Se eu acredito em shinigamis

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    Capítulos:

    Capítulo 1

    Capitulo 1

    Álcool, Hentai, Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo, Violência

    Como o conheci

    (Capitulo 1)

    Conheci Ichigo quando tinha nove anos. Eu podia ver espíritos desde que nasci, para mim eles eram quase que pessoas normais, a não ser pela parte que eles flutuavam e atravessavam paredes, meu pai sabia sobre isso, já que eu havia lhe contado aos quatro anos quando um espírito tentou me matar, ele acreditou em mim na hora, mas minha mãe, bom deixando isso de lado, eu nem me apresentei, me chamo Naomi Kenshin, tenho quinze anos e agora narro a história de como conheci meu melhor amigo e meu futuro... hã.... deixa isso pra mais tarde.

    Continuando, por esse mesmo motivo eu não fazia muitos amigos, eu era sempre sozinha, fazendo com que meus pais adotivos insistissem em me colocar em uma academia para fazer karatê, e outros tipos de luta já que eles eram um advogado e uma empresária renomados, eu poderia correr algum risco, sabe ser sequestrada ou algo do tipo. O que a falta de amigos não faz eihn, mas eu não me importava com isso, eu gostava de estar sozinha, por que sempre que alguém era importante para mim, morria.

    Naquele mesmo dia eu estava treinando sozinha como sempre, me lembro como se fosse hoje, quando o professor me chamou.

    ?Ei Naomi.

    ?Sim professor? ? corri até ele.

    ?Eu quero que você lute com o Ichigo.

    ?Espera ai, Ichigo Kurosaki?

    ?Sim. ? ele me apontou um garoto ruivo e de lindos olhos castanhos, iguais os meus, mas os dele transpareciam nervosismo e medo, um verdadeiro filhinho de mamãe. Para me divertir um pouco com o garoto, eu sorri de forma ameaçadora e sinistra, ele tremeu e parecia estar prestes a chorar, eu tive que rir. Eu era muito má naquela época.

    ?Sério professor? Ele está quase chorando.

    ?Não me importa, eu mandei você lutar com ele e você vai lutar, entendeu? ? fiz beicinho e assenti, ele me colocou o protetor e me empurrou para o ring. Eu o olhei e o garoto se encolheu... Legal, não tinha alguém mais fraco? Olhei para o professor que fez sinal com a cabeça para que eu avançasse, e foi o que eu fiz, corri até o garoto e lhe dei um soco. O ruivo nem mesmo se mexeu e caiu estatelado no chão, e para a minha alegria começou a chorar feito um bebê. Acho que o professor fez isso de propósito, só para ver a cara de choro do garoto.

    ?Eeee.... Ichigo vai ao chão, vencedora Naomi. ? disse ele levantando minha mão.

    ?Não teve nem graça. Posso descer?

    ?Pode. ? saltei do ring e vi que algumas garotas me encaravam feio, deveriam ser as fãs dele. Ichigo era um garoto bonito demais, o que fazia as garotas correrem atrás dele o tempo todo, e agora que eu bati no Deus Grego delas, eu devo ter entrado para a lista ?Garotas que vamos matar por encostarem no nosso Ichigo? legal, sempre quis participar mesmo. Elas são idiotas, muito idiotas, será que elas não percebem que assim que uma delas tiver a chance vai trair as outras, e que as outras por vingança vão colocá-la na lista? Só podem ser cegas ou.....muito idiotas, o que eu acho que é a segunda opção.

    O ruivo ainda chorava no meio do ring, affe, como elas podem gostar de um garoto assim? Ele da ?OI? e chora, você pergunta qualquer coisa, adivinha.... ele chora também, da um tempo. Os pais começaram a chegar e as crianças a irem embora, eu olhava a felicidade das crianças ao verem seus pais irem buscá-las quando uma mulher muito linda, de uns 30 anos apareceu, ela era loira e tinha lindos olhos verdes, assim que o chorão botou os olhos nela ele voltou a sorrir e correu até a mulher que abriu os braços para ele, quantos anos ele tem? Cinco? Eles conversaram um pouco até que seu olhar encontrou o meu e um calafrio subiu por todo o meu corpo, ela sorriu para mim como se me visse pela primeira vez depois de anos longe. Eu não sabia o que fazer, então sorri de volta, ela pegou a mão do garoto e saiu, eu fiquei ali sozinha esperando o lugar esvaziar.

    Naquele fim de semana choveu mais do que devia, e tinha alguma coisa no ar que me dizia para não sair de casa, e de que alguma coisa ruim ia acontecer, mas isso eu só saberia na próxima semana.

    ~*~

    Naquela manhã cheguei à academia antes de todos, como de costume meu pai Alphonse me levou de carro antes de ir para o trabalho, mas como ele saia muito cedo eu tinha que ficar esperando, o que por sorte não era tedioso já que o professor morava ali e me deixava treinar até os outros chegarem. Nesse dia todos já haviam chegado menos o chorão, o que eu estranhei já que desde que ele começara a treinar nunca havia faltado. O final da aula chegou bem rápido, então resolvi perguntar a Tatsuki, sendo ela uma amiga da família deveria saber.

    ?Ei Tatsuki. ? chamei a morena, quando ela se virou pude ver seu olhar abatido.

    ?Sim?

    ?O que ouve? ? ela desviou o olhar.

