A Guerra dos Vampiros- Intense

Tempo estimado de leitura: 19 minutos

    14
    Capítulos:

    Capítulo 1

    Início

    Álcool, Heterossexualidade, Linguagem Imprópria, Mutilação, Sexo, Violência

    Sexta feira 19:30

    Começava a noite da sexta-feira e Anne havia acabado o expediente de mais um dia de sua rotina monótona e planejada no centro da cidade de Belo Monte. Anne trabalhava num renomado hotel como secretária, apesar disso, estava satisfeita já que nunca havia tido grandes ambições na vida. Ao invés disso, sempre teve o modesto sonho de ter uma casa confortável, com um gato e uma vida independente. Ela tinha 22 anos, mas era muito madura. Agora já estava quase realizada, só lhe faltava o gato, que seria adotado em um gatil, de uma ninhada de filhotes que fora encontrada abandonada.

    Anne tinha uma boa aparência. Tinha expressivos olhos azuis, cabelos negros e longos e uma boca rosada e carnuda que era ainda mais realçada devido à cor clara de sua pele. Tinha estatura mediana e não era macérrima nem estava acima de seu peso. Ela tinha uma cintura fina e um corpo curvilíneo. Preferia usar roupas simples e sem decotes. Ela também usava um óculos de leitura mesmo quando não estava lendo. Apesar de ser uma bela mulher, não tinha vontade de ter um relacionamento por enquanto, ela preferia não se arriscar a ser magoada como fazia sua amiga Grace que lhe contava todos os dias os desentendimentos que tinha com seu namorado Max.

    Apesar do frio que fazia, não foi direto para seu apartamento pois ela havia ficado de passar no gatil para pegar seu mais novo ( e único, diga-se de passagem) companheiro, que já era desejado há muito tempo. Ela não pôde escolher o filhote que queria já que os outros gatos da ninhada já haviam sido adotados. Ela então ficou com o último, que era um gatinho macho vira-latas todo branco, que tinha olhos claros.

    ? Já sabe o nome que vai dar a ele? ? perguntou o atendente do gatil depois de entregar o filhote a Anne.

    ? Ainda estou pensando... ? Ela respondeu ao abraçar o gato .

    ? Então... talvez possamos escolher o nome juntos hoje mais tarde, lá na minha casa. ? Sugeriu o atendente maliciosamente.

    Anne sorriu sarcasticamente, levantou a cabeça para olhar nos olhos do atendente e não disfarçando o olhar de reprovação respondeu:

    ? Mas é claro que não!

    ? E se for na sua casa? ? Ele insistiu.

    Ela ficou surpresa com a audácia do homem e nervosa virou as costas e foi embora com o gato.

    ? Ei, você tem que assinar os papéis! ? gritou o homem antes que ela saísse pela porta.

    Ao sair de lá, ignorando o atendente, acenou para um táxi visto que hoje ela levava um gato consigo e também gostaria de chegar mais rápido em casa para descansar.

    Quando ela chegou no seu apartamento, colocou o gatinho no chão que andou em cada canto explorando o novo ambiente. Ela tirou os sapatos ali mesmo, na sala, foi até a cozinha e colocou leite na vasilha que ela já havia comprado para seu gato. Não demorou muito para que ele viesse e provasse do leite. Ela pegou um pedaço de pizza na geladeira e colocou no microondas. Ao olhar no relógio viu que a novela das oito que ela acompanhava estava prestes a começar. Depois de esquentar o lanche, ela o comeu assistindo a novela na sua cama. O pequeno gatinho, depois de se alimentar pôs- se perto da cama de Anne a miar, ignorando a cama feita de almofadas para ele. Anne não se importou em deixar o gato dormir com ela, acomodado ao seu lado.

    Era quase meia-noite quando Anne acordou com o telefone tocando. Antes de atender, ela desligou a televisão que havia ficado ligada.

    ? Alô?

    ? Alô, Anne sou eu Grace. Eu preciso de você. ? Disse Grace chorando.

    ? Mas o que aconteceu? Você está bem?

    ? É o Max, a gente brigou e ele me deixou sozinha aqui.

