O Mascarado

A fumaça subia fantasmagoricamente à medida que meu tédio mergulhava nas luzes e barulhos que vinham da cidade a frente em minha janela, detestava feriados, sempre acabava ali com meu cigarro e minha solidão... Com meus pensamentos escorregando sobre meus dedos, resolvi que esta noite seria diferente, lembrei-me do convite que colegas da faculdade me haviam feito, sobre uma festa qualquer onde supostamente deveríamos ir mascarados... ?Oh Boy, será que ainda tenho alguma mascara por aqui??. Sorrateiramente deslizei de meu lugar e busquei por minhas gavetas e guarda roupa pela dita da mascara, a encontrei, encarei-a dando uma ultima tragada no meu cigarro ?por que não?? pensei comigo, ?acho que mereço alguma diversão afinal?.

Tomei meu banho, vesti minha roupa intima e encontrei um vestido adequado, me caia bem, preto cai bem em qualquer um afinal, não me importei muito com o decote avantajado, e muito menos com o comprimento do vestido, detestava saltos, mas mantinha alguns para certas ocasiões... Calcei meus sapatos e parti de minha casa, não demorou muito para chegar até a festa, a casa estava lotada, no fundo eu sentia pena desses playboy?s que davam essas festas apenas para aumentarem seu nível de popularidade, mas uma coisa era boa, bebidas de graça, e isso eu ia aproveitar!

Circulei pelo local, pouco me importando com a musica que tocava ao fundo, não era desagradável, mas também não era meu estilo, encostei-me no balcão da sala e fiquei observando todos dançarem, tomava longos goles da cerveja, não havia tomado o bastante para estar bêbada, mas sentia o liquido entorpecendo um pouco meu corpo. Enquanto rodeava o local com os olhos me deparei com ele, a alguns metros à frente, encostado a parede, sua mascara cobria do seu nariz para cima, branca, em contraste com suas vestes pretas, a única coisa que consegui ver, foram seus olhos, hipnotizantes, me olhando fixamente, pude ver seus cabelos, eram ruivos, e estavam presos a um rabo de cavalo, ele parecia ser muito alto... Nem ao menos percebi que já estava algum tempo sem respirar, o olhar dele era tão intenso, que eu congelei.

A minha volta pessoas dançando, se beijando, bêbados e muito mais, mas não estava me importando com nada, até que ele se mexeu, me encarou mais um pouco e saiu dali para fora... Soltei o ar, pude me sentir até zonza, queria saber aonde ele ia, então fui para fora também, consegui ver sua silhueta caminhando para o jardim da casa, cheguei até o jardim, porem ele havia sumido, ?ahh? pensei decepcionada, até que senti o toque suave pelas minhas costas, um cheiro de perfume masculino me invadiu as narinas, tentei me virar para ver quem era, ?será que é ele?, porém ele não deixou, me segurou pela cintura e me prensou contra a pequena sacada que eu me encontrava, outro arrepio me correu pelo corpo, senti o mesmo puxar meus cabelos e coloca-los de lado, seus lábios quentes me beijaram o pescoço ?oh Deus como ele é sexy? a trilha de beijos ia descendo pelo meu ombro, senti quando ele derrubou uma das alças de meu vestido, juntamente com a do sutiã, sua mão descia pela minha cintura até a lateral das minhas coxas, alisando o tecido do vestido puxando-o para cima, não consegui evitar esbocei um gemido, baixinho, abafado, ele não parou, continuou com suas caricias, sua mão esquerda agarrou um dos meus seios e começou a apalpar, mordidas leves e chupões me eram distribuídos pelos ombros e pescoço, me causando arrepios, conseguia sentir que ele se divertia, sorria por debaixo dos beijos, me pressionava mais contra o concreto, olhei em volta dando graças por ao nosso redor não ter mais nada, a não ser o jardim...

- E-e-espere... Eu nem te conheço...