    ?Você sabe por que o ichigo não veio para o treino hoje? -um calafrio percorreu a minha espinha ate a nuca, neguei com a cabeça. -A mãe do Ichigo morreu este fim de semana. ? um vento forte passou pelas grandes portas da academia, meus cabelos compridos balançaram como ele queria, era um vento frio e pesado, triste definiria melhor, era como se ele também lamentasse a morte dela.

    ?Como?

    ?Não sei direito, mas parece que os dois saíram à noite para ir ao supermercado e no caminho alguém deve ter atacado os dois, sei lá, mas quando o Ichigo acordou a mãe dele estava sobre ele e morta. Talvez um ladrão, só que o mais estranho é que ele não se lembra muito bem, mas ele disse uma coisa sobre uma criança perto do riacho.

    ?Entendo. ? assenti e lhe dei as costas, voltando a sentar no mesmo banco de sempre. No outro dia ele não foi ao treino, nem no outro, nem no outro, e assim se passaram sete dias sem que o ruivo desse as caras na academia. No fim de semana uma surpresa um tanto desagradável me aguardava.

    ~*~

    ?Ei Naomi. ? chamou Tatsuki correndo em minha direção.

    ?Sim? ? ela parou bruscamente quando me viu melhor.

    ?O que.... Aconteceu com seu cabelo?

    ?Ah, isso? ? passei as mãos pelos cabelos agora curtos. ? Só resolvi mudar o visual. ? sorri falsamente, até que vi Ichigo vindo até nós.

    ?Seu cabelo é bonito. ? fiquei surpresa com o que ouvi, assim como Tatsuki. ? Minha mãe disse que seu cabelo é bonito.

    ?Ahm, eu sinto muito por ela. ? ele assentiu e então saiu, confesso que aquilo foi estranho, como assim meu cabelo é bonito? A gente mal se falava e agora ele chega em mim e fala essas coisas? Qual é a dele?

    O professor nos chamou e começou a dar a aula. A manhã passou rápido, e quando os pais foram buscar seus filhos eu fiz a mesma coisa que fazia há quatro anos, sentar no banco e esperar. O lugar ficou vazio e então eu sai, mas para minha surpresa não estava tão vazio assim.

    ?Oi. ? disse ele encostado à parede.

    ?Oi... Você não deveria estar indo para casa?

    ?Deveria, mas eu acho que moramos na mesma direção, então quis esperar você. ? corrigindo?eu não quero ficar sozinho por que sou um bebe chorão, e como você mora perto da minha casa quero que você me proteja.?

    ?Sei, ou será que você não quer ir sozinho, Ichigo?

    ?Claro que não, se você não quer companhia eu vou então. ? ele corou e saiu andando, quando consegui parar de rir, corri até ele.

    ?Calma. Vamos juntos então. ? caminhamos em silencio e lentamente.

    ?Por que você cortou seu cabelo? ? perguntou ele

    ?Eu não cortei por que quis. ? ele parou e ficou me encarando.

    ?Não me diga que foram seus pais?

    ?Não, não, meu pai é muito legal comigo, ele trabalha de mais, mas quando tem tempo ele sai comigo e nos divertimos o que acaba causando certo ciúme a minha mãe, mas não foram eles. Foram as suas queridas ?fãs?. Elas me esperaram e então me prenderam.

    ?Mas você é boa de briga, poderia dar um jeito nelas.

    ?Eu sou boa de briga, mas elas também são, sem falar que elas estavam entre 16, eu não daria conta.

    ?E o que você fez depois?

    ?Não sei se você notou mais elas não vieram hoje, depois que elas cortaram meus cabelos eu me enfureci e soquei-as para caramba. ? eu ri, ele ficou com medo.

    ?Então a história de não dar conta foi mentira?

    ?Não exatamente.

    ?Alias, gostei dos grampos. ? disse ele apontando para os dois grampos que eu tinha acima de cada orelha segurando minha franja.

    ?Ah, meu pai me deu quando eles ligaram.

    ?Eles quem?

    ?Os pais delas. ? eu ri. ? Quando os seus pais foram buscá-las e as viram todas ensanguentadas e atiradas no chão eles surtaram, começaram a me bater, me chutar e socar. Quando finalmente pararam e eu contei o que tinha acontecido eles pediram desculpa, mas já era tarde. Eles pareciam animais, não podem nem ser chamados de humanos. ? ele parecia não acreditar no que eu dizia.

    ?O que explica você estar toda machucada. E depois eles ligaram para o seu pai?

    ?Aham, quando ele chegou gritou com todos eles e disse que iria processá-los, então me entregou o grampo, ele disse que ia me dar no meu aniversário, mas a ocasião era mais especial agora. Quando cheguei em casa pensei que fosse apanhar de novo.

    ?Da sua mãe?

    ?Sim, a dona Sunako não tem piedade, pelo menos agora não tem.

    ?Como assim agora?

    ?Bom, quando ela me adotou eu tinha um ano e meio, e como ela não podia engravidar ela ficou eufórica comigo, quando eu fiz quatro anos eu pedi um irmãozinho, como na época eu não sabia sobre o problema dela eu pedi, e para nossa surpresa, ela descobriu que estava grávida uns dias depois, e começou a falar que foi por minha causa e tudo mais.

    ?E qual é o problema?

    ?O problema é que quando ela estava com oito meses de gestação.....-eu não consegui responder então parei de andar.

    ?Sim?

    ?Eu matei o filho dela.


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