    ? Bem, você pode vir pra cá se quiser. Eu vou até aí te buscar.

    ? Ownn... você faria isso por mim?!

    ? É claro!

    Anne estava cansada e fazia frio naquela noite, mas isso não impediu que ela fosse ajudar a amiga. Ela vestiu um sobretudo preto e de tecido pesado que ficava grande em seu corpo, e foi até a casa da amiga a pé, já que não ficava a muitos quarteirões dali. Grace colocou algumas roupas numa bolsa e pegou mais algumas coisas. Elas foram para o apartamento de Anne.

    Grace sentou-se no aconchegante sofá de Anne e suspirou triste. Anne sentou-se do seu lado.

    ? Então, o que foi que aconteceu com vocês?​

    ? Eu não aguentava mais Anne, Max sempre chega tarde, nunca pode me escutar e está sempre nervoso.

    ? Grace, me desculpe mas você merece coisa melhor, se você quiser pode ficar aqui, nós podemos ir lá amanhã e buscar suas coisas.

    ? Obrigada, mas eu preciso pensar um pouco...Oh que gracinha, é seu novo gatinho?! ? Disse Grace quando o gatinho apareceu na sala.

    ? Ah, sim! Esqueci de te contar... busquei ele hoje. Ele não é lindo?!

    ? É sim! Qual é o nome?

    ? Eu não faço ideia de que nome colocar... acho que Divine.

    ? É nome de fêmea.

    ? E Snoop?

    ? Parece nome de cachorro! O que você acha de Jaster, ou Herbie?! Snow também ficaria legal!

    ? Gostei de Jaster. Você vai se chamar Jaster! ? Disse Anne pegando o bichano.

    ? Grace, você conhece a casa. Pode se acomodar naquele quarto, tem lençóis e travesseiros dentro do armário. Tem algumas coisas na geladeira, se sentir fome sirva-se. Pode ligar a televisão se quiser e... ah você sabe, a casa é sua! Boa noite.

    ? Boa noite. E... Anne, obrigada.

    Elas foram dormir.

    Sábado 08:00

    Anne foi para a cozinha e preparou o café da manhã; panquecas e suco natural de laranja. Quando Anne já acabava de colocar a mesa Grace chegou.

    ? Bom dia. Está melhor?

    ? Sim, obrigada. Precisa de ajuda?

    ? Não, eu já terminei.

    Elas conversavam durante o café da manhã.

    ? Hoje eu vou comprar algumas coisas pro Jaster, quer ir comigo?

    ? É claro, eu vou adorar!

    Depois que elas terminaram o café, foram até o pet shop que não ficava muito longe dali, elas levaram Jaster. Elas olhavam algumas coleiras numa prateleira da loja.

    ? Olha essa, que linda! Combina com os olhos dele!

    ? Você tem razão. Pode pegar. Eu tenho que comprar um pouco de ração, não me deixa esquecer. Acho que vou levar uma caixinha de areia daquela. ? Disse Anne que parou de falar quando escutou uma voz familiar. Ela andou pela loja até que avistou, lá no caixa da loja, o atendente do gatil que conversara com ela na noite anterior.

    ? Quem você tá vendo Anne?

    ? Ninguém, é só o atendente idiota do gatil. Que droga! Ele está vindo pra cá.

    ? Hum, ele é gatinho. ? disse Grace.

    ? Oi, gata eu acho que você se esqueceu de assinar os papéis ontem. Bem, você tem que assinar, faz parte das normas da adoção.

    ? Eu não vou a lugar algum!

    ? Então devolva o gato.

    ? Não, eu não vou devolver o gato. Vem Grace, vamos embora. ? Disse Anne abraçando o gatinho e dirigindo- se até o caixa da loja com a coleira e a caixinha de areia que ela iria comprar.

    ? Fala pra ela me ligar. ? Disse o atendente do gatil entregando a Grace um papel com seu número.

    ? Está bem. ? Disse Grace e depois foi até a amiga.

    Elas saíram do pet shop e já no caminho de volta conversavam.

    ? Vai ligar pra ele?