Tentei impedir as caricias dele, tentei me livrar, mas não queria, tudo o que eu queria era ele, mesmo sem saber quem era... ?Oh Deus, sou tão fácil assim?? quando me dei conta suas mãos já estavam bem próximas do meu intimo, sua outra mão que estava em meu seio foi até meu rosto virando-o, nossas mascaras se chocaram, senti seus lábios quentes sobre os meus, em um beijo feroz, cheio de luxuria, sua língua pedia permissão para explorar minha boca, alegremente concedi... Exploramos cada canto com vontade, me virei pra ele, senti sua mão quente deslizar por debaixo do meu vestido, acariciando meu intimo por cima de minha calcinha, já estava mais do que exitada, poderia ser possuída ali, mesmo que alguém aparecesse.

Quebrei o beijo a procura de ar, desci minhas mãos e agilmente desabotoei sua camisa, ele me olhava fixo, seu hálito quente próximo ao meu, seus olhos pareciam me penetrar tanto quanto seus dedos brincalhões em meu intimo, mordi meus lábios, visualizei seu peitoral trabalhado, seu abdomem, ele tinha uma tatto no corpo, tribal, o deixava mais sexy ainda... Fechei meus olhos me deliciando com a sensação de seus dedos ágeis, não conseguia evitar os gemidos que saiam, procurei agradar também, desabotoei sua calça e puxei sua ereção, comecei minhas caricias, com movimentos para cima e baixo, alternando o ritmo. Ele rapidamente me sentou sobre a sacada, me segurou firme, removeu minha calcinha de uma vez e não esperou muito, junto com um beijo feroz ele me penetrou, meu gemido alto foi abafado pelo beijo, senti seu membro latejante me estocar com vontade, desejo, correntes de choque passavam pelo meu corpo, meus seios eram massageados, meus mamilos rígidos recebiam caricias com as mãos, boca e língua dele, a sensação era maravilhosa, pela primeira vez me sentia tão viva em minha vida, queria mais, muito mais, queria ele pra mim...

O ritmo ia aumentando, ouvia os gemidos roucos dele em sinfonia com os meus, um pouco mais altos, um pouco mais desesperados, subitamente ele me virou de costas para ele, apertando meu quadril, me penetrando por trás, puxou meu cabelo me fazendo arquear as costas para ele, senti seu hálito quente ao pé do meu ouvido e pela primeira vez ouvi sua voz...

- Você é deliciosa Lorelay!

?O que? Como ele sabe meu nome?? antes que eu pudesse protestar e perguntar como ele sabia meu nome senti sua mão segurar minha boca, não com força, não com violência, apenas me segurando os gemidos altos que acabei soltando, sentia que chegaria ao ápice do prazer, sentia ele mais firme, mais duro... Não demorou muito e o gozo chegou... Minhas pernas bambearam e eu me apoiei na sacada, ofegante me virei pra ele, pronta para questionar.

- Quem é você? Como você sabe meu nome...?

- Você logo descobrirá... E eu sei tudo sobre você...

Me aproximei dele enquanto ele ajeitava sua roupa, estiquei meu braço e tentei remover sua máscara, ele delicadamente pegou minha mão e depositou um beijo longo e cálido, sorriu e saiu dali dizendo.

- Paciência...

Uma semana se passou desde a festa, era difícil eu me concentrar na aula... Não parava de pensar nele, peguei escondido da minha bolsa um pedacinho de uma barra de chocolate e comecei a comer, o professor chamou atenção de todos, eu me escondi atrás do livro.

- Pessoal esse é o Abarai Renji, foi transferido semana passada... Dêem suas boas vindas. Abarai pode se sentar atrás da senhorita Lorelay Paradise.

Espiei por cima do livro, não contive meu espanto, parecia que já o conhecia, ele esticou a mão e antes de se sentar arrancou o pedaço de chocolate da minha boca, e quando virei pra ele, apenas me respondeu...

- Você é deliciosa Lorelay...

Ele sorriu dando uma piscadela, comendo o chocolate dando uma mordida no próprio dedo... ?Então esse é o meu mascarado?...