sem coração e impiedoso, e diziam que ele não queria se casar, principalmente com uma princesinha esnobe como assim ele dissera para as pessoas ao redor do palácio, e eu também não quero casar com ele, com certeza esse duque deve ser um feio e gordo por ai que se acha o tal.
Mas pelo que tudo indica o pai dele está o obrigando a se casar comigo, eu é que não quero casar com este miserável. Ele deve ser um homem desprezível, totalmente o oposto da minha personalidade, eu é que não iria querer tê-lo como esposo e nem quereria vê-lo como rei do povo de Magnólia a qual precisa de tanto cuidado e amor.
Logo a escuridão ocupara o céu, fazendo com que as rosas ficassem negras, cor de sangue, olhei para as estrelas e vi passar uma estrela cadente.
- Quero experimentar um pouco de cada sensação desse mundo, quero ter... liberdade! Um amor! ? Murmurei com os olhos fechados, mas como se eu estivesse pedindo.
Sei que muita gente não deve acreditar em estrelas cadentes, mas na minha situação eu tenho que acreditar em tudo que possa realizar sonhos, levantei e encarei a lua, meus cabelos brancos voavam e junto com ele meu vestido preto, oh grande lua... Que nunca cansa de brilhar nesse imenso céu, mesmo sendo tão solitária aparenta tamanha felicidade, mas por quê será que eu sinto que isso é apenas um fingimento da sua parte? Tú não es feliz não é mesmo Selena*?
Você gostaria muito de ter mais estrelas perto de tí não é mesmo? Um amor para te fazer feliz nas horas que a escuridão cobre toda a luz que resta no mundo, o mesmo que te protegeria da escuridão dentro de si mesma, não é? Sei como é isso, é tudo que eu sinto também grande Selena.
-Mira-nee? ? Acordei dos meus pensamentos com uma voz meio distante, mas ao mesmo tempo próxima, uma voz feminina bem conhecida.
- Aqui! ? gritei e virei-me para a saída do labirinto.
Uma albina de cabelos curtos e olhos azuis inexpressivos me olhava apreensiva, mais um pouco baixa que eu, minha irmã Lisanna.
- O que houve Lisanna? ? Perguntei sentando-me novamente no banco, que já estava frio.
- Nada nee-san, só vim ver o porquê de estás sozinha aqui, sendo que lá dentro está mais quente e aconchegante, e com uma lareira ligada, o papai está preocupado com você Mira-nee.
- Eu já iria entrar, só estou tomando um pouco de liberdade para mim mesma, ficar presa naquela casa não me ajuda de nada, só me faz sentir como um pássaro preso em uma gaiola e eu não gosto dessa sensação, ela é tão ruim. ? Falei olhando-a.
Lisanna se sentou ao meu lado e colocou a mão em cima da minha e me olhava calmamente.
-Eu te entendo Mira-nee, mas nem sempre ficar passando horas e horas aqui vai adiantar de alguma coisa, o papai está chamando você para jantar. ? Ela acariciava minha mão.
- Não Lisanna, você não me entende, não será você que ocupará um cargo importante e se casará com um homem grotesco, frio, sem coração, arrogante entre outros defeitos e com certeza deve ser um cara gordo e feio, eu não terei nem tempo para respirar direito! ? Falei desabafando com ela.
- Desculpe Mira-nee, eu realmente não entendo... Me perdoe mentir dizendo que te entedia, só queria confortá-la, sei que você terá uma missão bem difícil pela frente, mas nee-san, você é forte e sei que enfrentará tudo isso muito bem! ? Ela me olhava agora compreensiva. ? E quem te disse que o Duque Dreyar é um homem frio, sem coração, arrogante, feio e gordo? ? Lisanna estava tentando conter um riso.
- Obrigada por me entender Lis. ? Pensei um pouco e hesitei antes de responder.- Bom, eu ouvi pelo redor do castelo enquanto eu passeava pelos corredores, agora o do gordo e feio, eu apenas presumi, por quê Lisanna? -Perguntei curiosa e depois a olhei confusa.
Lisanna ria agora sem parar, comecei a estranha-la pelo seu comportamento exagerado de agora a pouco, não entendia de verdade o motivo da risada, ela começou a respirar fundo para tentar parar de ri e eu só a encarava com um fisionomia confusa, a da qual ela não percebeu pois olhava para o chão e dava leves batidas em meus ombros.