    ? O que ?

    ? Ele deixou o número.

    ? É claro que não vou ligar para ele! Droga...

    ? Que foi?

    ? Esqueci de comprar a ração.

    Elas foram para o apartamento de Anne. Na sala, Anne ligou a TV e sentou-se no sofá, antes disso, ela havia colocado a coleira no gato. Grace se juntou a Anne.

    ? Não vai mesmo ligar pro cara?

    ? Não, não vou Grace. ? disse Anne com uma calma irônica.

    ? Você deveria conhecer alguém... se divertir...

    ? Eu já me divirto muito.

    ? Qual foi a última festa que você foi?! O Natal eu suponho. Na verdade nem foi uma festa, foi uma reunião de amigos.

    ? Mas eu vou... segunda é o aniversário do hotel. Vão fazer uma festa formal às 20:00 horas.

    ? Você não me falou sobre isso, cadê o convite?

    ? Eu não peguei. Mas ainda podemos pegar hoje no hotel com a Sandra. E você vai comigo na festa.

    ? Eu não perderia essa por nada.

    Elas foram até o hotel pegar os convites. Grace esperou sentada num banco perto do balcão da recepção. Anne foi até o balcão e pediu a Sandra, sua colega de trabalho, os dois convites.

    ? Oi Sandra, eu vim pegar os convites...

    ? Você vai vir na festa?! Pois é, milagres acontecem.

    Anne deu um sorriso tímido. Sandra ligou para o almoxarifado do hotel e pediu para que trouxessem os convites, então pediu para que Anne esperasse um pouco. Anne esperava escorada no balcão quando derrepente sentiu um calafrio que lhe arrepiou. Nesse momento, um jovem homem entrou no hotel, ele era alto, branco e tinha cabelos castanhos. Seus olhos eram verdes; ele era muito atraente. Anne não conseguia parar de fitá-lo. Ele percebeu que ela encarava-o e olhou para ela. A feição do rapaz era séria, ela logo desviou o olhar meio desconcertada. Ele foi ao seu lado no balcão e conversou com a recepcionista Sandra. Anne se afastou um pouco de lá. Logo chegaram com os dois convites. Anne agradeceu, pegou os convites e foi embora com Grace. Ao sair do hotel Anne comenta com Grace:

    ? Nossa você viu?!

    ? Hunrrum, gatão né... ? disse Grace com um sorriso maroto.

    ? Eu não estou falando disso, eu senti um arrepio quando ele passou por mim.

    ? Viu só, tanto tempo sem um homem que tá sentindo arrepios só de vê-los.

    Anne olhou para Grace com olhar de reprovação.

    ? Grace, esquece. Olha só que lindos! ? Disse Anne apontando para vestidos que estavam em uma vitrine na loja do outro lado da rua.

    ? Vamos lá ver, afinal vamos precisar para segunda. ? Respondeu Grace.

    Elas foram até a loja e compraram algumas roupas. Escolheram os vestidos para a festa também. Anne escolheu um preto básico , ao contrário de Grace que escolheu um vestido vermelho exuberante. Depois das compras foram embora.

    Ao chegarem no apartamento foram recebidas calorosamente por Jaster. Ele miava como que pedisse colo. Grace o pegou então ele ronronou feliz. Anne ligou a TV .

    ?Um homem, ainda não identificado, foi encontrado morto no bairro Canto dos Pássaros, em Belo Monte, no início da madrugada desta sexta (21). A vítima foi encontrada no chão, já sem vida, apresentando três perfurações no corpo, sendo uma no peito e duas no pescoço. O homem, que não portava documentos pessoais, foi encaminhado ao Instituto Médico-legal (IML) de Belo Monte. Ainda não há pistas sobre os autores do crime. Mais informações sobre essa notícia na segunda edição do jornal Belo Monte. ?

    ? Nossa, que horror! ? Disse Anne.

    ? Não sei como não se acostumou, hoje em dia é uma notícia pior que a outra... ? Disse Grace.


    Somente usuários cadastrados podem comentar! Clique aqui para cadastrar-se agora mesmo!