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Dor que gera vingança, que gera dor?
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Poema único
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Aquela dor alucinante cortava a minha alma.
Era tão profunda que perfurava minha mente.
Tão marcante que selava meu coração.
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Possuía tons abstratos, degradês sublimes.
Poderia ser vermelha como o sangue,
Ou negra da cor da morte, do fim.
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Não duvidaria de seus vibrantes tons de azul.
Da satisfação em causar torpor.
Fazer o sofrimento bater à porta.
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Tão forte quanto o alívio, duradoura quanto a esperança.
Os caminhos que a dor usa são sombrios.
Repletos das sombras que se esgueiram pelo mundo.
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Oh mal que me sobrevém!
Aparta de mim teu furor!
O que prefiro está bem longe de ti!
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Dor, tal sentimento desinibido.
Tua presença traz estranheza,
E teus laços nos causam mal.
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Não a quero comigo.
Quem há de a querer?
Trazes apenas tormenta e morte.
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Sim, trazes morte.
És tão astuta quanto uma víbora.
Até ela és capaz de derrubar!
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Um cântico lhe faço;
Atenta-te a ele,
Pois nunca mais será pronunciado?
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"Que ao raiar da lua cheia,
Que cruza com o mórbido e escuro céu,
E que reflete o brilho das estrelas.
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Lá, ali mesmo, se apaixonarás.
E cantaras, chorarás, gargalharás.
E sentirás todo o gozo de tal sentimento.
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Para depois, sem qualquer cuidado, seres abandonada.
Pisoteada, maltratada, humilhada.
Para que sintas na pele o que causas aos outros: dor."
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Oh mal que me sobrevém.
Aparta de mim teu furor.
O que prefiro está bem longe de ti?