- Ai ai Mira-nee, você realmente me faz rir... E muito!-Ela chorava de rir, e não, não é exagero, ela realmente estava chorando de tanto rir.
- Lisanna, o que quer dizer com isso? ? Disse enfurecida.
- Já disse nee-san, na hora certa você irá encontrar a pessoa pela qual você tanto ?odeia?. ? Ela disse sorrindo e se contendo para não rir.
Mas como ela sabia o sobrenome do Duque? Será que ela já o viu antes? Hm, essa história está muito mal contada, eu estava curiosa e queria saber as respostas sobre minhas dúvidas.
- Lisanna... Como sabia o nome do Duque? ?Perguntei a ela arqueando a sobrancelha.
- Bom... Er... ? Ela estava séria agora, sem ter risinhos histéricos, eu ainda a encara séria para ver se ela iria me responder, ela fez um gesto com a mão como se tivesse tentando ouvir alguém. ? Ih Mira-nee o pai tá chamando, deve ser para o jantar, vamos? ? Ela sorria agora, e estava com uma cara de ?isso foi por pouco?, ainda a encarava séria, mas agora eu estava desconfiada desse cara, afinal como ele conheceu a Lisanna?
- Tá bem Lisanna, vamos. ? Ela deus dois pulos e bateu palmas.
Olhei pela última vez o brilho da lua, e segui a Lisanna, entramos em casa.
- Sejam bem vindas de volta Mirajane-sama e Lisanna-sama. ? Os empregados se reverenciaram, e Lisanna apenas sorriu e acenou.
- Are, are, não precisam fazer isso, certo? Vocês sabem que eu não gosto... ? Falei sorrindo e eles retribuíram sorrindo de volta.
- Essa sim é a Mirajane-sama que os cidadãos irão amar. ? Lisanna falou para mim sorrindo.
- Mirajane-Sama, seu pai está chamando você para jantar, ele avisou para você subir e se trocar para o jantar. ? Tycianne falou para mim sorrindo.
- Ah, obrigada por avisa Tycianne-san, irei subir. ? Sorri para ela docemente.
Subi as escadas do castelo e me direcionei para meu quarto, Tycianne subia logo atrás de mim.
- A senhorita quer que eu prepare teu banho? ? Ela me perguntava já se direcionando para o banheiro.
- Sim, por favor Tycianne-san. ? Sorri para ela e voltei ao closet para escolher uma roupa, peguei meu vestido vermelho.
- Está pronto Mirajane-sama, pode ir, -ela sorriu para mim. ?agora se não se importa irei para baixo ajudar o pessoal.
- Sim, pode ir Tycianne-san, não tem mais nada para fazer aqui, se quiser pode voltar para seu dormitório também, não precisarei de ti por hoje. ? Sorri docemente.
- Sério? Obrigada Mirajane, estou muito feliz... ? Ela parou antes de terminar a frase. ? Me desculpe Mirajane- Sama. ? Ela enfatizou o Sama que tinha esquecido á alguns instantes atrás.
- Não precisa de tanta formalidade, somos amigas não somos? ? Perguntei sorrindo para ela.
-Sim! ? Ela retribuiu o sorriso. ? Bem eu já vou indo Mirajane, até depois. ? Ela se curvou e saiu do quarto.
Suspirei fundo e me dirigi ao banheiro, entrei na banheira que estava coberta de rosas e espumas, brinquei com elas enquanto pensava na minha vida a seguir, sei que meu pai estava me chamando para debater um assunto sério, ao do qual eu não estava nem um pouco interessada em falar.
Peguei uma toalha ao lado da cadeira que estava perto da banheira e sai dali, fui até o closet e vesti o vestido vermelho que estava sobre minha cama, fui até a penteadeira e sentei-me no banco cuidadosamente para não amassar o vestido, penteei lentamente meus cabelos brancos, e passei um perfume, sorri ao ver minha pessoa no espelho, pronto, agora estou pronta para aturar meu pai.
Desci a escada, e fui para a sala de jantar, entrei lá e vi o meu irmão Elfman ao lado do meu pai e Lisanna do lado do meu irmão.
-Pronto, estou aqui. ? Me curvei e sentei ao outro lado do meu pai. ?O que o senhor queria falar comigo?
Meu pai me encarava sério, colocou as mãos no rosto e apoiou o cotovelo na mesa.
-Seu casamento querida, quando queres conhecer seu noivo? ?Meu pai estava com os olhos brilhando.
-Nunca! Eu já disse que não quero me casar com aquele ogro pai! ? Esbravejei, sem querer bati com muita força na mesa.
- Mirajane... ? Ele me olhava incrédulo agora, olhei para Lisanna que desviou o olhar e abaixou a cabeça. ? Você irá casar com aquele homem! O Duque Dreyar, ele é o homem certo para você, sem mas.
Levantei em um pulo, lancei um olhar de irritação para meu pai, que continuava me encarando como se tivesse dizendo que não teria jeito, ele não voltaria atrás, até porquê ele já havia acertado com o pai daquele ogro, argh! Meu pai realmente, tem momento que me deixa maluca, olhei para o Elfman, ele apenas levantou o dedo fazendo sinal de positivo, e sussurrou algo como ?legal?, Lisanna ainda continuava cabisbaixa.
-Eu... perdi meu apetite, irei para meu quarto. ? Virei-me em direção a saída.
-Mas você nem comeu Mirajane, volte-se e deixe de se comportar como uma criança! ? Meu pai falava irritado.
- Você... realmente é um homem cruel por não me entender, estou indo para meu quarto. ? Curvei-me e me direcionei para meu quarto, abri a porta silenciosamente para não acordar os empregados que provavelmente estavam descansando pois cuidar desse palácio não é fácil, já que temos vários cômodos...
Adentrei em meu quarto, e deparei-me com uma figura masculina alta, sentado em minha janela, o homem trajava uma capa, porem dava para perceber a cor do cabelo que era loiro, ele era bem forte e parecia bem másculo, ele olhava a lua admirando-a assim como eu fazia quando estava me sentindo só, mas por quê um belo rapaz como aquele estava admirando a lua assim, com um semblante triste? Ele parecia ter o mundo a seus pés.
E, epa, ele tá no meu quarto, como ele entrou aqui? Fiz uma cara assustada, fechei a porta atrás de mim devagar e silenciosamente, o jovem percebeu e me encarou com aqueles olhos azuis-acinzentados, e o belíssimo cabelo loiro.
-Demorou princesa Mirajane. ? Ele falou em um tom sarcástico.
- Quem é você, e o que está fazendo em meu quarto? ?Eu disse rapidamente, quase debatendo, e sem sair do meu lugar.
Ele se levantou e veio até mim com a face despreocupada e calma, a luz da lua o seguia e o deixava... Sexy. Ele estava agora em minha frente, puxou para trás a capa.
-Eu? ? O rapaz começou a rir e foi começando a chegar cada vez mais perto de mim fazendo-me ficar inclinada na porta. ? Sou um assassino... e vim te matar minha querida Princesa.
Fiquei com medo dele por um instante, sua fisionomia estava assustadora, querer me matar? Mas por quê? Eu não duvido nada que seja o pedido daquele Duque Dreyar , já que ele não quer casar comigo, e o pai dele está o forçando a fazer isso como o meu, não duvido nada que ele queira me apagar para conseguir não se casar, apesar do pai dele ter recebido o titulo de conde, ele prefere viver longe do mesmo e o meu pai deu para o filho dele o titulo de Duque Dreyar, e por causa disso o pai dele quer tanto que ele se case comigo.
- O quê? Me matar? Mas por quê? ? Falei com medo.
- Bom, meu cliente não me disse o motivo de querer te ver morta e eu também não tenho motivos para querer saber. ? Ele sorria friamente, o que me deixava mais assustada, ele me olhou de cima a baixo. ? Porém, ele disse que eu podia fazer o que eu quiser com a escolhida dele e isso não parece uma má ideia.
(Ei, minna, coloquem a música Primadonna http://www.youtube.com/watch?v=Gj5L9SYhoSE e acho bom escutarem essa música enquanto leem essa parte, se não morderei todos :3 u.u)
- O quê? ? O olhei surpresa porém com medo.
Ele sacou uma faca do bolso e rasgou a metade do meu vestido vermelho que tinha um decote, deixando-o na metade da minha coxa, o olhei abismada.
- Por quê está fazendo isso? O pedido não era apenas para me matar? ? Falei tentando esconder minhas pernas.
- Sim, porém... Meu cliente disse que poderia fazer o que eu quiser com você antes de mata-la.
Antes de eu poder responder, o Assassino puxou minhas mãos e as prendeu em uma parede próxima e logo me beijou, um beijo selvagem e feroz, mas ao mesmo tempo calmo era muito bom, e eu não queria que ele parasse com isso, o mesmo soltou minhas mãos e colou nossos corpos, ele desceu uma de suas mão para minha cintura e a outra deixou em minha cabeça, coloquei meus braços em seu pescoço envolvendo-o, eu não sabia porquê exatamente estava fazendo isso, mas eu sabia que era bom, será que esse doce assassino era o rapaz que me apresentaria a liberdade e o poderoso amor que eu pedi a estrela cadente? Não, com certeza não.
Ele pediu passagem para a língua dele entrar em minha boca e eu permiti, já que eu queria aquele beijo tanto quanto ele, na verdade eu o queria por inteiro.
- Não me digas que nunca beijastes? ?Ele me encarou sem desgrudar nossos corpos.
Eu olhei para o lado e corei rapidamente.
- Sim... ?Respondi envergonhada por nunca ter beijado, afinal eu não podia sair desse castelo, e se eu beijasse alguém eu seria considerada uma vadia qualquer, já que não era permitido beijar nem fazer sexo com alguém antes do casamento nessa época, só os homens que podiam, e eu achava isso injusto.
-Eh... Então a princesa é uma garota pura... Acho que isso será divertido huh... Apenas siga o movimento da minha língua. ? A voz dele dessa vez saiu rouca o que me deixava inebriada de desejo, o tom que ele usou estava sexy...
Antes que eu percebesse ele virou meu rosto e me beijou, o que eu estava fazendo? Ele era meu assassino, então porquê eu estava correspondendo o seu beijo? Por quê eu o queria? Ou melhor, por quê meu corpo o desejava como louca? O Assassino entrelaçava nossas línguas, ele desceu sua mão pela minha bunda e parou em minha coxa puxando-a para sua cintura.
Senti seu membro crescendo, ele me beijava dessa vez com mais ferocidade, mas agora ele me inclinava eu retribuía seu beijo selvagem, coloquei minha outra perna em sua cintura, e ele me levantou mais, encostando me na parede e segurando ainda uma das minhas coxas, senti ele abrindo meu vestido atrás com uma mão.
As mangas desse vestido escorregaram ficando na metade do meu braço, mas ainda sim meu peito ficava coberto, e cada vez mais eu sentia seu membro crescendo, e o beijo dele aumentava a intensidade a cada momento, ele desceu sua boca até meu pescoço e deu leves chupões, o que me fez arrepiar, eu me sentia livre com ele, enfim um sentimento de liberdade!
Passei a mão pelo seu cabelo e arranhei devagar suas costas ainda coberta pela capa, e comecei a retira-lo, nossa respiração estava ofegante, alguém arrombou a porta.
-Solte a Princesa! ? O guarda adentrava meu quarto e sacou a espada.
O Assassino me desencostou da parede e me colocou lentamente no chão.
- Maldição... ?O Assassino colocou uma mão na cabeça e a outra na cintura, ele colocou novamente a capa ajeitando-a e pôs o capuz.
- Não há para onde fugir! ? O guarda se aproximava cada vez mais e rindo, o que deixou o Assassino com bastante raiva, senti ele se segurar, não sei exatamente para quê.
O Assassino me olhou, e eu o encarei com a cara de ? o que você vai fazer?? ele apenas sorriu cinicamente, olhou para a janela e depois para mim.
Ele me puxou para perto de si e me segurou perto da janela olhando para todos os lados.
-Solte-a! Agora! ? O guarda esbravejou .
Eu olhei para o rosto dele, mas agora ele encarava a janela, o guarda começou a se aproximar da gente, mas antes que eu percebesse o Assassino colou nossos corpos e se jogou da minha janela mantendo-me por cima dele para proteger-me da queda, mas se a intenção dele era me matar, por quê estava me protegendo agora?
Nos estávamos caindo do terceiro andar, e eu fiquei desesperada por que não queria que ele esse machucasse, mesmo ele sendo meu assassino...